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26 Março 2021

 

Sem uma séria bagagem teológica, a “Divina Comédia” permanece como uma “selva escura”: ela só pode ser plenamente atravessada mantendo-se fixada a estrela-guia da fé cristã.

A opinião é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Avvenire, 02-05-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Eis o texto.

Poucos sabem que uma encíclica papal inteira foi dedicada a Dante. Era o dia 30 de abril de 1921, data do sexto centenário da morte do poeta: Bento XV publicava In praeclara summorum, uma encíclica que, além de celebrar “a prodigiosa vastidão e fineza do seu gênio”, convidava a “reconhecer que ele hauriu da fé divina um ímpeto de inspiração bem poderoso”.

Essa consideração serviu de base para outro texto papal, emitido em 7 de dezembro de 1965, a apaixonada carta apostólica Altissimi cantus, de Paulo VI. A data era significativa não só porque se referia aos 700 anos do nascimento do poeta, mas também porque era a véspera do encerramento solene do Concílio Vaticano II, e o papa dera uma cópia da “Divina Comédia” a todos os Padres conciliares, quase como um texto sagrado para se meditar.

Com uma exclamação intensa e até ardente, Paulo VI declarava: “Nosso é Dante! Nosso, queremos dizer, da fé católica”. E, da obra-prima dantesca, ele exaltava não só a alta dimensão poética, mas também a potência performativa, capaz de “mudar radicalmente o ser humano e de levá-lo da desordem à sabedoria, do pecado à santidade, da miséria à felicidade, da contemplação aterrorizante do inferno à beatificante do paraíso”.

Deve-se recordar que o amor desse pontífice por Dante estava vigorosamente entrelaçado com toda a sua existência: é aquilo que Giuseppe Frasso, professor de Literatura Italiana na Universidade Católica de Milão, demonstrou recentemente em um artigo publicado na revista Vita e Pensiero, no qual se realizava “uma sondagem sobre duas áreas apenas da história humana de Giovanni Battista Montini, os anos juvenis e os anos do pontificado”, para descobrir que estavam marcados pela presença fecunda de Dante.

Não por acaso, naquele mesmo ano centenário, e precisamente no dia 19 de setembro de 1965, Paulo VI quisera enviar uma cruz de ouro para ser depositada sobre o túmulo do poeta em Ravena, e, no dia 14 de novembro de 1965, o secretário de Estado, o cardeal Amleto Cicognani, acompanhado por cerca de 500 Padres conciliares, havia colocado uma coroa de ouro no Batistério de Florença, “o belo São João”, que havia visto o início da vida cristã de Dante.

Agora, no próximo dia 4 de maio [de 2015], quando, no Senado [italiano], perante o presidente Mattarella e as altas autoridades do Estado, se celebrarão os 750 anos do seu nascimento, eu terei a honra de ser o portador de uma mensagem do Papa Francisco, que se somará aos seus antecessores no louvor e na admiração por esse grande poeta e crente.

O próprio pontífice, aliás, na sua primeira encíclica, Lumen fidei, havia retratado a luz da fé, que envolve e coenvolve toda a existência humana, através de uma imagem dantesca, a “centelha / que se expande depois em viva chama / e, como estrela no céu, em mim cintila” (Paraíso XXIV, 145-147).

Joseph Ratzinger, na sua obra teológica mais conhecida antes de se tornar Bento XVI, isto é, a “Introdução ao cristianismo”, também havia evocado uma passagem do último canto do poema dantesco: “No seio seu da própria cor tingida, / a própria efígie humana oferecia, / foi nela a minha vista submergida” (Paraíso XXXIII, 130-132). Com uma livre aplicação, ele havia entrevisto um autorretrato do próprio poeta: “Contemplando o mistério de Deus, ele entrevê com êxtase a sua própria imagem, um rosto humano, no centro do deslumbrante círculo de chamas formado pelo ‘Amor que move o sol e as outras estrelas’”.

O certo é que, sem uma séria bagagem teológica, a “Divina Comédia” permanece como uma “selva escura”: ela só pode ser plenamente atravessada mantendo-se fixada a estrela-guia da fé cristã.

Uma fé vigorosa e rigorosa, mas livre e sincera, como atestam as severas críticas à Igreja da época. Esse é um dos muitos contrapontos que tornam o poema um texto supremo na sua capacidade de manter os antípodas em harmonia perfeita. Pensemos na admirável euritmia entre a poesia puríssima e a mais refinada especulação teológica. Ou na extraordinária combinação entre a absoluta criatividade do gênio poético e o molde rígido do hendecassílabo e da rima, como aconteceria, de maneira análoga, na excepcional consonância entre a impecável e sofisticada técnica musical de Bach e as suas fascinantes arquiteturas melódicas.

Ou pensemos ainda na interação única entre a abstração temática e a palavra pintada, como, por exemplo, ocorre no Antepurgatório, diante de um grupo de almas que avançam “como as ovelhas o redil deixando / a uma, duas, três e a cerviz tendo / baixa as outras vão tímidas ficando / todas como a primeira, se movendo, / conchegam-se-lhe ao dorso, se ela para, / ou porque, simples, quietas não sabendo” (Purgatório III, 79-84).

Poderíamos continuar por muito tempo nessa lista dos surpreendentes equilíbrios harmônicos da escrita dantesca entre polos antitéticos. De fato, há também o arco-íris das sintonias entre história e transcendência, entre carnalidade e espiritualidade, entre contingência e eternidade, entre epifania e mistério, entre pecado e graça, entre tragédia e glória, entre crônica e profecia, entre justiça e salvação.

Em Dante, cumpre-se verdadeiramente a definição do belo cunhada por outro grande poeta, Rilke, logo no início das suas “Elegias de Duíno”: “O belo nada mais é do que o começo do terrível”.

Nessa suprema “simbolicidade” – no sentido etimológico do termo, isto é, de “manter juntos” os extremos – a trajetória que rege todo o itinerário terrestre, infernal e celestial de Dante é o trânsito “do tempo à eternidade” (Paraíso XXXI, 38), é, em última análise, mostrar “como o homem se faz eterno” (Inferno XV, 85).

E é sob essa luz que se torna fundamental a busca do rosto de Cristo, homem e Deus, aquele rosto que o peregrino contempla no véu de Verônica, interrogando-se: “Meu Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus, / tal vosso semblante parecia?” (Paraíso XXXI, 107-108).

E um grande leitor de Dante como Borges, em um texto intitulado justamente “Paradiso XXXI, 108”, presente em “O artífice” (1960), respondeu assim à pergunta: “Perdemos esses traços... Podemos vê-los e ignorá-los... Talvez um traço do rosto crucificado espreite em cada espelho; talvez o rosto morreu, apagou-se, para que Deus seja todos”.

 

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