11 Janeiro 2019
Ex-presidente dos EUA divulga lista todos os anos. Ao todo, seleção reúne 29 títulos, mas nem todos foram lançados no Brasil.
A reportagem é de Gabriela Mattos, publicada por Estante Virtual, 04-01-2019.
Como tradição de todos os anos, o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama divulgou uma lista com os melhores livros lidos em 2018. Ao todo, a seleção reúne 29 títulos, sendo a maioria escrita por autores africanos e com temas sobre identidade. Assim como já era esperado, a primeira obra do ranking é Minha história, a autobiografia de sua própria mulher, Michelle Obama.
Da lista completa, apenas nove foram lançadas no Brasil, como Americanah, da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, e Como as democracias morrem, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, que já esteve na lista dos livros mais vendidos da Estante Virtual.
Que tal conhecer os melhores livros lidos por Obama? Veja os nove livros selecionados pelo ex-presidente que estão disponíveis no Brasil. Boa leitura!
Como esperado, o primeiro livro do ranking é Minha história, de Michelle Obama. Com uma vida repleta de realizações significativas, ela consolidou-se como uma das mulheres mais icônicas e cativantes de nosso tempo. Como primeira-dama dos Estados Unidos, ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. Ao mesmo tempo, posicionou-se como uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas no país e ao redor do mundo.
Já na segunda colocação aparece Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar, nos anos 1990. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra.
Em A menina da montanha, Tara Westover narra sua trajetória. Ela tinha 17 anos quando pisou pela primeira vez em uma escola. Quando um de seus irmãos conseguiu chegar à universidade e trouxe notícias da vida além das montanhas, Tara decidiu tentar um novo estilo de vida. Ela aprendeu, de forma autodidata, matemática, gramática e ciência, e conseguiu chegar à universidade, onde estudou psicologia, política, filosofia e história.
Este romance trata do difícil processo de independência do Quênia, e das dúvidas e lealdades que cada um leva consigo. Mugo é um homem solitário, tido como herói pelos habitantes da aldeia de Thabai. Ele atuou ao lado de Kihika, mártir da luta contra o domínio inglês e, durante o tempo em que ficou preso, nunca delatou seus companheiros, nem mesmo sob tortura. Com a chegada do dia da independência, ex-ativistas planejam expor e executar o suposto traidor que levou Kihika à morte.
Uma Casa para o Sr. Biswas é inspirado na infância e adolescência de V.S. Naipaul, e a maior ambição de seu protagonista é ter sua própria casa. A história desse personagem é recheada de divertidas peripécias, sempre girando em torno da eterna busca de um lar e de uma ocupação satisfatória. Em suas aventuras, está às voltas com parentes, vizinhos e amigos intrometidos, que ajudam e também atrapalham a sua cruzada.
Em Como as democracias morrem, os autores Steven Levitsky e Daniel Ziblatt fazem uma análise perturbadora do fim das democracias em todo o mundo. No livro, os escritores respondem a questão: Democracias tradicionais entram em colapso? Durante a obra, eles discutem ainda o modo como a eleição de Donald Trump tornou-se possível.
Neste livro de memórias, Nelson Mandela conta a história extraordinária de sua vida – um épico de lutas, revezes, esperança renovada e finalmente de triunfo. Ele descreve em detalhes a sua jornada: o desenvolvimento de sua consciência política, seu papel essencial na formação da Liga da Juventude do CNA e seus anos dramáticos na clandestinidade, que levaram a uma condenação à prisão perpétua em 1964.
O mundo se despedaça conta a história de um patriarca guerreiro chamado Okonkwo, no sudeste da Nigéria. A narrativa retrata é a desintegração da vida tribal, graças à chegada ao local do colonizador branco. O delicado equilíbrio de costumes do clã vinha sendo mantido por gerações, mas atravessa um momento de desestabilização, pois os missionários europeus e seus seguidores começam a acorrer às aldeias de Umuófia pregando em favor de uma nova crença.
Lá não existe lá apresenta ao leitor uma narrativa inovadora sobre identidade, tradição e tragédia pelos olhos de 12 personagens. Eles são os “índios urbanos” da Califórnia, cujas histórias vão convergir no Grande Powwow de Oakland, tradicional evento da cultura indígena que promove a integração por meio da música. O livro é um retrato arrebatador de uma América pouco retratada.
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Os melhores livros de 2018, segundo Barack Obama - Instituto Humanitas Unisinos - IHU