Uma história de fraternidade. Médicos cubanos na Itália

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05 Abril 2021

Circula na Internet a carta (bela e justa) que a prefeita de Crema, Stefania Bonaldi, enviou merecidamente a Draghi. Esperando que minha síntese não a empobreça, trata-se disto: Crema guarda forte memória da intervenção voluntária de 53 médicos cubanos no recrudescimento da pandemia: um ano atrás. E por isso o recente "não" do governo italiano à resolução da ONU que propunha afrouxar as medidas restritivas contra Cuba, parece à prefeita um sinal de ingratidão, insensibilidade e incivilidade para com um povo mais pobre que o nosso e, no entanto, tão generoso conosco.

O comentário é de Michele Serra, publicado por La Repubblica, 02-04-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

A prefeita sabe muito bem - e escreve - que o atlantismo impõe vínculos, por assim dizer, obrigações de posicionamento. Mas de que valem esses vínculos face a uma matéria viva como a solidariedade e a fraternidade vivida na prática, lado a lado, com aqueles que ela chama de "hermanos" e entende-se que não é retórica, é vida vivida? Se é do socialismo cubano que estamos falando, e das violações dos direitos humanos que a própria ideia de um partido único acarreta, não é também ao socialismo cubano que devemos a prática elevada, e humanitária, de uma medicina social, de rua, de serviço? A realidade das coisas não é a realidade das ideologias (ideologia atlantista incluída). A realidade das coisas tem uma forma impura, contraditória, muito poderosa e encontra abrigo em nossas pessoas e em nossas ações. A prefeita de Crema pede a Mario Draghi pelo menos um “obrigado” a cinquenta e três pessoas que vieram do outro lado do mundo cuidar da gente, ajudar nossos enfermos e fechar os olhos aos nossos mortos. Presidente Draghi, somos muitos a assinar a carta de Stefania Bonaldi.

 

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