Evento da Campanha da Fraternidade critica nova Previdência e sucateamento do SUS

Cartaz da Campanha da Fraternidade 2019

Mais Lidos

  • Eles se esqueceram de Jesus: o clericalismo como veneno moral

    LER MAIS
  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga

    Jovens ativistas das direitas radicais apostam no antagonismo e se compreendem como contracultura. Entrevista especial com Beatriz Besen

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

07 Março 2019

Apesar da tentativa de bispos de desvincular a Campanha da Fraternidade, da Igreja Católica, de "guias ideológicos e partidários", o lançamento do programa deste ano não ficou livre de críticas à reforma da Previdência e situação do Sistema Único de Saúde (SUS). O tema principal da campanha neste ano são as políticas públicas.

A reportagem com informações da Agência Estadão, é publicada por Jornal do Brasil, 06-03-2019.

Presente à mesa do lançamento, Geniberto Paiva Campos, médico cardiologista e instituidor do observatório de saúde do Distrito Federal, questionou a reforma da Previdência, principal bandeira atual do governo de Jair Bolsonaro.

"Será que a reforma da Previdência, que já vem discutida desde o governo anterior, ela não seria um retorno ao século 19? (Vamos) Tirar esses direitos?", questionou.

Já a representante do Conselho Nacional de Saúde Vânia Lúcia Ferreira Leite, também presente à mesa, fez uma crítica ao sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela citou a Emenda Constitucional 95, que instituiu o teto de gastos, como exemplo de mudanças que podem comprometer o financiamento do sistema. A mesma emenda também foi criticada por Gilberto Vieira dos Santos, secretário-adjunto do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que citou a necessidade de políticas públicas para os povos indígenas.

O cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), disse que não há um posicionamento oficial da confederação sobre a reforma da Previdência. "Mas vale aquilo que nós já temos afirmado anteriormente, isto é, que não se penalize aqueles que já são mais sofridos na própria sociedade, que não haja perda de direito dos trabalhadores", afirmou o bispo.

"Nesse momento, na elaboração de uma proposta é necessário considerar esses trabalhadores. O povo mais pobre e sofrido que necessita ser assistido e não sacrificado ainda mais", disse.

"A Igreja já se manifestou em governos anteriores a respeito disso e a nossa missão profética continua viva, ou seja, nesse momento nós continuamos também a alertar para que ao pensar a vida política do País se assegure os direitos fundamentais da população", reforçou.

Armas

Ao responder sobre as atuais políticas públicas do governo Bolsonaro sobre posse de armas, Dom Sérgio disse que a igreja já ressaltou em outras ocasiões que "a construção da paz seja feita por meio da justiça social".

Em relação aos indígenas, ele disse que continuam a defender o respeito à vida, terra e cultura dos povos indígenas. "Não é porque temos situações novas que vamos deixar de anunciar aquilo que tem sido critério orientador da conferência episcopal", afirmou.

Leia mais