14 Junho 2021
Encabeçado pelo presidente Xi Jinping, o Politburo, órgão decisório do Partido Comunista Chinês, anunciou, no final de maio, mudanças na política de natalidade na China. Famílias serão incentivadas a terem até três filhos para fazer frente ao decréscimo da taxa de natalidade e ao envelhecimento precoce da população, verificados desde 2018, o que tem reflexos no crescimento da economia chinesa.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A agência oficial da República Popular da China, Nova China, informou que a política de nascimento terá medidas de apoio, como “a melhoria dos serviços de assistência pré-natal e pós-natal, o desenvolvimento de um sistema de assistência infantil universal, redução dos gastos familiares com educação, apoio tributário e habitacional, e salvaguarda dos direitos e interesses legítimos das mulheres trabalhadoras”. Não foi anunciado, no entanto, quando a nova política entrará em vigência.
Ainda em 2016, a China encerrou a política de um filho por família, implementada em 1979, adotando a política de dois filhos. Agora, cada casal pode ter até três filhos. A atual taxa de natalidade chinesa é de 11,15 por 1 mil pessoas, o que representa um declínio de 2,25% em relação ao ano passado. Mesmo assim, continua o país com a maior população mundial, de mais de 1,4 bilhão de habitantes.
O especialista em demografia do Centro para a China e a Globalização, Huang Wenzheng, declarou ao The New York Times que a política de três filhos por família “está longe de ser suficiente”. Nunca deveria ter existido uma política de restrição da natalidade, criticou. “Isso deve ser visto como uma crise para a sobrevivência da nação chinesa, mesmo além da pandemia e outras questões ambientais”, alertou.
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China altera política de natalidade - Instituto Humanitas Unisinos - IHU