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A vida por um fio: uma campanha de combate ao vírus do desrespeito e exploração inescrupulosa da Amazônia

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22 Junho 2020

A Igreja não pode ficar ausente diante dos clamores presentes na sociedade que chegam até Deus. Movida por essa realidade, desde sempre presente no Brasil, mas que tem crescido nos últimos tempos, tem sido lançada neste 18 de junho a Campanha de Autoproteção de Comunidades e Lideranças Ameaçadas: A vida por um fio. O objetivo é dar ampla visibilidade à gravidade e à intensificação da violência contra quem defende os direitos socioambientais e alcançar de forma capilar as comunidades em risco e ameaças para que se organizem e protejam seus membros, preservando a memória ancestral e das lutas de resistência.

A reportagem é de Luis Miguel Modino.

Esta campanha tem sido apresentada como um dos frutos do Sínodo, ela “surge da necessidade de ajudar a compreender o cuidado da vida humana e de toda a criação”, segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora da CNBB, Dom José Valdeci Santos Mendes. Segundo o bispo, a campanha está sendo tecida com o fio da justiça, da solidariedade, da resistência, dos saberes populares, de encorajamento na caminhada, “fios que devem nos fortalecer em nossa caminhada, na nossa missão”, e que ele vê como um convite “a fazer a trama do bem com os fios que estão presentes”.

(Imagem: Luis Miguel Modino)

Dom Erwin Kräutler viveu sob proteção policial, numa região que ele define como “um rio de sangue derramado ao longo dos séculos, testemunho de martírio que sofreram os povos indígenas de toda a Amazônia e todos aqueles e aquelas que dedicaram sua vida aos povos que aqui estão”. Muitas dessas pessoas que morreram, ele conheceu, especialmente a irmã Dorothy, que como ele mesmo lembrava, “me pediu para trabalhar entre os mais pobres dos pobres. Eu disse que não ia aguentar, e ela disse, me deixa experimentar, algo que ela fez até 12 de fevereiro de 2005, em que foi barbaramente assassinada, derramando seu sangue e misturando-o com tantos que morreram aqui”.

O bispo emérito do Xingú também lembrava do Dema, de quem ele diz que eramos amigos, amicíssimos, que ao morrer disse para a esposa, Maria cuide dos nossos filhos. O bispo insiste em que “são crimes que aconteceram no século XXI, de pessoas que não provocaram e procuraram a morte, mas se colocaram terminantemente ao lado dos menos favorecidos, dos que a sociedade capitalista coloca a margem, por seu modo de defender os direitos, eles agrediram as ambições e ganâncias dos poderosos”. Essas atitudes, também assumidas pelo bispo, sempre os colocaram em risco.

Ele contou a conversa que teve com um fazendeiro, que “veio me dizer para tirar a Dorothy da circulação porque ela estava contrariando os seus interesses, toda a parafernália que se criou aqui para explorar a Amazônia”. Também outras pessoas que falavam para ele cuidar da religião, mas ele sempre defendeu que a religião coloca o ser humano, criado por Deus, no centro da nossa defesa, também do meio ambiente, que não se pode separar do ser humano. Esse foi, segundo o bispo, “o grande valor do Sínodo, juntou. Temos a obrigação de mostrar ao mundo essa nova visão cristã. Nós somos chamados a doar nossa vida para que todos possam viver”. Neste tempo de pandemia, o bispo advertia sobre a existência do “vírus do desrespeito à Amazônia, da exploração inescrupulosa da Amazônia, sem levar em conta os povos que aqui vivem”.

(Imagem: Luis Miguel Modino)

A campanha é considerada como “extremamente necessária neste momento em que vidas estão ameaçadas”, segundo o deputado Helder Salomão, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, que falava sobre as ameaças às lideranças das comunidades que dão testemunho de fé e de vida, também nesse tempo de pandemia, ressaltando que no Brasil, “a vida nunca esteve tão ameaçada, porque quando se ameaça a democracia se ameaçam os direitos mais sagrados que nós temos”. De fato, “o Brasil é o único país do mundo que em plena pandemia ameaça a floresta, os quilombolas, os povos indígenas e os direitos dos povos tradicionais”. Por isso, segundo o deputado, “esta campanha é um sinal de esperança para manter viva a luta do nosso povo em favor da vida e o compromisso das lideranças num momento em que muitos colocam o lucro acima da vida”.

O coronavírus está tendo um efeito devastador sobre os povos indígenas, segundo Felício Pontes, se referindo a um informe da Fundação Osvaldo Cruz. De fato, em decorrência da pandemia, 28% dos hospitalizados morrem quando a população é branca, no caso dos indígenas sobe para 48%, o que demostra o descaso do governo brasileiro. Isso tem sido denunciado pelos bispos da Amazônia, que já pediram “combater o vírus da indiferença, da vulnerabilidade maior dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia”, e o Ministério Público Federal, que “também tem cobrado uma ação emergencial do governo para evitar a chegada e disseminação do vírus nas aldeias”.

O procurador da República lembrava de um fato acontecido com a irmã Dorothy, nas semanas antes da morte dela, quando falando das ameaças, ele aconselhou ela sair de lá. A resposta da religiosa assassinada, foi: “Felício, se tiver que morrer alguém para que isso se concretize, que seja eu, os outros têm família”. O assassinato da irmã Dorothy, assim como daqueles que tem sido assassinados na Amazônia, tem sido, segundo Felício Pontes, uma tentativa de “eliminar aqueles que iam contra o sistema de desenvolvimento que se implantou na Amazônia desde a ditadura militar”.

Na campanha participam sindicatos como a Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares – CONTAG, que representa mais de três mil sindicatos rurais no Brasil. Segundo seu Secretário de Formação, Carlos Augusto Santos Silva, “a campanha vai dar uma proteção para as comunidades, os territórios, as reservas, para se proteger dos grandes projetos econômicos, que vão destruindo e traindo graves consequências de ordem social, econômica e ambiental, projetos que trazem a morte”. Não podemos esquecer que no campo brasileiro, “inclusive em tempos de pandemia, estão presentes os conflitos com aqueles que não fazem quarentena e continuam querendo se apropriar dos territórios”, segundo Flávio Marcos Gonçalves de Araujo, da Comissão Pastoral da Terra – CPT, que tem continuado com sua ajuda às comunidades, fomentando a resistência.

(Imagem: Luis Miguel Modino)

Essa situação muito difícil, muito complicada no Brasil, neste tempo de pandemia, repercute nos indígenas, afirma Antônio Eduardo Cerqueira de Oliveira, do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, que relata mais de 300 mortes, dentre eles grandes lideranças nos últimos dias, e mais de 5.000 infectados pela pandemia entre os povos indígenas do Brasil, com uma população de mais de um milhão de pessoas, com 300 povos e 270 línguas, a maior diversidade do mundo. Ele denuncia a “violência institucionalizada às comunidades”, enfatizando que “o atual governo impôs uma oposição sistemática à vida e à existência desses povos indígenas”, que ele define como uma política genocida.

A campanha parte da ideia de que o essencial é a vida, segundo Dário Bossi, assessor da REPAM-Brasil, que insiste em que ela é uma das primeiras aplicações do Sínodo para a Amazônia, tendo como base o que foi recolhido no Documento Final e na Querida Amazônia. O religioso comboniano insistia em que diante da violência institucionalizada num sistema que mata para saquear, a campanha pretende ser instrumento que ajude mediante mecanismo de autoproteção, denúncia, e políticas públicas. Para isso, devem ser desenvolvidas estrategias de proteção coletiva, proteção em rede, visibilidade e opinião pública, algo que conta com uma estratégia de comunicação. O curso, que conta com a participação de mais de 150 participantes, será desenvolvido em cinco módulos.

A campanha conta com a participação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora e a Comissão Episcopal para a Amazônia, a Comissão Pastoral da Terra, o Conselho Indigenista Missionário, a Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil, o Centro Popular de Formação da Juventude – Vida e Juventude, a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos/SMDH, o Movimento Nacional dos Direitos Humanos/MNDH, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, o OLMA – Observatório Socioambiental Luciano Mendes de Almeida, a Pastoral Carcerária Nacional, a CPP – Comissão Pastoral dos Pescadores, o IAC – Instituto Agustin Castejon, o CEFEP – Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Câmara, a Cáritas Brasileira, a CBJP – Comissão Brasileira Justiça e Paz, e a CRB Nacional – Conferência dos Religiosos do Brasil.

 

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