29 Abril 2019
“Outro ponto muito perverso da reforma da Previdência é a questão do abono salarial. Pouca gente fala nisso, mas ele tem um impacto de curto prazo muito grande. É um impacto distributivo e macroeconômico muito grande. Nós fizemos os cálculos e esse impacto gira em torno de 17 bilhões de reais por ano. Ele tira, de 24 milhões de brasileiros trabalhadores, em torno de 6% da renda, isso entre trabalhadores que ganham entre um e dois salários mínimos. Estes vão perder o direito de abono salarial, ou seja, são 24 milhões que vão perder 6% da renda anual. Portanto, é um impacto distributivo muito forte e um impacto macroeconômico pelo crescimento dessa demanda também muito forte. E isso não está sendo discutido”.
A constatação é de Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, em entrevista concedida à revista IHU On-Line desta semana.
A revista estará disponível na página do IHU nesta segunda-feira, a partir das 18h.
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Reforma da Previdência e o abono salarial. “24 milhões perderão 6% da renda anual”, avalia economista - Instituto Humanitas Unisinos - IHU