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Diáspora portuguesa

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23 Junho 2020

"A meio caminho entre o que hoje se convencionou chamar de nações desenvolvidas, por um lado, e nações em vias de desenvolvimento, por outro, país relativamente atrasado em especial na zona interior rural, último a colocar um ponto final no processo de colonialismo europeu sobre a África – até a Revolução dos Cravos, em 1974 – Portugal presenciou a partida de centenas de milhares de cidadãos fugindo da pátria, na busca de novas oportunidades no Brasil, Venezuela, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Austrália!... Para não falar dos destinos dentro do velho continente europeu, tais como França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Luxemburgo", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais e vice-presidente do SPM.

Eis o artigo.

O título pode enganar, no sentido de desencadear expectativas falsas. Mas trata-se apenas de um sonho. A verdade é que não disponho de instrumentos, de meios nem de competência para desenvolver esse tema de tamanha abrangência e complexidade. Não é proibido, porém, registrar pelo menos o desafio: como seria interessante despertar o interesse de um historiador sobre essa pesquisa! Já se vê que sou português, nascido na Ilha da Madeira, e faço parte dessa multidão que vive fora da terra natal. No ano 1969, antes de completar os 16 anos, meu pai juntou toda família e migrou para São Paulo, Brasil. Nisso, não fez mais do que seguir o exemplo de tantos outros conterrâneos seus, cansados de lutar com uma terra árida e praticamente esquecida.

Estranhas ironias costuma nos reservar o destino. Deixamos o regime autoritário de Antônio de Oliveira Salazar, de um lado do Atlântico, para entrar naquela do general Emílio Garrastazu Médici, na condição de 28º presidente do Brasil, do outro lado. O mandato do general representou um dos períodos mais duros e sangrentos da ditadura brasileira, instalada com o golpe militar em 1964. Numerosos políticos, sindicalistas, professores e artistas viram-se forçados ao autoexílio. Bela substituição fez minha família, sem dúvida! No dizer popular, é como trocar seis por meia dúzia!

O certo é que, durante o Estado Novo ditatorial português, alguns fatores combinados levaram o país a um duplo sangramento de sua força juvenil. Enquanto parte dela via-se no dever de “ir para a tropa”, entre outras coisas, para defender a manutenção das colônias africanas (em especial, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique), outra parte deixava Portugal, justamente para “fugir da tropa”. Este segundo grupo, numa espécie de instinto de sobrevivência, desertava do combate antes mesmo de ter sido chamada a um front, que se encontrava muito distante e pouco lhes dizia respeito. A luta pela vida os impelia a um recomeço!

A meio caminho entre o que hoje se convencionou chamar de nações desenvolvidas, por um lado, e nações em vias de desenvolvimento, por outro, país relativamente atrasado em especial na zona interior rural, último a colocar um ponto final no processo de colonialismo europeu sobre a África – até a Revolução dos Cravos, em 1974 – Portugal presenciou a partida de centenas de milhares de cidadãos fugindo da pátria, na busca de novas oportunidades no Brasil, Venezuela, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Austrália!... Para não falar dos destinos dentro do velho continente europeu, tais como França, Bélgica, Suíça, Alemanha, Luxemburgo.

Desencantadas com o projeto político colonial em curso, numerosas famílias deixavam de sacrificar seus filhos a um “patriotismo ambíguo”, cheio de dúvidas e contradições. Em lugar disso, tentavam conceder-lhes alhures horizontes novos e promissores. Os emigrados, por sua vez, ao acumular algum dinheiro e retornar periodicamente a suas aldeias de origem, não faziam senão incentivar novas saídas em massa. O círculo se fechava e se abria em contínuo movimento espiral. Foram nascendo, dessa maneira, comunidades portuguesas por toda a face do globo terrestre.

O resultado é uma verdadeira diáspora portuguesa de milhões de cidadãos espalhados por todos cantos do planeta, cifra essa que pode alcançar praticamente a metade da população hodierna de Portugal. Não é sem razão que, do ponto de vista histórico, depois da colônia italiana, os portugueses, enquanto nação distante da pátria, constituem um dos maiores destinatários das missões scalabrinianas por todo o mundo. Bastaria conferir nos arquivos das Províncias e/ou Regiões quantos membros da Congregação dos Missionários de São Carlos estão trabalhando, ou já trabalharam, com grupos de emigrantes portugueses. Em algumas missões são eles, e não os cidadãos nativos, que ajudam a manter as comunidades vivas e ativas. O mesmo, aliás, poder-se-ia dizer hoje dos povos hispânicos, especialmente nos Estados Unidos. A fé e os valores culturais raramente abandonam quem deixa sua pátria.

Entre os múltiplos e diversificados capítulos da história da Congregação, essa solicitude pastoral para com a comunidade portuguesa não deixa de ter seu interesse, ao mesmo tempo singular e comum. Como os representantes de outras etnias em diáspora, os portugueses deixam por onde passam um forte rastro de tradições religiosas, tenacidade e esperança. Costumam resistir diante dos obstáculos e adversidades e não se deixam abater com facilidade. Carregam consigo uma rica e variada bagagem identitária, a qual, se é verdade que às vezes pode enrijecer-se e cristalizar-se, também é certo que, em muitas outras ocasiões, nos locais e situações de destino, os mantêm dinamicamente abertos à aceitação de outros valores numa perspectiva de integração. Toda identidade que se deixa permear pelo intercâmbio de ideias e costumes enrique reciprocamente quem chega e quem recebe.

Forte fator de coesão interna e de autodefesa, toda cultura, quando não se deixa anacronicamente fossilizar, representa uma ponte para o encontro, o diálogo e a solidariedade. No trabalho junto aos migrantes, sempre se faz necessário resgatar a identidade cultural e a memória histórica de pessoas, povos e nações. Mas o grande desafio aqui, como sempre, é a passagem lenta e laboriosa do multiculturalismo (coexistência pacífica entre distintas etnias culturais) ao interculturalismo (confronto, diálogo, depuração, e mútuo crescimento). “O outro que chega tem mais a dizer sobre mim mesmo do que sobre ele”, afirma o filósofo alemão G. Gadamer (Cfr. Verdade e método). Ou ainda, “os muros falam mais sobre os que se pretendem protegidos do lado de dentro do que sobre os que estão do lado de fora”, acrescenta o historiador francês Claude Quétel (Cfr. Histoire des murs).

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