12 Março 2021
Ao dizer ontem, em sua live, que há possibilidades de saques e desordens, o jumento que nos governa deu a senha aos seus seguidores.
Evidentemente, é isso que ele quer.
Ontem uma correligionária do Presidente de Nova Petrópolis citou a frase do portal de Auschwitz como exemplo para não se fechar o comércio da cidade.
Coronel Tadeu (PSL-SP) é o nome do verme que cospe nos nossos mortos ao dizer isso.
Para que não digam que há "manipulação da imprensa", ofereço as aspas exatas do verme: "Esse jogo para mim é claro, as pessoas estão morrendo justamente para facilitar o caminho de retomada ao poder pela esquerda". Isso mesmo é o que ele disse.
Já são mais de 270.000 mortos por covid-19 no Brasil.
Fake mito
O "Mito" dotado de vontade e decisão é só uma falsificação de marketing digital. Bolsonaro não tem imaginação, nem ideia, iniciativa ou intuição própria. Tudo o que faz é oscilar de cá pra lá, incoerentemente, conforme sugestão da família/gabinete do ódio, ou dos militares/centrão.
Eu sei que isso é estratégia da guerra psicológica, da confusão cognitiva, blá-blá-blá. Mas não acho que isso funcione normalmente em um governo tão ruim e quanto mais indefinidamente. A direita limpinha não é um gado crédulo e ululante. Talvez nem adiante mais acenar pra ela
Se o governo caminhar para o buraco crescente e a impopularidade, Bolsonaro vai tentar recorrer à arruaça militar. Mas esse poderá ser também o seu fim, porque não creio que um congresso centrônico e o alto comando tenham interesse nessa aventura.
O lugar comum "política é como nuvem" aconteceu com o efeito Fachin.
Observem, amigos e amigas, não é que eu goste, apoie ou deseje.
É uma constatação de um velho e atento observador das cenas políticas/eleitorais brasileiras.
No dia primeiro de março de 2021 tínhamos três candidaturas, Jair Bolsonaro, Fernando Haddad e Ciro Gomes.
Hoje dia 10/03 temos a candidatura de Jair Bolsonaro em andamento.
Fernando Haddad e Ciro Gomes foram eclipsados por Lula elegível, desapareceram do jogo.
Assim, temos hoje Lula como principal candidato contra Jair Bolsonaro.
Outras candidaturas, se vierem a existir, serão para marcar posição ou folclóricas.
Sigamos no baile.
Paulo Baía, sociólogo e cientista político em 10/03/2021.
Merval, membro da Academia Brasileira de Letras, no intervalo do chá e das elevadíssimas elocubrações sobre o vazio, debita a eleição de Bolsonaro "ao espírito do tempo". Que lindo apelido para os parlamentares corruptos ("Com o STF, com tudo") como Eduardo Cunha et caterva! Que lindo apelido para o General Villas Boas, Mourão et caterva! Que lindo apelido para a Lava Jato, Sergio Moro et caterva! Quão lindos são os apelidos na língua do jornalista! Ah, olvidei: quão lindo apelido para a mídia que bateu bumbo 24 por dia, sem interrupção, em prol do candidato Bolsonaro por causa de Guedes, cujo lindo apelido é ministro da Economia! RR
"O ex-presidente Lula apareceu ontem reciclando o personagem Lulinha, Paz e Amor, criado pelo marqueteiro Duda Mendonça em 2002, fazendo oposição a Bolsonaro, com afirmações de que o governo não cuida dos jovens, nem da economia, nem do emprego. Não totalmente paz e amor, no entanto. Talvez tenha querido deixar o passado para trás gastando um pouco da sua bile com os inimigos costumeiros, especialmente o ex-juiz Sergio Moro, que quer ver destruído (...) como não se pode esquecer que o presidente Bolsonaro ganhou uma eleição sobretudo porque absorveu o espírito do tempo e apoiou enfaticamente a economia liberal e o combate à corrupção, temas alheios a ele. Só lhe resta o antipetismo, forte fonte de apoios. Mas terá que disputar com os governadores Doria ou Eduardo Leite, o ex-ministro Ciro Gomes, e outros, esse espaço. Não podemos continuar a escolher o menos pior. Dois erros antigos não se transformam em um acerto"
By Roberto Romano Da Silva
A postagem da jornalista Cecilia, da GloboNews, debochando de Luis Inácio da Silva porque ele pronuncia "adevogado", fez-me recordar um episódio antigo vivido por mim na campanha presidencial que elegeu Collor. Estava eu no aeroporto de Cumbica, na fila do café. Um comandante de avião chegou aparentemente esbaforido e berrou: "cometeram um atentado contra o Lula!". Surpreso, perguntei: "o que ocorreu?". Resposta : "jogaram um Aurélio na sua cabeça". Risos de toda a fila. Repliquei: "foi mesmo um atentado porque o dicionário Aurélio é medíocre e só tem valor para pessoas pouco cultivadas". Pelas faces cheias de ódio da fila e do comandante, achei mais avisado me afastar sem o sabor do café na língua. O péssimo em tais deboches é a ridícula falha do grego "metron". O indivíduo preconceituoso, como em todo acometido pela hybris, se considera o supra sumo do saber, da elegância, da beleza, da honestidade. Mede tudo com a régua curta de sua pequena erudição de almanaque. Tal costume gerou a delirante prática : alguém que mal sabe manipular o whatsapp, critica e ri de biólogos, físicos, matemáticos, astrônomos, etc. E debocha de quem é dito "inferior".
Certa feita, ao comprar um lap top, perguntei ao vendedor : "os senhores aceitam o cartão Diner's?". O sorriso idiota surgiu no seu rosto: "Diner's não, mas Dainer's sim!". Poucos instantes após ele pediu para que eu colocasse minha "rúbrica"no documento de venda. Disse eu "se o senhor gosta de debochar da pronúncia inglesa dos seus clientes, aprenda primeiro a usar a sua própria língua. A pronúncia correta do termo é "rubríca" e não "rúbrica". E terminei: na França, país altamente civilizado, os termos estrangeiros se pronunciam com o espírito da língua francesa. Assim, Washington é dito alí "Vachington" não "Uochington". A cara de bocó do vendedor valeu meu dia. A jornalista Cecilia....já peguei muitos erros de fala em sua movimentação na Globo News. Se uma pessoa impiedosa fosse ridicularizar os pretensos gênios que se pronunciam naquele veículo (um chegou mesmo à Academia Brasileira de Letras...) teríamos um belo FEBEAPÁ. Ah, o conselho do pintor grego: "não vá o sapateiro além das sandálias!". RR
Reproduzo aqui, na LT, o comentário do amigo Fabio Metzger
Só estou aqui tentando fazer um exercício intelectual.
A operação LavaJato é baseada em uma ética profundamente arraigada em parte da população brasileira, que é a ideia de inquirir e humilhar inimigos, com a justificativa de se limpar o país da corrupção. Há uma ampla adesão, por parte da população, às decisões e ações do grupo que compõem a operação, a um ponto que ela começa a se tornar um "patrimônio". Com a roupagem de uma operação judicial, com ampla cobertura midiática, no fim, trata-se de uma ética das aparências. Pois a moralidade é seletiva. Não está baseada em pensar em uma sociedade mais solidária, transparente e justa. Ao contrário, essa moralidade vai por um individualismo mesquinho, onde o genérico "roubou, tem que pagar" é levado às últimas consequências, sem que se considere os requisitos mínimos para a preservação de um Estado de Direito sob segurança jurídica.
Então, se nas aparências, a ética que construiu a LavaJato empolga a opinião pública, em sua essência, a moral dos agentes da operação é a total arbitrariedade, a proteção dos amigos, a perseguição a inimigos, decisões que aparentam "limpar" a política mas, de fato, promove uma grande desagregação social. Creio que aí, o que tivemos foi a agenda da substituição de uma classe política inteira por outra, sem um programa de defesa da Economia, das instituições, das políticas públicas.
Essa agenda não gerou a conscientização de uma sociedade, não a tornou mais justa, tampouco transparente ou solidária. Ao invés, gerou descrédito geral na classe política, contribuiu para agravar uma crise econômica. E propiciou, dentro da Anomia resultante, um vácuo de poder, ocupado por um exaltador da tortura, racista, homofóbico, misógino e genocida. Pensando na questão ética, dentro de nosso país, LavaJato tem um quê do "levar vantagem", mas com a fachada da Justiça e do MP, dando um revestimento de aparente seriedade.
Moralmente, isso se volta contra parte importante dos brasileiros, incluídos aqueles que a apoiaram. O "levar vantagem" é um traço ético, que está disseminado na cultura brasileira, e sendo a classe política, componente central do país, o "jeitinho" ganha centralidade. Mas, uma vez, extirpado o "inimigo", entra em seu lugar, não mais políticos profissionais, mas "profissionais da violência", que se fazem valer de seu poder, para promover a destruição das instituições. O "levar jeito" sobe a um patamar ainda mais perigoso, porque já não se baseia mais na falta de transparência do erário público, mas sim em algo muito pior: o direito de matar, e decidindo o direito de quem está vivo ou não; ou o direito sobre o que pode ser dito e o que é censurado ("Fora Bolsonaro", por exemplo, não pode ser entoado em alguns ambientes). No limite, a questão do uso não transparente do erário público também se desacredita ainda mais.
A ação de Bolsonaro e seus aliados para salvar a pele de seu filho Flávio, é talvez hoje um dos mais gritantes descalabros da república. É a imoralidade que perdeu a vergonha de dizer a que veio, a perda de um verniz mínimo de coexistência, e os resultados mais profundos do que vivemos hoje. Professor, desculpe me alongar, mas estou escrevendo de acordo com o que consigo ver na realidade brasileira atual. E, perplexo, só vejo o "levar jeito" toda dia ainda mais forte. Obrigado. Bom dia!!!
O que é um bom professor
“Odeio extremistas!” Os extremos: A Terra é Redonda/ A Terra é Plana; Ciência /Fake News; Democracia/Ditadura; Livros/Armas, Direitos Humanos/Tortura; Vacina/Cloroquina; Defesa da Vida/ Politica de Deixar Morrer.
O discurso que Lula e Bolsonaro se equivalem e que são “a mesma coisa”, é o real extremismo e o novo mantra de um campo que em um único dia teve um surto de lucidez e desespero, em um dia viu, verbalizou e entubou o que desde 2018 todos já sabiam ! Uma farsa jurídico-midiática tirou Lula da disputa em 2018.
Em um dia, Lula pautou o STF, Bolsonaro, a mídia, o Rodrigo Maia, a Globo, o dólar , a bolsa de valores, ofuscou o BBB, produziu uma avalanche de memes, tudo, em um passe de mágica.
É presidente que chama? O Brasil saiu do coma! Esse “centro” (essa fada sensata, esses equilibrados, esses iluminados) que não existe também entrou em pânico !
Lula implode o bom centrismo, o bom mocismo, mostra o centro como ele é, muitas vezes apenas um bolsonarismo envergonhado. Mas sim existe frente, redes, formas de articular as diferentes forças democráticas deste país.
Lula não é extremista é um polo de aglutinação do que o Brasil inventou de melhor na política! Fala pra todos! E sequer precisa ser candidato à Presidência da República para ajudar o Brasil a sair do atoleiro.
Basta poder falar e ser escutado. #lulafalaaobrasil
Existe um país em que um Ministro da Suprema Corte bate boca com o Ministro das Relações Exteriores no Twitter, ambos escrevendo em uma língua estrangeira.
O Brasil não para de passar vergonha.
PS: o Gilmar está certo e o chancelelé está mentindo.
ABI - Associação Brasileira de Imprensa - Página exclusiva:
Rio de Janeiro, 11 de março de 2021.
Ao
Exmo. Sr. Cláudio Castro
Governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro
Senhor Governador,
Com espanto, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) tomou conhecimento da aprovação, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, de um projeto de lei modificando o nome do Estádio do Maracanã, de Jornalista Mário Filho para Édson Arantes do Nascimento - Rei Pelé.
Ao mesmo tempo em que a ABI reconhece o mérito de todas as homenagens ao genial Pelé, que encantou o mundo inteiro com a sua arte, é preciso relembrar o importante papel desempenhado pelo jornalista Mário Filho, que recebeu o apelido de “criador das multidões”, para viabilizar a construção e criar todo o simbolismo que, há muitos anos, envolve este Estádio, inclusive internacionalmente.
Ao pedir a V.Exª. o veto a este projeto de lei, não nos move um mero espírito corporativo, embora tenhamos que reconhecer a importância indiscutível de Mário Filho para o jornalismo esportivo, no Brasil, bem como sua relevante atuação como escritor com obra precursora do debate atual, com o “O Negro no Futebol Brasileiro”, além de “Histórias do Flamengo” e “Viagem em torno de Pelé”, uma homenagem ao Rei do Futebol, ainda em 1964.
Para a ABI, independente de questionamento jurídico quanto à legalidade de homenagear pessoas vivas, o que importa, neste momento, é não permitir mais uma mutilação no Estádio do Maracanã, com a retirada do nome do Jornalista Mário Filho.
Certos do atendimento de V.Exª. a este pedido de veto ao projeto de lei,
Paulo Jeronimo
Presidente da ABI
“Hospital de Campanha” é o nome pomposo da barraca para vinte pessoas. Num campo de batalha com corpos aos pedaços pelos cantos estes “hospitais improvisados” certamente cumpre um papel. Numa epidemia em que não há inimigos, a única possibilidade de vitória é o distanciamento sabotado pelas autoridades e as vacinas negligenciadas. Hospital de campanha é marketing rasteiro de milicos enfiados até o pescoço nesta lama fétida nazista. Aumentar leitos ao invés de vacinar ou manter a distância necessária com isolamento é uma ação irresponsável de gestores criminosos.
Talvez desenhando, fique mais fácil de entender o tamanho da tragédia.
Por Andreza M.
Como funciona a cidade de Maringá, PR.
Comerciantes doam respiradores e publicam vídeo dizendo que, para continuar ajudando a cidade, o comércio precisa reabrir.
Na sequência, começa a circular no whatsapp (e, depois se confirma, por meio de nota), que comerciantes contrataram profissionais de saúde para atender a população carente que estiver com sintomas da Covid-19, ministrando "tratamento precoce" (que não existe para a doença), isso tudo numa rede de franquias de plano de saúde.
Entenderam certinho?
Hoje foi dia de fazer a compra do mês. A gente vai em uma rua próxima ao Centro que tem 3 supermercados em 200 metros, pra comparar os preços e comprar. Sempre compramos um pouco de tudo nos três. Na porta dos 3, uma meia dúzia de pedintes. Nos 3 demos trocados ou compramos mercadorias pra dar.
Enquanto esperávamos o Uber pra voltar, chegou um jovem do nada, cachimbo na mão, se oferecendo pra ajudar com as compras no carro. Carro parado, sacolas no chão, gente indo e vindo, só deu tempo de agradecer e dizer que "não precisava", pois "não tinha mais nem uma moeda". Mesmo assim lá foi ele catar umas sacolas e ajudar a colocar na mala do carro. Agradeci e disse que infelizmente não tinha mais nem uma moeda mesmo.
O motorista do Uber o chamou e deu umas moedas que tinha no carro pra ele. Fiquei espantado e o agradeci. Viemos conversando, logo saquei que não era daqui pelo sotaque.
Passamos pelo miolo da cracolândia. Só polícia e dependentes químicos nas ruas. Os primeiros parados, os outros perambulando ou se esquivando. Em cada esquina e comércio disputando trocados e migalhas.
Nas portas do Memorial da Resistência tudo o que se via era um acampamento de flagelados, moribundos e a chama dos isqueiros nos cachimbos - intermitentes, consistentes, resplandecentes.
Eu fui dependente químico por 15 anos - ainda sou, só não faço uso. Conheço essa região desde 1990. Antes vir morar aqui em fins de 2018, havia passado por ela diversas vezes desde 1998 até 2002, depois em 2011 e 2013.
Nunca fiquei espantado como hoje, diante da quantidade de pessoas e do abandono. A única grata surpresa foi o motorista mesmo, um sírio que vive em SP há 5 anos e que demonstrou uma humanidade que não encontro aqui - desconfio a razão disso, mas não vem ao caso. Só sei que ao final fiz questão de agradecer muito ele e dar até um axé pela corrida dele....