29 Setembro 2020
"No dia 11 de março, quando havia 149 mil casos e 4,6 mil mortes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o estado da contaminação à pandemia de Covid-19, doença causada pelo Sars-Cov-2. Assim, cerca de 9 meses depois dos primeiros casos do novo coronavírus, o mundo chegou a 33 milhões de pessoas infectadas e a 1 milhão de vidas perdidas no dia 27 de setembro de 2020", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e pesquisador titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 26-08-2020.
No início do ano, o mundo tomou conhecimento de uma nova doença que surgiu na China, provocada por um tipo desconhecido de coronavírus. Uma equipe de médicos chineses foi encarregada de investigar o início de uma doença. Em 24 de janeiro publicaram um relatório na revista The Lancet, identificando um primeiro paciente que apresentou sintomas no último mês do ano anterior. A doença foi batizada de COVID, que significa COrona VIrus Disease (Doença do Coronavírus). Como os primeiros casos aconteceram em dezembro de 2019, então foi batizada de Covid-19.
No dia 11 de março, quando havia 149 mil casos e 4,6 mil mortes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o estado da contaminação à pandemia de Covid-19, doença causada pelo Sars-Cov-2. Mas ninguém poderia imaginar a dimensão do problema e o que estaria por vir. Assim, cerca de 9 meses depois dos primeiros casos do novo coronavírus, o mundo chegou a 33 milhões de pessoas infectadas e a 1 milhão de vidas perdidas no dia 27 de setembro de 2020.
Coronavírus no mundo. (Fonte: Worldometers)
O gráfico abaixo mostra o número diário de pessoas infectadas pela covid-19 e a média móvel de 7 dias. Nota-se que o número diário de casos subiu rapidamente até junho, ficou pouco abaixo de 300 mil no final de julho e no mês de agosto superou a casa de 300 mil casos diários em diversos dias. Parece que o pico da curva epidemiológica global de casos ainda não foi atingido, especialmente por que Índia, EUA e Brasil mantém altos valores e vários países estão passando por uma segunda onda (França, Espanha, Reino Unido, Israel, etc.) e alguns, como o Irã, estão vivendo uma terceira onda.
Média móvel de casos diários de Covid-19. (Fonte: Worldometers)
O gráfico abaixo mostra o número diário de vidas perdidas pela covid-19 e a média móvel de 7 dias. O pico do óbitos ocorreu no dia 17 de abril com mais de 8,5 mil óbitos (e média móvel acima de 7 mil óbitos). Os números caíram para menos de 5 mil em maio e junho, mas voltaram a subir nos meses seguintes. A média móvel chegou a 6 mil óbitos diários em agosto e pouco acima de 5 mil em setembro. Nos últimos 3 meses o montante de vítimas fatais tem se mantido em alto platô.
Média móvel do número de mortes por covid-19. (Fonte: Worldometers)
Agora em setembro a pandemia completa 9 meses com um elevado número de casos e mortes e um grande impacto econômico e social.
Em setembro também se completa 5 anos do lançamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o que fica claro é que a covid-19 provocou um grande retrocesso nos indicadores dos ODS, tornando mais difícil a execução da Agenda 2030 da ONU.
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O mundo atinge 33 milhões de casos e 1 milhão de mortes pela covid-19. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves - Instituto Humanitas Unisinos - IHU