Abrasco divulga nota pela transparência no acesso aos dados fundamentais sobre a saúde mental no Brasil

saúde mental. | Foto: Pixabay

Mais Lidos

  • “A América Latina é a região que está promovendo a agenda de gênero da maneira mais sofisticada”. Entrevista com Bibiana Aído, diretora-geral da ONU Mulheres

    LER MAIS
  • A COP30 confirmou o que já sabíamos: só os pobres querem e podem salvar o planeta. Artigo de Jelson Oliveira

    LER MAIS
  • A formação seminarística forma bons padres? Artigo de Elcio A. Cordeiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

26 Setembro 2018

"O nosso compromisso é com a melhoria da situação de saúde mental da população brasileira, com um sistema de atenção que compreenda os determinantes do sofrimento mental como complexos e que, para atuar, amplie o seu acesso, garantindo cuidado para todos os cidadãos brasileiros e promovendo a saúde, principalmente através de ações de combate à desigualdade social em todos os seus níveis".

A nota é de Vilma Reis, publicada por Abrasco – Associação Brasileira de Saúde Coletiva, 24-09-2018.

Eis o texto.

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco vem, publicamente, requerer do Estado brasileiro que garanta a transparência no acesso¹ aos dados fundamentais sobre a saúde mental da população brasileira e aos indicadores que revelam o processo de implantação, os recursos destinados à manutenção e o desempenho da Rede de Atenção Psicossocial nos diversos estados nacionais.

Dirigimo-nos, mais particularmente, à Coordenação de Saúde Mental do Ministério da Saúde para demandar a atualização da publicação “Saúde Mental em Dados”, que foi interrompida desde o ano de 2016, e, também, ao Ministério da Justiça para requerer a publicização do estudo sobre drogas encomendado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD à Fiocruz, entregue desde novembro de 2017.

É fundamental esclarecer que pesquisadores e pesquisadoras de todo o país e gestores comprometidos com o Sistema Único de Saúde e com a Reforma Psiquiátrica dependem de diversos tipos de dados, dentre os quais aqueles produzidos pelo, ou por intermédio, do Estado Brasileiro, para, respectivamente, desenvolverem as suas pesquisas e para reorientarem as suas ações ou políticas no sentido de atenderem às necessidades de saúde dos diversos grupos populacionais.

Para tanto, o acompanhamento processual das mudanças históricas nesses indicadores e o conhecimento de dados já produzidos por outros grupos em pesquisas mais abrangentes são de extrema importância para que se aprofundem as análises socialmente contextualizadas acerca dos avanços e desafios no campo mais vasto da saúde mental. Ciência e Planejamento em Saúde necessitam de transparência, de livre acesso a dados e de um comprometimento com o tratamento ético e responsável dos mesmos de modo a produzir conhecimento confiável, denso, crítico e comprometido com a transformação da realidade de saúde do país.

O nosso compromisso é com a melhoria da situação de saúde mental da população brasileira, com um sistema de atenção que compreenda os determinantes do sofrimento mental como complexos e que, para atuar, amplie o seu acesso, garantindo cuidado para todos os cidadãos brasileiros e promovendo a saúde, principalmente através de ações de combate à desigualdade social em todos os seus níveis.

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2018.

Associação Brasileira de Saúde Coletiva

Nota:

[1] Lei de Acesso à Informação foi regulamentada pelo Decreto nº 7.724/2012.

Leia mais