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Todos em silêncio! O divino fala ao nosso redor

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29 Junho 2021

 

"Não seria ruim se o anúncio do Apocalipse se realizasse: 'Fez-se silêncio no céu por cerca de meia hora" (8,1). Um poderoso 'Todos em silêncio!', ainda que momentâneo, para bloquear ruídos e conversas e obrigar a uma reflexão", escreve Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 27-06-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo. 

 

O silêncio. Na antologia editada por Valeria Laura Carozzi, mais de 250 autores explicam como pode ser “falante” um mundo um pouco mais “silencioso”. The rest is silence: quem não conhece esta fala de Hamlet na II cena do IV ato da homônima tragédia de Shakespeare? Menos conhecido é o eco que de Vigny fez ecoar séculos depois na Morte do Lobo e que deixamos no transparente original francês: Seul le silence est grand: tout le reste est faiblesse.

Não encontrei esses dois clássicos na imponente antologia que Valeria Laura Carozzi montou em torno do tema do silêncio, apesar de ter convocado 253 autores famosos e marginais, talvez por ter privilegiado peças acabadas. O certo é que celebrar o silêncio em um tempo onde imperam ruído, barulho, estrondo, conversas, balbúrdia, algazarra, gritaria (como sugere o arco-íris lexical que define este fenômeno típico de uma sociedade verborreica, faladora e tagarelante), é um desafio a ser endereçado também à rede de computadores e à atual incapacidade de desfrutar na natureza "o divino do verde silencioso e tranquilo", para usar a famosa sinestesia de Bove de Craducci.

A etimologia já ajuda a isolar uma primeira célula semântica: o indo-europeu si-, que gera os vocábulos gregos sigáo/sighê ou siopáo/siopê, o latim sileo e até mesmo o alto alemão swigen que se tornou o atual Schweigen, atribui à palavra "silêncio" um valor interior de quietude, tranquilidade e paz. É diferente do "calar", que é simples ausência de comunicação, típica do taciturno.

Com razão, então, a curadora da coletânea nota a antítese entre o pleno silêncio, "branco", coágulo de mensagens não expressas, e um silêncio vazio, frio, "negro", mera ausência de vozes e, portanto, lotado de tagarelice ou sons ensurdecedores, como acontecer muitas vezes com os jovens. Não se deve esquecer que os judeus não pronunciam o nome de Deus, confiado apenas a quatro consoantes (JHWH), mesmo assim aquela realidade silenciosa é pessoa que se revela, julga e salva.

Da mesma forma, o perseguido e desencorajado profeta bíblico Elias é aliviado não por um raio ou de um clamoroso terremoto, mas por uma divina qol demamah daqqah, "uma voz de silêncio sutil" (1 Reis 19,12). E, mais uma vez, Valeria Laura Carozzi lembra que “há silêncios 'pesados', fruto de briga ou constrangimento, e silêncios 'leves', oásis de paz no frenesi cotidiano”.

Há o silêncio que fala, o silêncio da consciência-coração em que sussurra a inefável voz interior, há o "mistério" divino e humano, que é teofania e epifania, apesar do termo ter como matriz o verbo grego myô, que exige um fechamento dos lábios já ao pronunciá-lo e que remete justamente ao silêncio que transcende as palavras. Jó, que tanto falou e gritou, no final fecha a boca e o ouvido e abre os olhos: “Ponho a mão sobre a minha boca: uma vez tenho falado, e não replicarei... Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram"(40,4; 42,5). O mistério não é mutismo, o Deus silencioso não é mudo.

A coletânea é justamente orientada de tal forma que os fragmentos combinam o silêncio com um desvelamento, tornando-se assim "falante". Há, de fato, o silêncio de um mosteiro e o de uma noite, há a mística e a natureza, o amor (os dois amantes silenciosos que se olham nos olhos) e a música em que as pausas devem ser “executadas”, o sofrimento íntimo e o sorriso, a perplexidade e a surpresa que te deixam sem palavras, o silêncio meditativo e a solidão, e assim por diante.

O escritor Mario Pomilio, ausente nessas páginas, observa que “hoje perdemos o hábito do silêncio, porque temos medo de nos confrontar com a verdade. Assim, não podemos crescer: estamos condenados à mediocridade”. E Saramago, aqui presente: “Diz-se que cada pessoa é uma ilha, e não é verdade, cada pessoa é silêncio”. Como em toda escolha antológica, é natural assinalar presenças e ausências. Para ser honesto, nós também teríamos aberto mão de algumas citações um pouco enjoativas, da mesma forma que teríamos optado por outros fragmentos.

Por exemplo, para os Pensamentos de Pascal, teríamos preferido o conhecido "silêncio eterno desses espaços infinitos me apavora" ou aquele "silêncio que é a maior perseguição: os santos nunca se calaram". Em certo sentido, sempre se pode organizar uma sinopse com outras citações para todos os temas propostos (digo isto como o autor do "Breviário" que abre este suplemento).

O que é claro é que sempre atrai, mesmo nessa coletânea, a densidade encerrada no oxímoro “falar do silêncio" e nas potencialidades que se aninham em uma realidade aparentemente irreal como é o silêncio, tanto que há dois milênios Publílio Siro confessava que "muitas vezes se arrependeu de ter falado, nunca de ter permanecido calado". Antecipava o alerta filosófico de Wittgenstein: "Sobre o que não se pode falar, se deve permanecer calado”.

E isso vale também para os homens, superando o estereótipo já presente no Ajax de Sófocles, segundo o qual “é o silêncio que dá às mulheres a graça que lhes convém”. O fato é que - e aqui voltamos ao nosso início e, portanto, à utilidade dessa antologia - como observava o poeta Wystan Auden, "precisando principalmente de silêncio e calor, produzimos frio e ruído brutais". Não seria ruim se o anúncio do Apocalipse se realizasse: "Fez-se silêncio no céu por cerca de meia hora" (8,1). Um poderoso “Todos em silêncio!”, ainda que momentâneo, para bloquear ruídos e conversas e obrigar a uma reflexão. 

 

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