24 Novembro 2020
Para quem diz não existir racismo no Brasil.
Disponível aqui.
É óbvio que teremos um embate entre Bolsonaro e Paulo Guedes.
Bolsonaro sabe que a economia está destruída. Tão destruída que umas 300 pratas por mês podem fazer a diferença na vida de milhões de pessoas.
Mas Paulo Guedes correu para dizer que não haverá extensão do auxílio emergencial.
De um lado, a demanda pela reeleição. De outro lado, os interesses do sistema financeiro.
O inconveniente tem que ser dito: a situação sanitária é gravíssima. O futebol brasileiro se transformou em um super disseminador de vírus. Há clubes com TRINTA casos de Covid, entre jogadores e funcionários.
O campeonato tem que acabar, o campeonato acabou. Que se entreguem os títulos de campeão e de vagas na Libertadores com as posições que temos, acabou, tem que parar.
STOP THE COUNT.
O Papa Francisco quer que o mundo encontre soluções económicas com os pobres e não apenas para os pobres.
Francisco falou este sábado aos participantes do encontro “A Economia de Francisco” e apelou à solidariedade em moldes diferentes do que o mero assistencialismo, que por mais bem-intencionado que seja, corre o risco de perpetuar sistemas de injustiça.
“Existem os pobres, os excluídos ... (...) É hora de eles se tornarem protagonistas da sua vida e de todo o tecido social. Não pensemos por eles, pensemos com eles. Lembrem-se da herança do iluminismo, das elites iluminadas. Tudo para o povo, nada com o povo. Isto não está certo. Não pensemos por eles, pensemos com eles. E com eles aprendamos a desenvolver modelos económicos que irão beneficiar a todos, porque a abordagem estrutural e decisória será determinada pelo desenvolvimento humano integral, tão bem elaborado pela doutrina social da Igreja.”
Disponível aqui.
Outro dia eu escrevi que Trump tinha sido um dos presidentes menos bélicos das últimas décadas e que isso deveria mudar com Biden. Algumas pessoas acharam que eu estava defendendo o Trump...
Agora, o Biden nomeou para Secretário de Estado (o equivalente a ministro das relações exteriores) um sujeito chamado Tony Blinken.
De 2009 a 2013, Blinken foi assessor do então vice-presidente Biden. Daí foi subindo e chegou a ser o vice Secretário de Estado de 2015 a janeiro de 2017. Mas continuou sendo homem de total confiança de Biden.
Pois bem, Blinken foi um dos defensores da Guerra na Libia, dos ataques de drones no Iemen, da aliança com jihadistas na Síria e do aumento das tropas no Iraque. E chegou a defender uma invasão à Síria.
Assim que Trump tomou posse, Blinken fundou uma empresa de lobby chamada WestExec Advisors, especializada na área de relações internacionais e segurança nacional. Ninguém sabe quem são seus clientes...
Portanto, senhoras e senhores, sugiro se segurarem nas cadeiras porque o show está apenas começando.
Outra bacana do Biden.
Ele escolheu para seu assessor em assuntos de mudanças climáticas o deputado democrata pela Louisiana, Cedric Richmond.
Richmond é considerado um dos democratas mais "oil and gas friendly".
Ele foi um dos 28 deputados democratas que votou a favor do Keystone XL, um oleoduto que começa em Alberta, no Canadá, e termina no Golfo do México, próximo a Houston.
Em suas campanhas eleitorais, Richmond já recebeu US$ 340.750 de empresas de petróleo.
Esse é o cara que dará palpites sobre o aquecimento global!!!!!
A necessidade de você ter que expor estes fatos é que muita gente aqui no Brasil tende a romantizar as lideranças "democratas" e demonizar os republicanos, e vice versa. as pessoas assistiram a tantos filmes de Hollywood que já analisam inconscientemente quem que é o mocinho e quem é o vilão. Se esquecem que neste mundo esta narrativa não convêm, afinal, nem sempre há os ditos "mocinhos" na história e de fato uma grande cadeia de manipulação de imagem através de publicidades muito bem elaboradas. Romantizar o governo dos EUA é muita inocência e não deve ser levado desta forma por nós, pois todavia ainda somos tratados como colônia pelos simples fato de não nos querem desenvolvidos e competindo no mercado internacional com uma indústria autónoma e autêntica
A eleição para prefeito na megalópole maior está sendo empolgante. É digna das melhores memórias de nossas eleições municipais em 1985 e 1988.
Do alto da minha arrogância de eleitor comum que não mora na cidade, mas que a conhece um pouco melhor, creio, que o visitante ocasional, eu diria algo bastante diferente a cada uma das duas chapas. E depois abriria o espaço aqui para vocês se engalfinharem em defesa de seus respectivos candidatos, em diálogo comigo, e travando aquele bom debate democrático.
São duas figuraças, um atual prefeito com razoáveis níveis de aprovação, bonita história pessoal, neto de um colosso da política brasileira, e um amadurecido esquerda classe média que fez história como líder de um importante movimento de moradia.
*****
Meus pitacos de eleitor comum são diferentes às duas chapas:
1. à chapa Boulos: menos moral para cabo eleitoral que fica obsessivamente brigando com as matérias de imprensa, e mais potência na onda afirmativa que o próprio Guilherme tem enfatizado, e que é marca registrada da Grande Erunda. Essa obsessão de parte (majoritária) da esquerda brasileira de que a imprensa a persegue é bobagem monolíngue de quem não sabe como funciona imprensa em país democrático: escrutinando todos os candidatos.
2. à chapa Covas: apresentem tim-tim por tim-tim à população a resposta clara sobre quem é e quem foi bolsonarista nessa chapa, onde e quando integrantes, líderes e componentes da chapa foram cúmplices do bolsonarismo, e qual seria o plano de uma administração não bolsonarista para SP na pós-pandemia. É uma boa contribuição à democracia ameaçada e um bom vislumbre do que poderia ser um Brasil pós-bolsonarista, com tucanos, liberais, conservadores, petistas, socialistas, redistas, convivendo no bom embate democrático, fora e para além do sufocamento do bolsonarismo.
*****
Torço, sobretudo, por uma eleição APERTADA. Sou todo ouvidos, paulistanos.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Breves do Facebook - Instituto Humanitas Unisinos - IHU