09 Março 2020
"Por conta da calamitosa situação econômica do país neste início de 2020, e da repetição dos mesmos argumentos e desculpas por parte do governo, reenvio esse artigo escrito um ano atrás, exatamente no mês de março de 2019, que poderia ser renomeado com o título "a mesmice dos economistas liberais e a particular indigência intelectual do senhor Guedes", escreve José Luis Fiori, economista, ao recomendar a releitura do artigo "A impotência dos economistas liberais", publicado em março de 2019.
"Por isso voltemos ao ponto central do nosso argumento quanto à impotência da resposta dos economistas liberais frente ao desafio que o Brasil está enfrentando neste final da segunda década do século XXI. Do nosso ponto de vista, como já dissemos, os economistas liberais partem de premissas teóricas que desconhecem a complexidade do mundo real, nacional e internacional, e defendem um pacote de “reformas” que não leva em conta a heterogeneidade dos interesses e as hierarquias de poder que separam e contrapõem os capitais individuais e as classes sociais e, finalmente, propõem políticas e medidas que não foram concebidas para promover o crescimento acelerado de países “atrasados” ou “imaturos”. Isso talvez ajude a entender por que os empresários e economistas liberais sejam sempre os primeiros a serem chamados, mas sejam também os primeiros a serem dispensados pelos governos brasileiros que nasceram dos golpes militares – de 24 de outubro 1930, de 19 de novembro de 1937, de 29 de outubro de 1945, de 24 de agosto 1954 e de 31 março de 1964", afirma o economista no artigo supracitado.
A íntegra do artigo pode ser lida aqui.
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A mesmice dos economistas liberais e a particular indigência intelectual do senhor Guedes - Instituto Humanitas Unisinos - IHU