05 Dezembro 2019
Ontem, a comissão do Congresso responsável pela discussão do orçamento de 2020 aprovou um relatório preliminar em que turbina bastante o gasto previsto com o fundo eleitoral. Quando enviou o projeto da lei orçamentária aos parlamentares, o ponto de partida do governo era R$ 2 bilhões para custear as disputas municipais. Pois a comissão resolveu incrementar em mais R$ 1,8 bilhão o fundo... tirando dinheiro das áreas sociais. Técnicos do Congresso e do governo disseram à Folha que o corte nos ministérios foi de R$ 1,7 bilhão.
A informação é publicada por Outra Saúde, 05-12-2019.
Desse montante, os maiores foram em saúde (R$ 500 milhões), infraestrutura e desenvolvimento regional (R$ 380 milhões), que inclui obras de habitação, saneamento. A redução em educação chegou a R$ 280 milhões. O principal alvo da tesourada foi o Fundo Nacional de Saúde, que receberá menos dinheiro, por exemplo, para o Farmácia Popular (corte de R$ 70 milhões).
O relator da proposta é o deputado Domingos Neto (PSD-CE) que, em claro delírio, disse que a manobra não prejudica a população. "Fizemos isso sem cortar de canto nenhum", declarou ao jornal, confirmando, no entanto, a redução de R$ 1,7 bi no orçamento federal.
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Congresso corta na saúde e turbina gasto com o fundo eleitoral - Instituto Humanitas Unisinos - IHU