No princípio era a relação

Foto: Pixabay

Mais Lidos

  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • Congresso arma pior retrocesso ambiental da história logo após COP30

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

22 Fevereiro 2019

"Resta o grande desafio de forjar, em meio a raízes e caminhos diversos, a fusão de um horizonte plural e comum"O trecho é do poema escrito por Alfredo J. Gonçalves, cs, padre carlista e assessor das Pastorais Sociais.

Eis o poema.

No princípio era a relação,
e a relação era expressão viva do amor;
e no mistério da relação e do amor,
fundiram-se as memórias,
fundiram-se os saberes,
fundiram-se os sonhos...

E nasceu a luz!

Cada ser tinha origens próprias,
trilhava veredas distintas,
mas trabalhava em função de um único projeto.

Um raio se abateu então sobre a terra
e quebrou os fios invisíveis da relação;
o amor se converteu em egoísmo
e cada ser pôs-se a caminhar por si só:
refez a própria memória,
refez o próprio saber
refez o próprio sonho...

E nasceram as trevas!

Luz e trevas separaram-se,
gerando o dia e a noite:
os mecanismos de expropriação regulavam o dia,
as mentiras dos bastidores regulavam a noite...

E retornou o caos!

As memórias distanciaram-se,
distanciaram-se os saberes,
distanciaram-se os sonhos,
dando origem a interesses contrastantes,
com tensões, violência e guerras...

E nasceu o imperativo da reconstrução!

A partir dessa necessidade e urgência,
luzes e trevas se mesclam e se alteram,
memórias, saberes e sonhos se confundem;
resta o grande desafio de forjar,
em meio a raízes e caminhos diversos,
a fusão de um horizonte plural e comum.

Leia mais