Por “ordem de Bolsonaro”, grilagem de terra pública no MT tem conivência do Incra

Mais Lidos

  • O Rito Amazônico toma forma a partir de baixo e das Igrejas locais

    LER MAIS
  • Milei está no fundo do poço de uma esquerda envelhecida. Artigo de Tarso Genro

    LER MAIS
  • E se a IA e outras inovações estimulassem lógicas opostas às de mercado? Um sociólogo sustenta: mudança é possível – em especial em áreas como Trabalho e Educação. Mas é preciso superar a busca cega pela “eficiência” capitalista

    Em busca de uma técnica para o pós-capitalismo. Entrevista com Aaron Benanav

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

30 Julho 2020

Cerca de 100 famílias sofrem intimidações enquanto aguardam cumprimento de sentença.

A reportagem é de Igor Carvalho, publicada por Brasil de Fato, 29-07-2020.

Uma fatia de 14,7 mil hectares, de um total de 211 mil hectares da Gleba Nhandú, em Novo Mundo, no Mato Grosso (MT), é ocupada pela Fazenda Araúna. Mas não deveria. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região decidiu em setembro de 2019 que a área havia sido alvo de grilagem – ou seja, falsificação de documentos de posse de terras públicas - e determinou que ela deve ser usada para a Reforma Agrária.

A decisão determinou que os funcionários e a estrutura da Fazenda Araúna saíssem em até 60 dias. Porém, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão que deveria requerer a posse das terras para destiná-las às famílias que aguardam a retirada da estrutura e funcionários da Fazenda Araúna, para partilha do território, se recusa a intervir na área.

Em uma das notas que emitiu sobre o assunto, o Incra informou que seguindo a orientação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), “suspendeu a criação de novos assentamentos para a Reforma Agrária”.

Famílias do MST celebram Dia da Agricultura Familiar com partilha de alimentos no PR

Diante da morosidade do Incra, 100 famílias do acampamento Boa Esperança estão acampadas ao lado da fazenda e se tornaram alvo de violência dos funcionários da Fazenda Araúna. Ivanildo Teixeira, superintendente do órgão na região, já afirmou que “não irá adotar nenhuma medida para a criação de Projetos de Assentamento na região.”

De acordo com os acampados, policiais fardados e armados foram até a área e humilharam as famílias, obrigando algumas pessoas, entre elas uma mulher, a se despirem na frente de todos. No dia 15 de maio deste ano, jagunços da Fazenda Araúna teriam matado animais que pertencem ao acampamento e atirado para cima, com a finalidade de assustador os acampados.

Fazenda símbolo de grilagem sofre derrota "emblemática" e perde área para geraizeiros

A propriedade da Fazenda Araúna era requerida pelo agropecuarista Marcelo Bassan, que afirmava ter comprado o terreno em 1990. Com a morte do grileiro, a família, que está à frente do seu espólio, segue na área, insistindo na posse do território.

Procurado, o Incra não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Por “ordem de Bolsonaro”, grilagem de terra pública no MT tem conivência do Incra - Instituto Humanitas Unisinos - IHU