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A Cúria romana e a missa privada: um problema secular. Artigo de Andrea Grillo

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31 Março 2021

 

A Cúria romana, com as suas formas de vida inevitavelmente burocráticas, marcou profundamente a experiência da celebração eucarística, muitas vezes reduzindo-a a “missa privada” antes do início dos trabalhos de escritório.

A opinião é de Andrea Grillo, teólogo italiano e professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, 30-03-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

 

As declarações contidas na carta do cardeal Robert Sarah a respeito da “missa individual” [disponível em italiano aqui] devem ser lidas à luz de uma questão secular.

Desde que a Igreja romana adotou uma burocracia centralizada, os sujeito de tal organização burocrática central, pelo menos a partir da Idade Média e de modo ainda mais acentuado depois do Concílio de Trento, começaram a assumir o papel de “corporação” dentro da Igreja romana, moldando de algum modo a tradição a partir da sua percepção particular e muito unilateral da vida eclesial.

Por isso, não é possível compreender as palavras da carta de Sarah senão colocando-as em sucessão com as “formas de vida” que a Cúria romana, de fato, impôs aos seus próprios membros há muitos séculos.

Que fique claro: há uma pressão que o ambiente exerce justamente pelo fim institucional que persegue e que incide diretamente nas vivências dos sujeitos que dele fazem parte. É a “forma de vida” que estrutura a compreensão e a prática.

Com efeito, desde a Idade Média, conta-se que a oração “secundum usum Romanae Curiae” se impôs sobre todos os clérigos, criando, de fato, aquela forma de “breviário” que se tornou, durante séculos, a forma ordinária de oração de todos os clérigos. É preciso notar que essa forma era “aliviada” no fardo de salmos e de orações por causa do trabalho burocrático a que as autoridades da Cúria eram obrigadas.

De modo semelhante, a Cúria romana, com as suas formas de vida inevitavelmente burocráticas – ou seja, em razão dos ofícios a serem desempenhados pelos seus membros –, marcou profundamente a experiência da celebração eucarística, muitas vezes reduzindo-a a “missa privada” antes do início dos trabalhos de escritório. Ainda hoje, de fato, ocorre que muitos “oficiais” – antes de iniciar a jornada de trabalho – acessam a oração e a missa de forma rigorosamente privada, sem comunidade, sem povo, sozinhas. Contaram-me que mesmo entre os membros mais jovens da Cúria romana – por exemplo, os inúmeros jovens presbíteros que atuam na Congregação dos Bispos para instruir as práticas para as diversas Igrejas nacionais – muitas vezes vivem a sua experiência de oração e de eucaristia de forma rigorosamente individual, sem comunidade e sem povo. Devem contribuir para a escolha dos pastores, mas não vivem de forma alguma uma vida pastoral.

Isso representa um limite antropológico, pastoral, espiritual e teológico que marca profundamente a Cúria romana e que molda, por si só, pelo menos potencialmente, todas as diversas Cúrias espalhadas pela Igreja universal. Não por acaso, uma das implicações mais preocupantes dessa tendência foi a ideia – que a Cúria romana concebeu e propôs de forma audaciosa – de que se possa falar de um “direito de cada presbítero de decidir livremente com qual rito (Novus Ordo ou Vetus Ordo) celebrar a missa sem povo”.

Esse artigo, que está no início do motu proprio Summorum Pontificum, é uma espécie de premissa necessária para entender as reações às proibições à “missa individual” impostas pela Secretaria de Estado.

Sobre esse ponto tão delicado, todo presbítero – leia-se toda autoridade da Cúria Romana – se convenceu de que não deve responder a ninguém. E estamos plenamente dentro dessa leitura, certamente mais alta, mas sintônica, com a qual, há 1.300 anos, se fala da missa como “ecclesiasticum officium”: esta é a distorção de olhar e de perspectiva que, nos últimos 100 anos, assumiu uma apologética primeiramente antimoderna e depois anticonciliar.

Assim, uma norma que nasce do ambiente particular da Cúria romana – e que traz consigo todas as características antropológicas e eclesiológicas que aquele mundo inevitavelmente conhece e determina – corre o risco de interferir na norma pastoral, espiritual e teológica que faz da “missa individual” um caso extremo, raro e excepcional, e que, em vez disso, olha para a missa celebrada e concelebrada com o povo como normal, salutar e benéfica para o nutrimento espiritual e pessoal, entendida como “ato comunitário” e não como “ato individual”.

Não admira que Robert Sarah, como cardeal da Cúria, tenha agido na esteira de outros três cardeais da Cúria (Burke, Müller, Brandmüller): a força do “usum Romanae Curiae” supera qualquer teologia, espiritualidade ou antropologia razoável. E ele pode inventar os argumentos mais estranhos e malucos só para ter razão, para conservar zelosamente aqueles privilégios que a prática burocrática impôs aos “homines curiae”.

Se Deus quiser, nem toda a Cúria romana corresponde a essas ideias extremas. Há exemplos notáveis que se movem em sentido diferente e até oposto. Mas as missas nos altares laterais de São Pedro se tornaram, ao longo das décadas, quase “símbolos” de confiabilidade e de lealdade de curiais obedientes. E isso pôde ocorrer no silêncio geral, alimentando uma espécie de “vida paralela” no plano litúrgico, que deixou a sua marca.

E é inevitável que a Reforma Litúrgica, lida pela Cúria romana, também apareça como um “aparato simbólico-ritual” superabundante, não necessário, eventual e acessório, em comparação com a práxis normal para uma autoridade, que é feita de atos individuais, em uma língua não mais em uso, nos quais ele corre o risco de identificar não tanto o seu “ofício curial”, mas sim a sua “identidade cristã e ministerial”.

Por isso, não importa com quanta fragilidade e ingenuidade teológica se tenta defender o antigo privilégio, mas sim o fato de usar todos os argumentos à disposição – até mesmo os menos razoáveis – a fim de não sair do casulo. Até se chegar a defender que seria muito melhor que cada autoridade celebrasse uma missa privada diferente, em vez de dois ou dez curiais se encontrarem e concelebrarem juntos, para não “diminuir o dom da graça” e, assim, produzir um “dano incomensurável”.

Mas a graça não tem nada a ver com isso aqui. Aqui, o que está em jogo é a liberdade de permanecer como se é: pequenos ou grandes príncipes, que “dizem missa” sozinhos, em latim, talvez em Vetus Ordo, sem responder a ninguém mais além de Deus.

No coração da Cúria romana, há séculos, a mais alta obediência desposa a anarquia mais radical e indiferente. Fazer com que o espírito da Reforma Litúrgica entre na Cúria romana é a primeira grande reforma da Cúria, que diz respeito à raiz mais delicada – ou seja, a simbólica e ritual – de uma autocompreensão eclesial e pastoral diferente, para que a pirâmide se torne realmente “invertida”.

Enquanto a pirâmide não se inverte, a missa mais pura, mais intensa e mais piedosa parecerá ser, sempre e somente, a privada. E sempre se encontrará um teólogo despreocupado, disposto a demonstrar que uma missa privada pode ser mais pública e participativa do que uma missa com uma multidão de pessoas.

E assim será possível continuar pensando em poder dormir tranquilo e na graça de Deus, no maior dos sete quartos do seu apartamento de 300 metros quadrados: porque o estilo curial, pelo menos nos seus graus mais notáveis, não é feito apenas de missa individual.

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