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A ciência discrimina as mulheres. Entrevista com Francesca Dominici, diretora do Data Science Initiative de Harvard

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12 Junho 2020

Francesca Dominici, brain drain e no topo de Harvard, denuncia a situação das pesquisadoras: “Nós, julgados pelo tailleur. Covid? Ele nos obrigou a ficar em casa. Os estudos conduzidos por mulheres caíram”. Ela rasgou o véu. E no centro da cena apareceu uma presença incômoda, retirada há muito tempo do debate público: a discriminação de gênero, ainda em vigor no mundo aparentemente neutro da ciência. Mesmo nos mais prestigiados centros internacionais de pesquisa. "O Covid acendeu um poderoso holofote sobre os obstáculos adicionais que pesquisadoras e cientistas devem enfrentar para acompanhar os colegas do sexo masculino". Palavra de Francesca Dominici, respeitada bioestatística e diretora do Data Science Initiative de Harvard, uma universidade onde ela chegou com apenas 24 anos e onde passou sua vida acadêmica, até chegar ao topo.

"Foi muito difícil. E embora meu marido, ele também cientista, sempre tenha me apoiado, posso dizer que nunca seria capaz de criar minha filha, que agora tem 14 anos, sem a ajuda de minha mãe. Foi ela quem me acompanhou nas contínuas viagens internacionais por todo o mundo: ela ficava com a menina enquanto eu participava dos congressos. Eu não gostaria de estar no lugar de jovens pesquisadoras, obrigadas pelo vírus a combinar trabalho familiar e smart working. E não estou surpresa que a produção científica feminina tenha caído nos últimos meses".

Confirmando esta afirmação está a pesquisa recente de Megan Federickson, estudiosa da Universidade de Toronto, e Cassidy Sugimoto, da Indiana University Bloomington. Ambas analisaram os servidores mais utilizados pela comunidade científica para divulgar as chamadas preprint, pesquisas preliminares ainda a serem submetidas à revisão pré-publicação. No momento, trata-se da única fonte disponível para medir o pulso da situação ainda em curso: leva anos para concluir o processo. Nos meses de março e abril, a produtividade masculina cresceu a uma velocidade maior de vários pontos percentuais - dependendo do portal utilizado, até mesmo o dobro - em comparação com a das colegas.

O mesmo aconteceu no campo da pesquisa social. Como observa Noriko Amano-Patiño, da Universidade de Cambridge, as autoras dos trabalhos sobre o impacto da Covid na economia representam 12% do total: oito pontos percentuais a menos que a média. “A razão é intuitiva - destaca Dominici. As mulheres foram sobrecarregadas pelo maior peso da emergência sanitária e, acima de tudo, pelas medidas de lockdown implementadas para contê-la, principalmente o fechamento de escolas e creches".

A entrevista é de Lucia Capuzzi, publicada por Avvenire, 10-06-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Muito antes de o vírus eclodir, as tarefas domésticas - o chamado "trabalho não remunerado" - estavam em mãos femininas: elas dedicam em média quatro horas por dia, de acordo com a OCDE, mais que o dobro dos homens. Por que a Covid foi tão importante?

Com a pandemia, as atividades de gestão comuns cresceram enormemente: desde o cuidado de crianças envolvidas nas aulas à distância até o atendimento dos parentes mais velhos e, portanto, vulneráveis ​​à infecção. Enquanto isso, o recurso a ajudas externas tornou-se mais difícil devido ao isolamento. E as mulheres tiveram que cuidar disso. Cientistas incluídas. Depois, há outra questão, ligada a uma diferença na abordagem masculina e feminina. As pesquisadoras tendem a ser mais cautelosas e isso as leva a estar menos presentes na mídia.

Onde, com base na sua experiência, há mais discriminação de gênero, na Itália ou nos EUA?

Saí da Itália no primeiro ano do doutorado, justamente por causa da discriminação. Mas a encontrei aqui, embora de uma forma menos óbvia. Um preconceito dissimulado, talvez ainda mais difícil de detectar e combater.

Você pode me dar alguns exemplos?

Eu vou lhe dar três. Às vezes, para agradar, alguém lhe diz: “Gosto muito do seu tailleur. Pena que lhe cubra demais". Nas reuniões do comitê, todo masculino, da Data Science Initiative, da qual sou chefe, muitas vezes ainda sou apresentada como "a esposa de um brilhante cientista". Nas conferências, quando é a vez das pesquisadoras, os homens aproveitam a oportunidade para fazer uma pausa para o café. Se você ficar irritada ou parar de falar, eles dizem que você tem um temperamento difícil.

Mesmo em Harvard há discriminação?

As mulheres full professor, sou uma delas, são 15%. Nos níveis iniciais de carreira, somos a metade. Depois, à medida que se avança, muitas colegas são forçadas a sair porque não conseguem conciliar com a vida familiar.

Que solução você proporia?

Colocar mais mulheres nos vértices, com um sistema de cotas, para mudar as regras e torná-las mais justas.

Que conselho você daria a uma pesquisadora aspirante?

Se ela quiser fazer carreira, deve aceitar o fato de que será criticada. Eu diria a ela para não prestar muita atenção e seguir em frente.

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