Peru. Emergência social e sanitária: centenas de migrantes do Brasil bloqueados na fronteira

Foto: Bobistraveling/Flickr CC

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18 Fevereiro 2021

O Vigário Apostólico de Puerto Maldonado dirigiu um apelo às autoridades governamentais sobre o que acontece na fronteira com o Brasil: após a chegada de mais de 300 migrantes, principalmente do Haiti, a ponte que marca a passagem fronteiriça entre o Acre (Brasil) e Madre de Dios (Peru) tornou-se o local de uma verdadeira emergência social e sanitária, devido ao fechamento por lei instituído pelas medidas sanitárias.

A reportagem foi publicada por Agência Fides, 17-02-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

“Acreditamos que uma solução imediata deve ser dada a esta situação para evitar um grave conflito social”, destacou o Vicariato em sua declaração publicada nas redes sociais e nos meios de comunicação locais, e também enviada à Agência Fides. “Nossos agentes pastorais na fronteira entre Brasil e Peru informam que existem atualmente cerca de 380 migrantes, na maioria haitianos, mas também do Senegal, Burkina Faso, Paquistão, Bangladesh e Índia, que devem entrar no Peru para ir à região de Tumbes, na fronteira com o Equador, e daí para chegar aos seus respectivos destinos”, diz o comunicado.

“Entre os migrantes há mulheres grávidas, menores e mulheres que amamentam com seus filhos - continua o texto -. Aliás, no domingo, 14 de fevereiro, o município brasileiro de Assis enviou uma equipe médica para verificar o estado de saúde dos mais vulneráveis da fronteira e tratar os casos que precisavam de atendimento”.

“Em Iñapari (Peru) - informa o comunicado -, o governo regional de Madre de Dios tem a infraestrutura necessária para submeter todos os migrantes ao teste de PCR molecular e, desta forma, garantir que essa ação humanitária seja realizada com sucesso sem colocar em risco a saúde pública nacional”.

“Pedimos que as autoridades governamentais regionais e nacionais, e sobretudo a Chancelaria da República, encontrarem uma fórmula que lhes permita responder de imediato a esta emergência, evitando um grave conflito social que se acrescenta aos graves problemas que já temos” conclui o mensagem do Vigário Apostólico, que também teme o risco de um conflito social com os residentes locais, devido ao elevado número de migrantes pois estão aumentando dia a dia.

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