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As pontes do cardeal, após o assassinato que sacudiu o Brasil

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04 Abril 2018

O Rio de Janeiro é uma cidade militarizada. E a tensão social está nas nuvens, sobretudo após o violento assassinato da vereadora do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Marielle Franco. Enquanto a conferência de bispos do Brasil guarda silêncio sobre o homicídio e a intervenção das forças públicas, o Papa irrompeu com um surpreendente telefonema aos familiares da ativista morta. Apenas alguns dias depois, o cardeal Orani João Tempesta seguiu seus passos. Em um simbólico gesto, confortou os familiares de Franco e os de seu motorista. Mas, não parou aí, também quis dar uma atenção a um policial aposentado.

A reportagem é de Andrés Beltramo Álvarez, publicada por Vatican Insider, 30-03-2018. A tradução é do Cepat.

Tudo ocorreu no dia 26 de março. Nesse dia, na página do purpurado na rede social Facebook, foram publicadas as fotografias das três reuniões: “Encontro com os familiares de Anderson Pedro Gomes, motorista assassinado com a vereadora Marielle Franco. Na foto, com sua mulher, Agatha Arnaus Re, mãe de Silvinha Rita, e familiares. O encontro ocorreu na Paróquia São Tiago, em Inhaúma, com a presença dos padres Alexandre Tarquino da Silva (pároco) e Charles (vigário paroquial)”, conforme o primeiro dos artigos.

Mais tarde, publicou-se: “Antes da visita aos familiares da vereadora Marielle, tive um encontro com o agente Marcelo e seus familiares, em Cascadura. O agente policial está aqui há nove anos com sequelas por um enfrentamento com traficantes. O encontro aconteceu na presença dos sacerdotes Marcelo de Assis Paiva, capelão da Polícia Militar, e Luiz Fernando de Oliveira Gomes, da Paróquia Santo Sepulcro, em Madureira.

Finalmente, Tempesta acrescentou as fotografias de sua visita aos familiares da vereadora. Nas imagens, é possível ver o consolo afetuoso e muito próximo do arcebispo aos pais de Marielle, Antonio Francisco e Marinete, à irmã Anielle e à filha, Luyara. Também estava no encontro Anderson Batista Monteiro, pároco de Inhaúma.

Ações tipicamente “bergoglianas”, que recordam muito os próprios gestos do cardeal argentino, hoje Papa. É muito sugestivo que tenham ocorrido justamente após o telefonema de Francisco. No dia 14 de março, quando se soube do assassinato de Marielle Franco, o Brasil foi sacudido. A notícia provocou multitudinárias manifestações de protesto e chegou até o Vaticano, onde o Papa segue com preocupação os acontecimentos no país sul-americano.

Na segunda-feira, dia 19, ele recebeu uma carta de Luyara. A mensagem foi breve, mas significativa. Nela, a jovem de 19 anos lhe contava que sua mãe é crente, que sempre lhe falava dos mártires e do Evangelho. Francisco respondeu um dia depois se comunicando. Queria falar com a filha, mas acabou falando com a avó, Marinete da Silva. Isso ocorreu poucas horas antes de uma missa que, naquela terça-feira, 20 de março, foi dedicada à memória da vereadora morta, na Igreja Nossa Senhora do Parto, no centro do Rio.

Contudo, a comunicação com o Papa não passou pela Igreja institucional. A carta da filha de Marielle chegou até a Casa Santa Marta do Vaticano graças a Gustavo Vera, um velho conhecido do líder católico e referência da organização argentina de luta contra o tráfico de pessoas, La Alameda.

Até agora, a direção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) guardou silêncio. Só os bispos do Regional Leste 1 desse organismo emitiram uma nota de protesto pelo assassinato e o recrudescimento da violência, produto da intervenção militar.

Com um decreto do presidente Michel Temer, desde o dia 16 de fevereiro, todas as forças de segurança que operam no Rio estão sob um mesmo comando dependente do Exército. Uma situação inédita, nunca antes verificada desde o retorno da democracia ao país, em 1985. Uma imprevista onda de delinquência levou o mandatário a ordenar a operação, aprovada com o apoio do Congresso Nacional. Contudo, os organismos sociais e de direitos humanos se opuseram, advertindo que o novo estado de coisas seria utilizado para execuções sumárias contra a população civil.

Em seu momento, alguns católicos mostraram sua indignação nas redes sociais pela nota da comissão regional de bispos. Algo semelhante ocorreu com as fotos do cardeal Tempesta, publicadas em uma página seguida por mais de 180.000 pessoas. Nos dois casos, os queixosos argumentaram que Marielle defendia o aborto, as uniões homossexuais e era mãe solteira. Sua figura, já por si incômoda, tornou-se ainda mais após seu assassinato. Na internet, intensificou-se uma campanha contra ela, chegando a ser acusada – inclusive – de cumplicidade com o crime organizado.

Contudo, sua história esconde outros detalhes até agora pouco conhecidos. Aprendeu muito de seu ativismo social na Pastoral da Juventude, na qual participou durante anos. Afrodescendente, era mãe solteira. Embora tivesse se tornado um ícone dos grupos lésbico-gay, ainda se sentia parte da Igreja católica. Para além de suas vicissitudes pessoais, mantinha sua fé. Era devota de São Jorge, como demonstram suas várias fotos com esse santo e com imagens de Nossa Senhora, que chegaram – inclusive – ao Papa Francisco. Sua mãe, devota de Nossa Senhora Aparecida, foi ministra da eucaristia.

Para dizer a verdade, muitos católicos também aplaudiram o gesto de proximidade do cardeal Tempesta com sua família. Tanto dentro como fora da Igreja, sua causa e suas lutas geravam divisão. No entanto, conforme explicou Frei Betto, dominicano brasileiro e referência da Teologia da Libertação, em um artigo publicado no jornal O Globo: “Jesus jamais discriminou pessoas que não aceitavam ou viviam em contraposição aos valores que ele pregava. Acolheu o centurião romano, defendeu a mulher adúltera, valorizou o gesto afetuoso da prostituta que lhe perfumou os pés, aceitou entrar na casa do opressor Zaqueu”.

E Padre Gegê, um famoso blogueiro, refletiu: “Há momentos em que o mundo não quer ver uma Igreja de direita ou de esquerda. Tais classificações não importam em casos de suprema dor. Há momentos cruciais da história em que o mundo espera que a Igreja seja exclusivamente mãe de piedade, de carne e osso. E disso dependerá, inclusive, sua credibilidade enquanto sacramento do amor incondicional, misericordioso e lacrimoso do Deus que não faz distinção de pessoas. Diante do sangue derramado, todas as diferenças ou divergências saem de cena e entra o coração sangrante da Igreja misericordiosa, e por isso capaz de se lançar diante do corpo caído, sujar suas brancas vestimentas de sangue e chorar”.

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