28 Outubro 2020
A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) editou protocolo sobre “Critérios e condições para a retomada de atividades presenciais em templos e espaços públicos geridos pela Província e pelas Dioceses” espalhados pelo país.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A Câmara Episcopal destaca, no entanto, que o protocolo “não é um convite a uma liberação irresponsável e assistemática de reuniões, aglomerações, festas ou qualquer atividade que exponha as pessoas a risco. A pandemia não foi superada”, o que só acontecerá quando existir uma vacina eficaz de combate ao covid-19.
Os critérios arrolados no protocolo são “mínimos recomendados pela IEAB, mas, quando houver outros critérios ou padrões mais rígidos estabelecidos por autoridades civis, esses critérios e padrões devem ser acrescentados ou se sobrepor aos recomendados pela Igreja”. Os bispos pedem cautela e moderação “pelo bem de todas as pessoas, que inclui as dimensões espiritual, física e emocional”.
A eventual abertura dos templos e atividades públicas será, assinala a Câmara Episcopal, “um tempo de triplos sentimentos: alegria em sermos capazes de nos unir para adorar em nossas igrejas, tristeza pela perda ou ausência de alguns membros de nossas comunidades e incertezas sobre o que o futuro que nos espera”.
A abertura dos espaços públicos anglicanos está vinculada a alguns critérios básicos: a taxa de ocupação de leitos de UTI, com respirador, abaixo dos 80% na cidade ou distrito sanitário onde o templo se encontra; a taxa de contágio na localidade deve ser igual ou menor que 1,0 e a curva de número de mortes registradas por covid-19 deve estar em queda ou estabilizada em pelo menos duas semanas contínuas.
Qualquer espaço de celebração somente poderá ser ocupado em até 30% de sua capacidade, observado o distanciamento mínimo de 1,50 metro entre as pessoas e o uso obrigatório de máscara. Fiéis mais vulneráveis, acima de 60 anos de idade, diabéticos, obesos ou portadores de doenças crônicas devem ser advertidos previamente do risco que correm ao participarem de celebrações presenciais. A decisão última, no entanto, é da pessoa.
O protocolo também recomenda a aferição da temperatura de todos os participantes de celebrações e outras atividades eclesiais. Eles devem, também, deixar registrados nome e contatos com o intuito de possível rastreamento, caso alguém presente nessas atividades tenham a confirmação de contágio, assim que demais participantes possam ser avisados.
Os espaços de celebração devem apresentar boa ventilação, na saída dos templos fiéis, celebrantes, funcionários e voluntários devem lavar as mãos por pelo menos 20 segundos, usando água e sabão ou álcool em gel.
O protocolo também recomenda o uso de folhetos litúrgicos distribuídos a cada participante ou a projeção das liturgias e outros conteúdos próprios à celebração, evitando, assim, o manuseio de hinários e Bíblia.
Pessoas de uma mesma casa podem sentar-se juntas, as demais devem observar o distanciamento social. As ofertas e os dízimos podem ser entregues em envelopes ou repassados através de transferência bancária ou outros meios eletrônicos. Os templos não podem ser alugados ou emprestados para eventos no período em que a pandemia estiver ativa.
Todas as pessoas envolvidas na distribuição da comunhão, também comungantes, deverão higienizar as mãos com álcool em gel momentos antes do manuseio dos elementos. O/A celebrante deverá colocar a partícula nas mãos das pessoas que participam da ceia e nunca diretamente na boca. Também poderá beber o vinho no cálice, mas não deverá partilhá-lo com outras pessoas.
Em São Leopoldo, a Comunidade Evangélica local anunciou que dará início às celebrações presenciais no sábado, 31 de outubro, Dia da Reforma Protestante. Para tanto, quem quiser participar dos cultos terá que informá-lo à secretaria, por telefone. Antes de ingressar no salão comunitário, local da celebração porque os bancos do templo estão sendo reformados, o/a fiel passará por aferição de temperatura corporal, pelo tapete sanitizador e terá que higienizar as mãos.
Também é obrigatório o uso de máscara durante todo o culto. As pessoas não poderão se abraçar ou se cumprimentar com as mãos e deverão observar o afastamento de 1,5 metro entre elas, a não ser que sejam da mesma família. Pessoas do grupo de risco são orientadas a não participar dos cultos por enquanto.
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Anglicanos elaboram protocolo para eventual abertura de templos. Em São Leopoldo, luteranos comemorarão o Dia da Reforma - Instituto Humanitas Unisinos - IHU