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“Seleção darwiniana? Eu deveria estar morto agora”

Foto: Flickr/Domínio Público/NIH Image Gallery

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06 Abril 2021

É comovente que uma parte do mundo tenha se mobilizado durante a pandemia na intenção de salvar os mais velhos (como este que escreve este artigo). Isso ocorre porque a evolução cultural foi muito além da biológica.

A opinião é de Lucio Luzzatto, médico italiano, ganhador em 1976 da Medalha de Ouro Pio XI, concedida pela Pontifícia Academia das Ciências, e membro do Instituto Toscano de Tumores. O artigo foi publicado em Il Sole 24 Ore, 04-04-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

Em qualquer população de organismos vivos, a seleção darwiniana faz aumentar a frequência de genes que são favoráveis a esses organismos em um certo ambiente. De um ponto de vista humano, temos que admitir que é um mecanismo impiedoso: sob a pressão de um fator ambiental, aumenta a proporção das pessoas que têm um certo gene, porque aquelas que não têm esse gene morrem.

Além disso, o enriquecimento na população dos sujeitos com o gene favorável só ocorre se a morte dos outros ocorrer quando forem crianças, antes que possam procriar.

Não é por acaso que, na espécie humana, a evidência mais conclamada para a seleção darwiniana diz respeito a genes que conferem resistência à malária, uma doença ainda hoje endêmica na metade do mundo: a maioria dos que morrem de malária são crianças.

A intuição genial de Darwin (em meados do século XIX) foi que as variações das características encontradas em todas as espécies podiam estar sujeitas a seleção: e ainda hoje alguns dizem, com um certo grau de aproximação, mas de forma inapropriada, que a seleção é o motor da evolução biológica.

O verdadeiro motor da evolução, em vez disso, são as mutações – pequeníssimas imprecisões na replicação do DNA – que ocorrem casualmente, mas continuamente: e Darwin não podia saber disso (embora provavelmente imaginasse algo do tipo). São as mutações que geram essas variações, ou seja, o material selecionável.

No sombrio desastre da pandemia da Covid-19, cada um procura pelo menos algum vislumbre encorajador: para mim, parece positivo que o público saiba agora que o SARS-CoV-2 é um vírus cujo genoma é feito de RNA (em vez de DNA), que, por meio dos seus spikes, entra nas células epiteliais do nosso trato respiratório e, depois, força cada uma delas a sintetizar as proteínas necessárias para reproduzir uma centena de cópias do vírus.

A educação científica do público não para por aí: mesmo quem nunca havia estudado a evolução biológica sabe agora que existem variantes do vírus e que elas podem ter propriedades diferentes importantes. Com efeito, a pandemia é uma academia do darwinismo. Desde que infectou a espécie humana, o vírus SARS-CoV-2 foi ao encontro de uma miríade de mutações.

Muitos delas o prejudicaram: mas o número dos vírus assim inativados é insignificante em comparação com alguns milhões de partículas virais produzidas por cada pessoa infectada, e, por isso, o contágio continua. Muitas mutações são neutras, ou indiferentes do ponto de vista do contágio: foram úteis para rastrear as migrações geográficas do vírus (por exemplo, os vírus que chegaram da China e se espalharam pela Califórnia são diferentes daqueles que também chegaram da China e depois se espalharam pela Europa).

Por fim, raramente, ocorre alguma mutação vantajosa para o vírus, no sentido de que a probabilidade de uma única partícula viral infectar uma célula aumenta, ou a célula infectada produz mais partículas virais, ou o RNA é mais estável: em todos os casos, a contagiosidade será mais alta, e é assim que se tornaram famosas as mutações subjacentes às variantes inglesa, brasileira e sul-africana.

Aqui, tocamos com a mão o fato de que o motor da evolução são as mutações: quando uma mutação é vantajosa, ela dará mais progênie viral, de modo que a variante é selecionada e poderá até suplantar a cepa da qual se originou. As mutações selecionadas são apenas a ponta do iceberg: todas as outras são identificadas em laboratório, mas não têm relevância epidemiológica (ou, pelo menos, não a conhecemos por enquanto).

Seria antropomórfico atribuir ao vírus mutante uma intenção maléfica – como dizer que “o vírus se tornou mais malévolo”: mas este é o resultado da sua evolução darwiniana.

Mas o que dizer do hospedeiro, que somos nós? As epidemias, incluindo aí as pandemias, são frequentemente citadas como potenciais agentes de seleção darwiniana na espécie humana: mas não é evidente que o sejam, por dois motivos.

O primeiro motivo é óbvio: no caso do SARS-CoV-2, por exemplo, o ciclo reprodutivo do vírus é de poucas horas, enquanto uma geração humana é da ordem de 25 anos. Portanto, se a pandemia durar menos do que uma geração – esperemos que dure muito menos! – não haverá o tempo necessário para que as frequências dos genes que poderiam nos proteger sejam sensivelmente modificadas.

O segundo motivo tem a ver com as características da doença pandêmica. Como mencionado acima, a seleção darwiniana é eficaz quando age em sujeitos em idade pré-reprodutiva: mas com a Covid-19, ao invés disso, são aqueles que já passaram dessa idade há um bom tempo que tendem a morrer (mesmo que eu seja uma parte envolvida, como darwiniano estava prestes a dizer “felizmente”). Uma vez que, felizmente, quase todos os jovens sobrevivem, a seleção não pode funcionar.

É claro que, pelo exposto acima, a mortalidade seletiva dos idosos causada pela Covid-19 não tem nada a ver com a seleção darwiniana. Em vez disso, é preciso notar que, ao longo dos cerca de 250.000 anos desde a existência do Homo sapiens, tal seleção nos moldou de modo que, superados os primeiros anos de vida durante os quais somos muito frágeis, possamos viver bastante bem (esperando-se que não se coma demais e não se fume cigarros) até, digamos, 50-60 anos.

Dali em diante, se você tiver sorte, ainda continuará por muito tempo, em boa parte graças à medicina preventiva e curativa: uma invenção única da nossa espécie que, convém lembrar, vai deliberadamente contra a seleção darwiniana.

Alguns poderosos, como um ex-presidente dos Estados Unidos, calcularam que deixar morrer meio milhão de idosos era um preço aceitável para limitar os danos à economia. Mas, na maior parte do mundo, houve mobilizações na intenção de salvar “os mais vulneráveis”: leia-se, os mais velhos e os mais doentes.

Acho comovente que, na minha idade, quando Darwin me abandonou há muito tempo, o Serviço Sanitário Nacional [o SUS italiano] não só investiu recursos para me injetar uma vacina, mas também me deu uma precedência: a evolução cultural foi muito além da evolução biológica.

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