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Como entender mal a participação ativa ("actuosa participatio") proposta pelo Concílio Vaticano II: instruções de uso. Artigo de Andrea Grillo

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01 Março 2021

A 60 anos de distância do texto oficial da Sacrosanctum Concilium, existem diversas línguas vernáculas nas quais, segundo a tradição oficial publicada no site do Vaticano, traduz-se não o texto aprovado pelo Concílio, mas sim o esboço anterior. E ninguém abre a boca diante desse disparate.

A opinião é do teólogo Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em Roma, em artigo publicado por Come Se Non, 28-02-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o artigo.

Como costuma ocorrer “in re theologica”, mais do que a necessidade, o que importa é o acaso. Por puro acaso, de fato, nesse sábado, a fim de completar um artigo para uma revista, verifiquei a tradução italiana oficial de um dos textos mais conhecidos e mais importantes da constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium (SC) – a definição de “actuosa participatio” em SC 48: “per ritus et preces id bene intelligendum” – e, depois de constatar a tradução substancialmente correta da versão italiana, fiquei intrigado: o site www.vatican.va propõe, no canto superior direito, todas as outras 12 versões oficiais.

Cliquei na versão EN (inglês) e descobri o primeiro erro! Depois, cliquei em FR [francês] e ES [espanhol], tudo bem. Mas, de novo, cliquei em PT (português) e, de novo, eis o erro. Como a questão merece um discurso completo, começo do início e conto a história a partir de onde ela começa para mim.

A “participação ativa” como chave da Reforma Litúrgica

Nunca esqueci o momento, há 18 anos, em que, pela primeira vez, comecei a compreender o que estava em jogo na frase central da SC 48. Era 2003, aniversário de 40 anos da Sacrosanctum Concilium, e a Arquidiocese de Turim havia organizado a apresentação de uma “investigação sociológica” – editada por Domenico Cravero, e cujos resultados podem ser lidos aqui [em italiano].

Naquela ocasião, fui convidado a apresentar a mudança de concepção de “participação na liturgia” ocorrida com o Vaticano II. Foi nessa ocasião que, pela primeira vez, fiz uma “leitura sinótica” da “participação dos fiéis” de que fala a encíclica Mediator Dei, de Pio XII, com a “actuosa participatio” da Sacrosanctum Concilium. E a luz se acendeu.

Como diz Aristóteles, as coisas são entendidas de dois modos: por analogia e por diferença. Então, compreendi que não se entende o modelo de “participação” proposto pela Sacrosanctum Concilium se não forem percebidas com cuidado as diferenças em relação ao conceito e à práxis anteriores. Em uma palavra, a “participação dos fiéis” é entendida pela Mediator Dei como “actus animae”, como ato da alma, voltado a “ter os mesmos sentimentos do Senhor Crucificado”. É uma participação puramente interior, que se realiza “diante” do rito, não “através do rito” ou “no rito” ou “graças ao rito”.

A novidade da Sacrosanctum Concilium está precisamente em sair dessa ideia e dessa práxis, que gera “espectadores mudos”, e em assumir o rito litúrgico como “mediação”, como “linguagem comum”, como “ação comum”. À época, ficou claro para mim que, dos três advérbios utilizados pela Sacrosanctum Concilium para qualificar a participação (conscie, pie, actuose), os dois primeiros estão em certa continuidade com a Mediator Dei, enquanto o terceiro é a verdadeira novidade.

O relevo de “actuosa/ativa” como atribuição da participação na liturgia

Quero me deter um pouco mais nesse adjetivo, que é facilmente mal-entendido. A participação é chamada de “actuosa” porque consiste em uma ação comum. Não é apenas uma representação a ser aprendida e assumida, ou em relação à qual é preciso ter sentimentos e devoção (a qualificação de “consciente” e “piedosa” leva a isso), mas é uma “ação a ser compartilhada”.

Esse é um aspecto muito importante, especialmente para a função que a SC 48 desempenha em relação àquilo que se segue no documento. De fato, é por causa dessa “redefinição da participação” que a Reforma Litúrgica do ordo missae é disposta nos números subsequentes (49-58). Os ritos são reformados – acima de tudo os eucarísticos e depois, em seguida, todos os outros – porque a participação implica a ação.

Se se tratasse simplesmente de amadurecer uma “consciência” ou uma “piedade”, a reforma não teria sido verdadeiramente necessária. Se se tratasse simplesmente de “compreender” e de “ser piedoso”, ritos novos e ritos antigos seriam substancialmente equivalentes.

Se, por outro lado, o que está em jogo é a “ação comum” de Cristo e da Igreja, a decisão de reformar os ordines é justificada e sustentada apenas pela evidência adquirida dessa exigência de “participação na ação comum”. Eis, portanto, a pertinência da questão com a qual nos deparamos quase casualmente.

Uma testemunha incômoda: o comentário de Luigi Girardi à Sacrosanctum Concilium

Às premissas apresentadas até aqui, devo acrescentar um dado de extrema relevância, que extraio do mais recente dos comentários sobre o texto conciliar, isto é, do primeiro volume do “Commentario ai documenti del Vaticano II” [Comentário aos documentos do Vaticano II] (editado por S. Noceti e R. Repole, Bolonha: EDB, 2014), no qual Luigi Girardi oferece um conjunto pontual de notícias que nos abre ao sentido mais profundo e também à elaboração dos textos da Sacrosanctum Concilium.

A propósito do n.48, ele anota o seguinte:

“O texto apresentado na Aula se expressava assim: ‘Ut ritus et preces bene intelligentes, ea actuose, conscie et pie participent’. Os verbos intelligere e participere tinham como objeto os ritos e as orações. Retomando uma proposta do cardeal Bea (…) o texto foi modificado(…) Os ritos e as orações não são apenas uma realidade externa, mas são a mediação com a qual se acede ao mistério que se celebra: a mesma compreensão não se detém nos ritos, nem alcança o mistério da fé sem eles; pelo contrário, compreende-se o mistério da fé precisamente através dos ritos e das orações com que se celebra. O destino final do texto é decisivo para uma compreensão renovada da mediação simbólica dos ritos (…) e para o devido relevo a ser dado à forma ritual da eucaristia” (p. 179).

Esse dado histórico e sistemático é absolutamente decisivo. Permite-nos descobrir, ainda melhor, que a emenda ao texto anterior supera uma leitura “cerimonial” do rito e das orações, e permite que a Reforma Litúrgica encontre a sua verdadeira justificação. Ritos e orações não são, acima de tudo, “objetos” de uma inteligência interior, mas sim “mediações”, “linguagens” e “códigos” graças aos quais e por meio dos quais podemos ter inteligência do mistério.

O que surpreende, considerando essa reconstrução histórica, é que hoje, a 60 anos de distância do texto oficial da Sacrosanctum Concilium, existem diversas línguas vernáculas nas quais, segundo a tradição oficial publicada no site www.vatican.va, traduz-se não o texto aprovado pelo Concílio, mas sim o esboço anterior. E ninguém abre a boca diante desse disparate.

As traduções sem fundamento textual

Sem ter podido fazer um exame completo das 12 línguas, limitando-me às principais línguas europeias, observo que:

a) Alemão, húngaro e espanhol (e também a versão polonesa, que não aparece no site) traduzem literalmente o latim, transferindo o valor de “meio/mediação” do “per” latino para as línguas de destino; a inteligência ocorre “mediante” ou “através” de ritos e orações.

b) Italiano e francês traduzem com maior liberdade, transformando o complemento de “meio” em um “estado em lugar figurado”: a inteligência ocorre “nos ritos” e “nas orações”;

c) Inglês e português traduzem outro texto: ou seja, o texto sem emenda, e assim reduzem os ritos e as orações a “objetos” da inteligência. Isso é totalmente ilegítimo e gravemente falso [em português, a versão disponível no site do Vaticano diz o seguinte: “É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos […] participem na ação sagrada, consciente, ativa e piedosamente, por meio de uma boa compreensão dos ritos e orações”].

O que está em jogo em tudo isso?

A diferença do conceito de participação ativa consiste, como vimos, em uma relação diferente entre a liturgia, Cristo e a Igreja. O modelo interior e intelectualista, sentimental e cerimonial, que respondia à definição da Mediator Dei de 1947, podia considerar normal – e até podia aconselhar – que, durante a missa, o povo “participasse” sem participar, ou seja, fazendo outra coisa. Isso era perfeitamente possível naquele regime e seria possível mesmo depois do Concílio Vaticano II se pensássemos nos ritos e nas orações como “objetos de inteligência”.

No momento em que, porém, são redescobertos como “mediações”, como “linguagens”, como “códigos”, os ritos e as orações exigem não apenas um ato de reforma, mas também uma recepção da reforma para que a participação se torne realmente “ativa”, ou seja, ponha em comum ritos e orações na experiência de toda a Igreja.

Romano Guardini, há 100 anos, já dissera que a liturgia não era, acima de tudo, uma forma de conhecimento, mas sim “um fazer, uma ordem, um ser” (“Formazione liturgica” [Formação litúrgica], p. 18). Se lermos de modo redutivo o conceito de “participação ativa”, entendemos mal a reforma e a sua recepção. A reforma foi uma passagem necessária, mas não suficiente.

Equivoca-se tanto quem a considera desnecessária, quanto quem a considera suficiente. Os primeiros a combatem de frente, os segundos a esvaziam por dentro. Uma das formas para esvaziar de sentido a Reforma Litúrgica é entender mal o propósito para o qual ela foi feita, isto é, para que a liturgia seja uma ação comum de toda a Igreja. No momento em que se reduzem ritos e orações a “objetos de inteligência”, perde-se a percepção dessa passagem necessária e ulterior em relação à Reforma Litúrgica.

O que podemos tirar dessa descoberta?

Só resta tirar três pequenas recomendações dessa surpreendente descoberta:

a) Seria oportuno que, o quanto antes, pelo menos no site oficial da Cidade do Vaticano, em todas as 12 línguas presentes, se oferecesse uma tradução do texto aprovado pelo Concílio, não de um texto provisório, não oficial e altamente problemático.

b) Que, ao lado desse remédio “técnico”, que porém é urgentíssimo, se redescobrisse o vínculo estrutural entre uma “participação ativa” como fim e uma “reforma litúrgica” como instrumento.

c) Que, justamente quando se compreendeu que o latim não é mais uma língua viva, e talvez apenas sob a condição de que se compreenda precisamente isso, é preciso se preocupar em fornecer versões nas línguas vivas que não sejam “mais míopes” do que o latim, nem desmintam de modo compreensível aquilo que o latim afirma apenas para poucos iniciados.

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