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A China e o Ocidente. O conto de duas políticas e duas lógicas

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30 Setembro 2020

“Por que a China desenvolveu uma política lógica e uma lógica frouxa e por que no Ocidente foi o oposto? São questões imensas, mas, como resultado, na China temos a tradição de lealdade a um homem, o imperador, o ápice do sistema político lógico. No Ocidente, temos a tradição da fidelidade a uma ideia, ápice da construção local do pensamento”, escreve Francesco Sisci, sinólogo italiano, em artigo publicado por Settimana News, 28-09-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

O que está certo sobre a China? E o que é certo na política? No final do dia, isso será o centro do atrito entre o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que está em Roma nesta semana, e o papa Francisco. Os dois deveriam se encontrar no início da semana, mas no domingo correu a história de que o encontro não aconteceria porque o Papa não quer dar a impressão de favorecer o governo republicano durante uma campanha eleitoral.

Quatro anos atrás, o papa recusou um encontro oficial com o candidato democrata Bernie Sanders. As circunstâncias podem ser diferentes agora, no entanto, já que o Papa pode sentir que o governo Trump tem aberto um fosso cada vez maior na comunidade católica dos Estados Unidos entre conservadores, que apoiam os republicanos e são críticos da Santa Sé, e progressistas a favor dos democratas e mais leais ao Papa.

O fim de uma lua de mel

É o fim de uma longa lua de mel entre os Estados Unidos e o Vaticano, mas não é o fim do matrimônio. A lua de mel começou no final da Segunda Guerra Mundial, quando os EUA lideraram a ofensiva contra os soviéticos, e a Santa Sé, assustada com o desafio ateísta comunista, excomungou Moscou e seus asseclas. Para a URSS, a Guerra Fria foi um conflito total com ambições geopolíticas sobre sistemas econômicos e políticos e também sobre conjuntos de crenças.

Assim, o Vaticano tinha um terreno comum com os EUA e, por isso, Washington arquivou séculos de desconfiança em relação à “religião papista” – foi assim que o catolicismo foi marcado, e suas tentativas suspeitas de interferir na política americana, por meio de imigrantes como irlandeses, poloneses ou italianos.

A aliança EUA-Vaticano acabou sendo uma forma poderosa de consolidar a frente contra as tentativas de atrair pessoas no Ocidente para o comunismo e também de encontrar apoio no Oriente com pessoas que ainda eram cristãs, apesar das restrições e proibições oficiais.

Ainda assim, sobre a China, existem diferenças de opinião entre o Papa e o atual governo dos Estados Unidos. Nenhum dos lados quer romper com o outro, mas também é improvável que um se submeta plenamente ao outro, o que pode de fato melhorar as relações bilaterais, aprofundando os laços.

Lidar com a China é um esforço global, não pode ser conduzido por apenas um país ou organização e é muito diferente de lidar com a URSS. Por exemplo, cidadãos soviéticos que viajavam para o exterior voltaram para casa chocados e decepcionados com seu país. Hoje em dia, quando os jovens chineses viajam para o exterior, eles amam ainda mais seu país [1]. Ou seja: o governo chinês é muito mais eficaz do que os soviéticos na construção de consenso interno.

Além disso, o governo Trump tem pouco apelo fora dos EUA, e esse é um de seus maiores pontos fracos, onde sua política para a China, que precisaria de alcance global, pode tropeçar e cair se ele for reeleito. Por outro lado, o Papa, apesar de todas as controvérsias no Vaticano, é extremamente forte e atraente em todo o mundo. Então, ambos podem ter interesse em colaborar sobre a China, apesar das muitas diferenças, ou talvez por causa das muitas diferenças. Não é que a Santa Sé tenha uma atitude acrítica em relação à China e esteja disposta a fechar os olhos a tudo que Pequim faz. Aqui existem diferenças nos métodos e abordagens. Isso poderia ser espaço para cooperação, mesmo sem levar em conta o óbvio: que nos EUA o catolicismo é a maior religião e sua influência cultural bipartidária está aumentando.

Enfim, é melhor ter mais de uma voz sobre o que é certo, não? Embora isso seja óbvio no Ocidente, que ouve polifonia melodiosa em diferentes vozes cantando ao mesmo tempo; é menos óbvio na China, onde muitas vozes cantando juntas soam mais como cacofonia.

Um Fenômeno Antigo

Essa diferença auditiva entre polifonia ou cacofonia nas muitas vozes falando juntas é um problema enorme que pode nos levar a um labirinto de coelhos. Mas vamos apenas olhar para as raízes culturais.

Na Grécia antiga, berço da civilização ocidental, havia uma política “ilógica” frouxa. Mesmo sem pensar na democracia inconsistente e caprichosa de Atenas, tínhamos a tradição de dois reis em Esparta ou dois cônsules em Roma, que governavam revezando-se a cada dia.

Ao mesmo tempo, a Grécia primeiro adotou um lógica estritamente racional, de Parmênides a Platão e Aristóteles, com métodos rígidos para chegar à verdade da forma mais exata.

A lógica na China não era tão rigorosa. Houve as primeiras tentativas de alcançar processos de dedução e indução, semelhantes à lógica de Aristóteles, como com os moístas [2] no século III a.C. Mas eles logo foram postos de lado e descartados do debate filosófico principal. Tentativas posteriores de introduzir uma dedução lógica indiana mais firme, seguindo a disseminação do budismo na China nos séculos VI e VII d.C, logo foram expulsas da cultura dominante [3]. A ideia de lógica tornou-se tão estranha à filosofia chinesa que, no século XX, os chineses foram duramente confrontados com ela, usaram uma palavra emprestada para o som (luoji), sublinhando que não havia um conceito cultural nativo real para ele. Não é que a China fosse um lugar de loucos, mas a lógica ali era de um tipo muito diferente do que na Grécia.

Ao mesmo tempo, a política na China era muito mais “lógica” e direta. O imperador era o dono do país e era o único e último tomador de decisões. Ele confiava em ministros e nomeava um corpo de funcionários por seleção direta ou seleção indireta (testes) para governar o país de acordo com seus desejos e vontades. Foi uma dinâmica muito direta, muito mais clara do que a confusão de debates democráticos ou senatoriais, viradas consulares ou mesmo a divisão posterior do Império Romano nas partes oriental e ocidental.

Claro, existem diferentes curtos-circuitos entre política e “lógica” se eles não funcionarem ordenadamente em correntes alternadas, como eletricidade. No Ocidente, quando a lógica estrita tenta se traduzir diretamente na política, existem regimes absolutistas tentando aplicar um conjunto ordenado de ideias em uma realidade complexa. Por outro lado, se a lógica chinesa “difusa” for traduzida em política, isso resultará em uma política indecisa e confusa, pois a estrutura não está voltada para um processo ordenado de diferentes pensamentos/vozes.

Elas são imagens espelhadas. Do Ocidente, o sistema chinês é uma variante exótica de um regime absolutista. Olhando para a política ocidental de uma perspectiva histórica chinesa, isso simplesmente não faz sentido – e mesmo assim funciona.

A política judaica, que absorveu a tradição grega, talvez seja o exemplo extremo disso. Há uma diferença total de opiniões, mas também uma unidade total, como uma falange, diante de uma ameaça externa. E também na Igreja Católica há total diferença de ideias, e há séculos de traição, brigas internas e animosidade por trás de sorrisos amigáveis – mas também há total unidade em defender o Papa até acima de si mesmo.

Por que a China desenvolveu uma política lógica e uma lógica frouxa e por que no Ocidente foi o oposto? São questões imensas que vão muito além do escopo deste pequeno ensaio e das habilidades de um cérebro minúsculo. Mas, como resultado, na China temos a tradição de lealdade a um homem, o imperador, o ápice do sistema político lógico. No Ocidente, temos a tradição da fidelidade a uma ideia, ápice da construção local do pensamento. A consequência na China é que se o homem falhar ou vacilar, toda a unidade se desintegra. Uma ideia pode ser desafiada, melhorada ou adaptada – algo que não pode acontecer com um homem – e é muito menos provável que fracasse.

Então, em poucas palavras, a China quer unidade e continuidade? Então, deve afrouxar o sistema político rígido e abraçar uma lógica científica rígida. Deveria aprender a ouvir polifonia nas brigas de vozes ocidentais, e talvez esta visita de Pompeo a Roma pudesse ser um primeiro vislumbre.

Notas:

[1] Ver: 中国年轻人为何越出国越爱国. Disponível, em mandarim, neste link.

[2] Ver: GRAHAM, A.C. Later Mohist Logic. Ethics and Science, 1978.

[3] Ver: HARBSMEIER, C. Science and Civilisation in China: Volume 7. Language and Logic in Traditional, 1998.

Leia mais

  • A relação EUA/China, segundo Francesco Sisci
  • E se Trump não vencer? Artigo de Francesco Sisci
  • Duro ou suave, o lugar da China no mundo? Artigo de Francesco Sisci
  • Com as lentes do Ocidente, a China é invisível. Entrevista especial com Martin Jacques
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  • Nova geopolítica do Vaticano: perto da China, longe dos EUA

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