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16 Fevereiro 2021

Acontecimentos e pessoas do passado – como Gaetano Bresci, Dietrich Bonhoeffer e Camilo Torres – revestem-se de atualidade neste tempo difícil e duro da história humana.

A opinião é de Flavio Lazzarin, padre italiano fidei donum que atua na Diocese de Coroatá, no Maranhão, e agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O artigo foi publicado em Settimana News, 14-02-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Nestes dias, vêm à minha mente, com uma certa insistência, acontecimentos e pessoas do passado, ligados a caminhos e reflexões da juventude, que – sabe-se lá por quê – têm a pretensão da atualidade neste tempo difícil e duro da história humana.

São recordações que ecoam acompanhadas de uma canção:

Alle grida strazianti e dolenti [Aos gritos angustiantes e dolorosos]
Di una folla che pan domandava, [De uma multidão que pedia pão]
Il feroce monarchico Bava [O feroz monarca Bava]
Gli affamati col piombo sfamò. [Os famintos com chumbo saciou]

Furon mille i caduti innocenti [Foram mil os que caíram inocentes]
Sotto il fuoco degli armati caini [Sob o fogo dos armados cains]
E al furor dei soldati assassini: [E ao furor dos soldados assassinos]
“Morte ai vili!”, la plebe gridò. [“Morte aos vis!”, a plebe gritou] [1]

Essa canção foi composta após as manifestações populares de maio de 1898, em Milão, impiedosamente reprimidas pelo exército de Saboia, comandado pelo general Bava Beccaris. Os “motins do pão” somaram 127 mortos – falou-se até de 500 mortos –, assassinados pelos tiros de canhão dos soldados. Bava Beccaris foi condecorado pelo “rei bom” Umberto I com o título de Grande Oficial da Ordem Militar de Saboia. Em junho, o rei também o nomeou senador do Reino.

Isso enquanto a Lombardia, a 40 anos da sua anexação ao Piemonte, após a Segunda Guerra da Independência (1859), passava fome, e, nesses 40 anos, mais de meio milhão de lombardos haviam migrado para os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil.

Como não pensar, então, em Gaetano Bresci, que voltou dos Estados Unidos e, na noite de domingo, 29 de julho de 1900, pouco depois das 22h, em Monza, matou o rei da Itália Umberto I com três tiros de revólver.

Naqueles anos, sobre Ignacy Hryniewiecki, Sante Caserio e Gaetano Bresci, León Tolstói, anarquista cristão e pacifista, escreveu:

“Se Alexandre da Rússia e Umberto não mereceram a morte, muito menos a mereceram os milhares de caídos em Plevna ou em terras da Abissínia. Esses assassinatos são terríveis não pela sua crueldade ou injustiça, mas pela irracionalidade daqueles que os cometem. Se os assassinos de reis são levados a isso por um sentimento pessoal de indignação despertado pelos sofrimentos do povo em escravidão pelos quais Alexandre, Carnot e Umberto parecem ser responsáveis, ou por um sentimento pessoal de ofensa e vingança, então tais ações, por mais injustas que sejam, parecem compreensíveis” [2].

“O assassinato dos reis, como o recente assassinato de Umberto, é terrível, sim, mas não porque seja em si mesmo uma coisa cruel. O que é feito por ordem do rei e dos imperadores [...] e os massacres que ocorrem na guerra são incomparavelmente mais cruéis do que os assassinatos cometidos pelos anarquistas” [3].

Outro nome, então, vem às portas da memória: Dietrich Bonhoeffer, pastor e teólogo – o mestre da teologia do século XX! – da Igreja Confessante.

Bonhoeffer enfrentou o nazismo desde o início, em 1933. Opôs-se em nome da fé em Jesus e na sua Palavra. E foi em nome do Evangelho, aceitando a culpa de ir contra a Lei, que ele se uniu ao grupo do almirante Canaris e participou, em 1944, do atentado fracassado contra a vida de Hitler. Acusado de alta traição, foi processado e condenado à morte. Foi executado em 9 de abril de 1945, no campo de concentração de Flössenburg.

A um companheiro de prisão italiano, que lhe perguntou como um pastor pôde participar de uma conspiração que envolveu a transgressão do mandamento “não matar”, ele respondeu: “Quando um louco joga seu carro sobre a calçada, eu não posso, como pastor, contentar-me em enterrar os mortos e consolar as famílias. Se estiver naquele lugar, eu devo pular e agarrar o motorista ao volante.”

Em 1965, 20 anos depois, o Pe. Milani diria: “Se não fosse pela Igreja Confessante, nós, cristãos, não teríamos mais o direito de olhar um judeu na cara”.

De fato, a Igreja Católica, nos anos do nazifascismo, revestiu-se de uma neutralidade não inocente, enquanto a Igreja Evangélica institucional fez uma aliança explícita com o nazismo. Somente a Igreja Confessante luterana, em oposição à Igreja oficial, decidiu enfrentar os nazistas. E, em 1945, a Igreja Confessante, a Igreja de Bonhoeffer, fez a famosa Declaração de Stuttgart:

“A Igreja [...] ficou muda quando deveria ter gritado, porque o sangue dos inocentes gritava aos céus (...) Ela ficou olhando quando, sob a cobertura do nome de Cristo, cometeram-se violências e injustiças (...) A Igreja confessa ter assistido ao uso arbitrário da força brutal, aos sofrimentos físicos e espirituais de inúmeros inocentes, à opressão, ao ódio, ao assassinato sem levantar sua própria voz em seu favor, sem ter encontrado meios para correr em sua ajuda. Ela se tornou culpada da vida dos irmãos mais fracos e indefesos de Jesus Cristo (os judeus) (...) Ela o confessa (...) Ela não recriminou o caluniador pela sua injustiça e abandonou o caluniado à sua própria sorte”.

Por fim, há ainda um nome, entre tantos, que ocupa espaço na minha memória: o Pe. Camilo Torres. Assim Camilo se definia:

“Eu sou um revolucionário, como colombiano, como sociólogo, como cristão e como sacerdote. Como colombiano, porque não posso me apartar das lutas do meu povo. Como sociólogo, porque, graças à minha compreensão científica da realidade, cheguei à convicção de que soluções técnicas e eficazes são inalcançáveis sem uma revolução. Como cristão, porque a essência do cristianismo é o amor ao próximo e somente por meio de uma revolução é que se pode obter o bem da maioria. Como sacerdote, porque se dedicar ao próximo, como exige a revolução, é um requisito indispensável do amor fraterno para celebrar a Eucaristia” [4].

No dia 15 de fevereiro de 1966, em San Vicente de Chucurí, departamento de Santander, na Colômbia, Camilo Torres caiu em combate na sua primeira ação de guerrilha.

Notas:

1. Vettori Giuseppe. Canzoni italiane di protesta 1794 – 1974. Roma: Newton Compton, 1975.

2. L. Tolstói. “Non uccidere”. A primeira edição foi a dos Listkì svobodnago slova, n. 17, 1900. Na Rússia, “Não matarás” foi publicado em brochura pela editora Obnovlenie, em Petersburgo, em 1906. As citações de “Não matarás” seguem a tradução [ao italiano] de Sibaldi em L. Tolstói, “Perché la gente si droga? E altri saggi su società, politica, religione”, editados por Sibaldi, Milão: Oscar Mondadori, 1988.

3. Ibid.

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