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O progressismo nu nas eleições equatorianas

Foto: Wikimedia Commons

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05 Março 2021

 

"A verdadeira questão com que a esquerda se defronta, não é difamar a candidatura Pachakutik. Mas é entender porque no Equador se repete uma trajetória, em que o progressismo no poder se degrada e se corrompe, derivando em uma política personalista e autoritária que a esquerda sempre critica, quando o estado não é deles", escreve Fabio Luís Barbosa dos Santos, doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo, pós-doutor no centro Genre, Travail, Mobilités, Centre de Recherches Sociologiques et Politiques de Paris (GTM-CRESPPA) e professor da Universidade Federal de São Paulo, atuando no curso de Relações Internacionais no campus Osasco.

 

Eis o artigo.

 

Em 7 de fevereiro, foi disputado o primeiro turno das eleições presidenciais no Equador. Dentre os candidatos que se apresentaram, três foram competitivos. O jovem economista Andrés Arauz, de 37 anos, representa o correísmo, versão equatoriana do progressismo latino-americano. Guillermo Lasso é um banqueiro e político das antigas, que representa exatamente isso. A novidade foi a candidatura de Yaku Pérez pelo movimento Pachakutik, organização na qual converge muito das lutas indígenas no país.

Em poucas horas, a maior parte das urnas foi apurada. Com quase 1/3 dos votos, Arauz passou para o segundo turno, apesar de não receber uma votação massiva como o MAS boliviano no ano passado. Na disputa pelo segundo lugar, Yaku levava ligeira vantagem sobre Lasso: com 99,26% das urnas apuradas, tinha 20,09% dos votos e Lasso, 19,5%.

Entretanto, o por cento final dos votos, tardou quase uma semana em ser apurado. Anunciado na madrugada de sábado para domingo, o resultado favoreceu Lasso, por 19,74% contra 19,39%.

O que está em disputa neste pleito? Por que a demora? Como entender seu resultado?

O progressismo internacional interpretou esta eleição como uma disputa entre esquerda (correísmo) e direita (Lasso). Nesta chave, a candidatura do Pachakutik foi comumente identificada com um “cavalo de Tróia” da direita [1].

Esta leitura tem dois problemas de fundo, que estão interligados.

Em primeiro lugar, faz vista grossa sobre os aspectos antidemocráticos e antipopulares das administrações de Rafael Correa (2007-17). Um governo que transformou o Bem Viver em adereço de marketing, enquanto acelerou a exploração dos territórios. Como decorrência, conflitos socioambientais se intensificaram, e a resposta governamental combinou difamação e repressão. Ao mesmo tempo, modernizou o aparato estatal, disciplinado para fins partidários: no Equador como na Bolívia (e na Venezuela), a independência das instituições foi comprometida [2].

Beneficiado pelo boom das commodities, Correa fez na melhor das hipóteses, “melhor as coisas, com o mesmo modelo de acumulação”, segundo suas próprias palavras. E na pior, avançou um projeto de poder centralizado e personalista: uma “revolução cidadã”, sem cidadãos.

Este quadro ilumina a ruptura de Correa com seu sucessor e ex-colega de partido, Lenin Moreno. É certo que Moreno se aproximou da oligarquia tradicional para se diferenciar de Correa. É certo que, frente à crise do petróleo, apertou o ajuste estrutural, que teve um basta das ruas em outubro 2019. É certo que Moreno concluiu seu mandato com baixíssima aprovação. No entanto, as disputas judiciais entre Moreno e o correísmo não devem ser vistas pelas lentes da esquerda contra a direita, mas como diferentes facções que disputam o poder estatal.

E o efeito colateral mais importante desta disputa fraticida, foi abrir espaço para uma novidade à esquerda: uma alternativa ao progressismo e à política oligárquica. Aí reside a singularidade do que ocorre no Equador, que a ideologia do “cavalo de Tróia” oculta: o novo eleitoral não tem o cheiro do fascismo, como no Brasil, nem o bolor do velho, como na Bolívia.

É possível criticar aspectos da candidatura de Yaku Pérez, como fizeram por dentro do próprio Pachakutik, Leonidas Iza e Jaime Vargas. Mas é preciso entendê-la, na forma e no conteúdo.

Foi uma campanha escorada na militância e não no dinheiro: quem visitar o instagram de Yaku Pérez descobrirá um candidato que viajou o país se alojando na casa dos apoiadores. Aliás, sua companheira relata que, quando quis ajudá-lo com seu instagram no início da campanha, Yaku sequer tinha crédito no celular.

Como conteúdo, é uma candidatura que defende a natureza, os territórios e a água. Em uma palavra, se contrapõe ao desenvolvimentismo latino-americano.

Esta candidatura esteve a um fio de passar ao segundo turno, onde se beneficiaria do rechaço popular ao correísmo (atestado por qualquer um que circule no Equador) e seria favorita. Neste contexto, o movimento Pachakutik denuncia fraude eleitoral. Sua leitura é que a demora da apuração se deve à cálculos políticos: o correísmo avaliou que Lasso será presa fácil, e negociaram com este setor, o desfecho do primeiro turno.

Quem considera absurda esta hipótese, deve lembrar que Correa sempre considerou o “esquerdismo”, o “ecologismo” e o “indigenismo” como os piores inimigos do seu projeto - segundo suas próprias palavras. E que banqueiros e exportadores primários, lucraram muito em seus governos. Também deve notar que as solicitações de recontagem dos votos do movimento Pachakutik pelos canais legais, foram negadas.

A verdadeira questão com que a esquerda se defronta, não é difamar a candidatura Pachakutik. Mas é entender porque no Equador se repete uma trajetória, em que o progressismo no poder se degrada e se corrompe, derivando em uma política personalista e autoritária que a esquerda sempre critica, quando o estado não é deles.

Não idealizo o movimento Pachakutik nem Yaku Perez. Mas para quem se preocupa com o que acontece no planeta, na ecologia como na política, está claro que eles são parte da solução. O problema está em quem os difama, e não em quem os apoia.

Notas:

[1] Saiba quem é Yaku Pérez: possível candidato no segundo turno no Equador que apoiou golpe contra Dilma e outros na América Latina. Disponível aqui.

[2] A título de exemplo, recordemos as manobras de Morales para aprovar sua quarta candidatura consecutiva, e de Maduro para impugnar três deputados nas eleições de 2015, privando a oposição de maioria absoluta.

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