08 Março 2021
Bom dia, guerreiras
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A sindicalista Rose Zehner fala às companheiras da Citroën em 1938, na foto de Willy Ronis.
Minhas queridas todas, feliz luta!
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Florbela Espanca. Dia internacional da Mulher é para começar com Florbela Espanca:
O meu orgulho
Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera
Não me lembrar! Em tardes dolorosas
Lembro-me que fui a Primavera
Que em muros velhos faz nascer as rosas!
As minhas mãos outrora carinhosas
Pairavam como pombas... Quem soubera
Porque tudo passou e foi quimera,
E porque os muros velhos não dão rosas!
O que eu mais amo é que mais me esquece...
E eu sonho: "Quem olvida não merece..."
E já não fico tão abandonada!
Sinto que valho mais, mais pobrezinha:
Que também é orgulho ser sozinha,
E também é nobreza não ter nada!
Repitam comigo: Ge no ci da!
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Um ano passou desde que os primeiros casos de covid-19 foram registrados no Brasil. Desde lá, um resuminho do que assistimos do presidente e seus asseclas: discursos contra o isolamento social, ameaças de golpe de Estado, troca de dois ministros da saúde por um militar que sequer sabe o que é o SUS, propagação de tratamentos comprovadamente ineficazes contra o vírus, omissão na compra de vacinas e discursos mentirosos sobre os efeitos colaterais da vacina, ataques aos governadores que tentaram tomar medidas de contenção do vírus, deboche das famílias enlutadas pela perda dos seus entes, alegações estapafúrdias sobre os efeitos nocivos do uso de máscaras, ataques aos cientistas que estão alertando sobre a gravidade da doença...
Nesse intervalo de tempo, 260 mil pessoas já morreram, mas a curva de novos casos e novas mortes segue em rápida ascensão, com a variante mais contagiosa de Manaus se espalhando sem controle pelo país. E, apesar de tudo isso, o absurdo parece ter sido normalizado. Não há mais espanto, as pessoas estão anestesiadas. Um panelaço aqui, outro ali, queda de uns pontos percentuais na popularidade do governo... mas tudo insuficiente para mudar alguma coisa, depois que o Centrão, muito bem pago em cargos e benesses, se tornou fiador desse governo. A sensação de muitos (e eu me incluo aqui) é de cansaço e apatia. Como chegamos a esse fundo do poço?
Capitalismo selvagem é assim
Ao invés de vender com desconto, Ford prefere destruir 900 Ka e Ecosport inacabados.
“O Céu não se cansou da terra: Deus ama cada povo, cada uma das suas filhas e cada um dos seus filhos! Nunca nos cansemos de olhar para o céu, de olhar para estas estrelas.”
Papa Francisco
Humor político.
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Para bolsonaristas, quem usa máscara é “comunista”, “medroso” e “escravo do Doria”
Com caretas e línguas de fora, um grupo de bolsonaristas passou a xingar de “medrosa“, “comunista” e “escrava do Doria” a atriz Angela Dippe, que usava máscara na avenida Paulista.
Eles fazem parte de um movimento de fanáticos e lunáticos lançado no Rio, com o nome “Uma Gripe e Nada Mais”, formado para apoiar as falas cretinas e negacionistas de Jair Bolsonaro sobre a Covid-19.
O que é pior: o coronavírus ou o bolsonavírus? É surreal. Assista:
#ForaBolsonaro
Aroeira:
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Vai Francisco
O Papa Francisco deveria se chamar “Ousadia”. Me encanta seu atrevimento, sua coragem, seu zelo carinhoso pelas coisas de Deus.
Francisco é a expressão de um Jesus apaixonado pela humanidade que toca nas feridas mais profundas.
É o testemunho vivo dos profetas que buscam alternativas para trazer à luz os desgarrados, descrentes, solitários, medrosos, tíbios.
Francisco é a chave que abre o coração de uma Igreja fechada, legalista, principesca e mostra a beleza do Evangelho que cura e liberta.
É o homem de Deus, que levanta a bandeira do respeito e da amizade para com os irmãos de outros credos.
É o cristão puro que encarnou a Boa Nova em espírito de fraternidade, pois sabe criar empatia e reconhecer que o Criador deseja reunir todos no mesmo céu.
Francisco destrói a soberba das lideranças eclesiais para anunciar o Ressuscitado.
O arauto da paz gera conflitos com os poderosos, não se cala quando a injustiça grita e a falta de solidariedade ameaça a dignidade dos povos.
Ele vai em frente, nada o detém, vai além do seu tempo e promove a reflexão.
Francisco ameaça a ordem, quebra os protocolos, entra nas casas, telefona, sai do trono, leva o altar para as vidas.
É acolhido com amor pelos simples de coração, pelas autoridades, pelos magistrados. É ouvido porque sua palavra convence, seus atos são coerentes, sua fé é sustentada pela prática do amor.
Francisco desinstala, mexe com os confortáveis, quebra barreiras, carrega as ovelhas, mistura-se com as sujeiras do mundo, mostra o Cristo.
É o Papa, mais que um pai é o papai querido, amigo, mas de caráter forte, audaz, decidido, atrevido. Papa ousado que não manda recado, que fala claro e direto.
Francisco é jovem, é peregrino, encontra em suas limitações a força criativa para reencantar os desesperançados.
É o Papa do “Evangelho da alegria”, do louvor das criaturas, da adoração Eucarística, que sorri e exala confiança no Altíssimo.
É o mensageiro da misericórdia que não julga, não condena, que abraça e tem alma de criança.
Vai Papa Francisco nas sendas do mundo e me leva junto. Preciso viver mais decididamente o compromisso com a salvação da humanidade, servir mais, sair do meu palco e fazer Cristo brilhar na rotina dura e escravizadora do mundo.
Vai ousado “servo dos servos de Deus”, filho amado de Maria, companheiro de São José, vai sem olhar para trás, nada te prende. Segue livre abençoando, distribuindo as sementes do perdão, reconciliando, dialogando, ensinando a cuidar da criação.
Vai bom homem, bom Francisco, bom cristão...
P. Nilton Cesar Boni cmf
É o crente que não confia em Deus: O Deus dele é uma pistola!
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A fascinante Catedral Basílica de Salvador. A arquitetura jesuítica dos tempos coloniais.
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o antropólogo autor
do "brasil inevitável"
deve ter tomado chá
de jurema ou cogumelo
pra enxergar um golbery
na carcaça do jair
o país está destroçado
na mão de milicianos
e a população morrendo
por conta da ignorança
do calhorda que só pensa
como encher a própria pança
livrar o clã da justiça
dar armas à jagunçada
rir do sofrimento alheio
provocar muito alvoroço
para enfim dar o seu bote
e jamais largar do osso
ora, o voto popular
nunca foi um cheque em branco
pra bancar a prepotência!
honra teu mestre darcy
deixa de ressentimento
chega de endeusar jair!
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Uma página reluzente de Oswaldo Giacóia sobre Nietzsche. A forma rebanho, que hoje ameaça mais do que nunca as individualidades livres, e que é a essência dos fascismos, incluindo o que se chama vulgarmente Mito Bolsonaro, é exposta por Nietzsche com percepção aguda de Giacóia. Roberto Romano
“Meu pensamento é, como se vê: que a consciência não faz parte propriamente da existência individual do homem, mas antes daquilo que nele é natureza de comunidade e de rebanho; que também, como se segue disso, somente em referência à utilidade de comunidade e rebanho ela se desenvolveu e refinou e que, conseqüentemente, cada um de nós, com a melhor vontade de entender a si mesmo tão individualmente quanto possível, de conhecer a si mesmo, sempre trará à consciência, precisamente, apenas o não-individual em si, seu corte transversal- que nosso pensamento mesmo, pelo caráter da consciência- pelo gênio da espécie que nele comanda-, é constantemente como que majorizado e retraduzido para a perspectiva do rebanho.” (Nietzsche)
E agora Giacóia
Numa inversão paródica da ironia socrática, conhecer-se a si mesmo, na medida em que significa tomar consciência-de-si, implica perder-se de si mesmo. Daí a importância, no contexto filológico de que nos ocupamos, do jogo permanente operado por Nietzsche entre Gemeinde (comunidade) e gemein (comum, medíocre, sem perder de vista a conotação pejorativa que o termo tem, em linguagem coloquial, significando vulgar, grosseiro, abjeto).
De modo provocativo e cínico, o que o texto pretende insinuar é que somente o que é "gemein" ingressa na esfera da consciência. Porque a consciência se desenvolve em função, sob a perspectiva e a pressão dos juízos de valor da "Gemeinde", ou da "Gemeinschaft", substantivos sinônimos em alemão, significando comunidade social.
Com isso, a genealogia nietzscheana traz à luz também a raiz do parentesco originário entre a consciência, a linguagem e a moral, isto é, as formas e hábitos de avaliação presentes nos usos e costumes, nas regras praxeológicas e nas formas de conduta, orientadas e legitimadas por valores e crenças socialmente partilhados.
Esse é um dos principais sentidos do terminus nietzscheano 'rebanho', moral do 'rebanho', perspectiva do 'rebanho', que tem a função de ressaltar o ponto de vista e o modo dominante de valoração do senso comum, o igualitário e uniformizante; pois, em um rebanho, consideram-se principalmente as características singulares; cada indivíduo vale e é contado unicamente como exemplar da espécie, nunca pelo que é intrinsecamente, antes por aquilo que nele é specimen. Daí por que o aforismo cuja interpretação empreendemos se intitula justamente O Gênio da Espécie.
Giacóia, Oswaldo: Nietzsche como psicólogo.
O Papa Francisco, no Iraque, sendo muito mais respeitado por judeus e islâmicos do que por muitos “cristãos”!
Foto: Reprodução Facebook
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