15 Outubro 2020
Maher al-Akhras, palestino, está detido em uma prisão israelense desde julho passado, e, desde então, já se passaram 79 dias nos quais ele se recusou a comer.
A nota é de Tonio Dell’Olio, publicada por Mosaico di Pace, 14-10-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Maher al-Akhras escolheu a greve de fome, mas agora as suas condições se tornaram muito críticas. Ele quer chamar a atenção do mundo para a flagrante injustiça da “detenção administrativa” que prevê uma prisão preventiva prolongada sem relatar as motivações e, portanto, sem que a pessoa presa possa se defender.
Se al-Akhras põe a própria vida em risco é para sensibilizar o mundo sobre essa condição. O fato é que quase ninguém está falando disso.
Por isso, peço aos leitores e leitoras que escrevam sobre essa história nas redes sociais, que a divulguem, que a tornem conhecida, que aumentem a indignação.
Michele Giorgio escreve no jornal Il Manifesto: “Essa medida [de detenção administrativa], proibida por leis e convenções internacionais, prevê períodos renováveis de detenção sem processo. Ela foi introduzida pela primeira vez na Palestina durante o mandato colonial britânico (que terminou em 1948). Mas as autoridades israelenses ainda a empregam contra os palestinos sob ocupação militar. Neste momento, há cerca de 350 palestinos encarcerados sem acusação ou processo de um total de 4.400 presos políticos. Desde 1967, ano de início da ocupação da Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, foram emitidas pelo menos 50.000 ordens de detenção administrativa”.
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Que o mundo saiba. Palestino está desde julho em greve de fome contra “detenção administrativa” israelense - Instituto Humanitas Unisinos - IHU