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Do luto à luta, nas ruas!

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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02 Junho 2021

 

"É grande ilusão pensar que é possível lutar por direitos sem correr riscos. Impossível conquistar a superação do sistema de morte sem lutas arriscadas. Sem lutas massivas e arrojadas não acontecerá a superação do autoritarismo e de todas as violências estruturais", escreve Gilvander Moreira.

Gilvander Moreira é Frei e padre da Ordem dos carmelitas; doutor em Educação pela FAE/UFMG; licenciado e bacharel em Filosofia pela UFPR; bacharel em Teologia pelo ITESP/SP; mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico, em Roma, Itália; agente da CPT, assessor do CEBI e Ocupações Urbanas; prof. de “Movimentos Sociais Populares e Direitos Humanos” no IDH e de Teologia bíblica no SAB (Serviço de Animação Bíblica), em Belo Horizonte, MG.

 

Eis o artigo.

 

O dia 29 de maio de 2021 provavelmente entrará para a história como o dia do início de uma nova onda de lutas populares massivas no Brasil por vários direitos, entre os quais, “Fora, Bolsonaro!”, “Vacina, já!” e “Auxílio Emergencial de R$600,00”. Houve atos públicos, marchas e manifestações em 213 cidades no Brasil e em 14 cidades no exterior. Grande parte da mídia, Jornais O Globo e Estadão, por exemplo, não mostraram a força e o tamanho das manifestações. Postura irresponsável e cúmplice do fascismo e do genocídio no nosso país, que ignora a realidade e tenta negar os fatos, mas a imprensa internacional e os veículos da microcomunicação noticiaram a grandeza e a força das manifestações.

Com precauções sanitárias, usando máscaras e tentando manter o distanciamento social e corporal, centenas de milhares de brasileiras e brasileiros – mais de 400 mil - foram às ruas protestar contra o desgoverno federal genocida e cúmplice da morte de mais de 470 mil pessoas, não apenas vítimas da pandemia da covid-19, mas principalmente da política genocida em curso no país. Com muita criatividade, ao som dos tambores, com inúmeras mensagens estampadas em cartazes, faixas e banners, com uma energia contagiante, o povo deu um recado em alto e bom som: “Basta de genocídio! Basta da falta de vacina! Basta de miséria e fome! Basta de violência social e de cortes de direitos!”. São eloquentes e emblemáticas as mensagens empunhadas por pessoas lutadoras em faixas, cartazes, banners etc. Eis uma série delas: Crianças levantaram cartazes com a inscrição: “Minha professora já devia estar vacinada”; Uma vovó, em João Pessoa, cantou: “Eu vou, eu vou rezar, vou rezar o meu rosário para que Nossa Senhora bote fora Bolsonaro.”; Outras crianças, com cartazes: “Balbúrdia é querer me dar armas e tirar livros.”; Outra vovó segurava uma bandeira do Brasil e o cartaz: “Essa bandeira é nossa! Fora, milicianos!”; Um jovem marchou empurrando uma cadeira de rodas com um boneco dentro de um saco preto, com a inscrição: “Eu trouxe meu pai. Ele havia votado em você, Bolsonaro.”; “Cemitérios cheios, geladeiras vazias. Governo ruim não salva vidas nem a economia.”; “Se o povo protesta em meio a uma pandemia, é porque o governo é mais perigoso que o vírus.”; “Eu te responsabilizo, Bolsonaro!”; “Se estamos nas ruas, é porque o Governo se tornou mais perigoso do que o vírus.”; “Bolsonaro, genocida e inimigo da educação!”; “MAIS amor, vacina e ciência e MENOS ódio, negacionismo e Bolsonaros.”; “Fora, Bolsonaro! Basta de genocídio negro!”; “Em defesa da educação e do meio ambiente, Fora, Bolsonaro!”; o) “Na terra de Zumbi, genocida não se cria. Fora, Bolsonaro!”; “Queremos vacina no braço, comida no prato e Fora, Bolsonaro!”; “Não tem vacina, mas tem chacina. Em memória dos 29 do Jacarezinho.”; “Nem tiro, nem fome e nem covid. Fora, Bolsonaro!”; “Vacina salva vidas, Amazônia salva o Planeta”; “Com Bolsonaro no poder, as mortes só aumentam.”; “Não estão todos, faltam 459 mil vidas.”; “Nem tiro, nem vírus, nem fome: a CPI tem que acabar em impeachment.”; “Pela Vida! Pela Vacina! Fora, Bolsonaro! Fora, Governo Genocida!”; “Vida, Pão, Vacina e Educação! Fora, Genocida!”; “A Ciência e a Educação salvam. Bozo mata!”; “Onze ofertas ignoradas para salvar vidas!”; “Nem tiro, nem cadeia, nem covid, nem fome. Fora, genocida!”; “Fora, Bolsonaro! Chega de mortes! Vacina, já!”; “Pela Educação, Fora, Bolsonaro e Mourão!”; “Em defesa da vida, do emprego e da terra!”; “Auxílio emergencial de R$600, já!”; “Chega de genocídio, fome e desemprego!”; “Vacina para todos, já!”; “Não é mole não, tem dinheiro pra milícia, mas não tem vacinação!”. O bispo Dom Vicente Ferreira divulgou no twitter: “#ForaBolsonaro sendo gritado em mais de 180 cidades. Nas ruas do Brasil e do mundo. Vacina já! Auxílio emergencial justo e digno! Não dá mais para tolerarmos esse genocida. Se o povo corre risco de contrair COVID nas manifestações, é porque o vírus do desgoverno é mais perigoso.”; Não dá para citar todas as frases emblemáticas carregadas e ecoadas por mais de 400 mil pessoas nas ruas do Brasil dia 29 de maio último.

A Polícia Militar do Pernambuco deixou de agir segundo a Constituição federal e, com postura fascista, reprimiu violentamente a manifestação pacífica em Recife, atirando indiscriminadamente balas de borracha nos manifestantes e jogando bombas de gás lacrimogênio. Duas pessoas levaram tiro nos olhos e provavelmente ficarão cegadas. A vereadora Liane Cirne (PT), com mais de 25 anos como professora no curso de Direito, inclusive para centenas de policiais, mesmo mostrando a carteira de vereadora, recebeu gás lacrimogênio no rosto em uma ação truculenta e ilegal dos policiais. A vereadora só pedia para eles pararem de atirar bombas no povo.

Esse ato corajoso e sensato de milhares de pessoas ocuparem as ruas em plena pandemia é demonstração clara do limite a que chegou o povo brasileiro. Não dá mais para suportar as injustiças e o sofrimento impostos. Para quem defende a vida, para quem luta pelo respeito à dignidade da pessoa humana e de toda a criação, lutar contra o genocídio é também um serviço essencial e necessário. Bolsonaro minimizou o impacto da pandemia. Recusou várias ofertas de vacina (ofertas comprovadas pela CPI) que teriam poupado milhares de vidas. Colocou um general despreparado no Ministério da Saúde. Defendeu o uso da cloroquina e do tratamento precoce. Debochou do uso de máscara e foi à Justiça contra o isolamento social.

Lutar tem risco, mas o maior risco hoje é não lutar pela superação dos desmandos na política brasileira. A política genocida está se reproduzindo cotidianamente. De 2 mil a 2.500 mortos por dia; quase 5 mil em dois dias; dez mil em 4 dias; 20 mil em uma semana; 80 mil por mês. Se continuarmos assim, até as próximas eleições em 2022 poderemos ter cerca de 2 milhões de mortos. Como nos resguardar dizendo que não quereremos novos mártires se o martírio está sendo o cotidiano do povo negro, do povo indígena, de mulheres e de toda classe superexplorada deste país? Como honrar os milhares de mártires da pandemia da Covid-19, resultado do descaso com a saúde pública que o desgoverno Bolsonaro e a necropolítica agravam cotidianamente? E quem mais está morrendo?

Em uma sociedade desigual, os omissos não são apenas omissos, são cúmplices e coniventes com os sistemas opressivos. Quem fica na inação “esperando o momento propício, sem riscos”, pela omissão, faz a pior “ação”: torna-se cúmplice da reprodução da violência. É grande ilusão pensar que é possível lutar por direitos sem correr riscos. Impossível conquistar a superação do sistema de morte sem lutas arriscadas. Sem lutas massivas e arrojadas não acontecerá a superação do autoritarismo e de todas as violências estruturais. Só posturas institucionais serão sempre tímidas e paliativas. O fascismo e o nazismo cresceram na Europa graças também a posturas conciliadoras de partidos e movimentos sociais que ficavam com excesso de cautela. Manter todas as precauções para não se contaminar com o novo coronavírus, sim, é necessário, mas jamais deixar de lutar por todos os direitos com organização e afinco. Enfim, sem lutas massivas e arrojadas nas ruas e em todos os cantos e recantos, nas periferias e na floresta, quem continuará sendo martirizado é o povão, a mãe Terra, os biomas e toda a biodiversidade.

Margarida Alves, martirizada a mando de latifundiários da monocultura da cana de açúcar, dizia sempre: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”. O sangue de George Floyd, de João Pedro, do menino Miguel, dos milhares de brasileiros/as que estão sendo mortos de mil formas pela necropolítica reinante precisa continuar circulando nas nossas artérias, suas vozes devem se expressar agora e sempre por meio daquelas e daqueles que se comprometem com as lutas pela superação do sistema do capital. Observando todas as medidas de segurança para evitar o contágio do novo coronavírus, o povo deve, sim, seguir se manifestando com coragem e compromisso até depois de conseguir a derrubada deste desgoverno genocida e a implementação de outro governo justo economicamente, democrático politicamente, solidário socialmente, responsável ambientalmente e respeitador da diversidade cultural presente no nosso país. Inibir lutas necessárias é um grave erro político. Enquanto houver opressão e repressão haverá luta!

 

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  • O ‘apartheid’ nas vacinas é um espelho do capitalismo neoliberal
  • Sem Licenciamento Ambiental, futuro exterminado
  • Auxílio emergencial melhorou renda dos mais pobres e reduziu a desigualdade, diz estudo
  • As mulheres na pandemia. A violência doméstica, o sofrimento e a necessidade de repensar o cuidado. Entrevista especial com Renata Moreno
  • Um presidente e um governo federal genocidas. Artigo de Marcos Sassatelli
  • Dois anos de desgoverno – a política da caverna. Artigo de Ricardo Antunes
  • Um Governo que mata por asfixia. Fora Bolsonaro!
  • Omissão do governo e falta de plano de vacinação leva população ao ‘salve-se quem puder’ no combate à covid-19. Entrevista especial com Gulnar Azevedo e Silva
  • Da vereadora até a Rádio Maria. A balbúrdia dos negacionistas
  • Pandemia, direitos e povos indígenas
  • Covid-19: Pesquisas comprovam eficácia do uso da máscara facial
  • Vulnerabilidade da população negra à violência policial e à pandemia revela racismo estrutural no Brasil
  • A execução de George Floyd e o silenciamento do negro
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  • Caso Miguel: morte de menino no Recife mostra ‘como supremacia branca funciona no Brasil’, diz historiadora
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