Dez coisas que o Papa Francisco propõe aos sacerdotes: o presente papal da Quinta-Feira Santa

Foto: Vatican Media

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

31 Março 2018

No fim da Missa do Crisma, o pontífice presenteou a todos os concelebrantes e aos diáconos uma cópia do livro do jesuíta argentino Diego Fares, Dieci cose che papa Francesco propone ai sacerdoti [Dez coisas que o Papa Francisco propõe aos sacerdotes] (Milão: Àncora, 2018, 95 páginas; tradução da edição espanhola inserida pelas Publicaciones Claretianas de Madri na coleção “Papa Francisco”.

A nota é do jornal L’Osservatore Romano, 29-03-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O livrinho reúne e comenta 10 recomendações práticas e espirituais que são particularmente caras ao papa. Algumas delas, explica o jesuíta argentino, autor da coleção, “são expressadas com a fórmula ‘não percam’”, trata-se de “um modo de aconselhar na perspectiva da graça, não na do dever ser”.

(Foto: Divulgação)

Parte-se do “Ofereçam o ombro, metam o coração”, para chegar às duas últimas exortações: “Falem ao coração das pessoas” e “O bom sacerdote é reconhecido pelo modo como seu povo é ungido”.

Publicamos a carta de agradecimento escrita por Francisco ao Pe. Fares e relatada no início do volume.

Eis o texto.

Caro Diego

Obrigado pelo teu livro “Dez coisas que o Papa Francisco propõe aos sacerdotes”, em que tu refletes sobre alguns dos meus desejos e sugestões, aqueles que vêm espontaneamente do coração quando um bispo fala com seus sacerdotes. Sinto que o livro é fruto de anos de acompanhamento de tantos padres, na Argentina e aqui em Roma; anos de escuta, de Exercícios dados, de ajuda a discernir...

Parece-me uma coisa boa que, no centro do ministério sacerdotal, ponha-se o “não perder o zelo apostólico”. Sempre acreditei que essa é a grande graça do Espírito para a Igreja e para seus pastores: sair com coragem pelas ruas, nas periferias, onde tantos irmãos precisam provar a alegria do evangelho, que Deus é Pai misericordioso e que realmente não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos.

A Virgem e São José, que te protegem, te abençoem na tua missão na Civiltà Cattolica para que tu continues nos ajudando a descobrir o rosto de Jesus no rosto e na vida dos mais pobres, como aqueles que tu acompanhava em El Hogar de San José.

Possam as “Dez coisas” fazer o bem, e que o Senhor o multiplique, suscitando novas vocações sacerdotais no meio do seu povo, faminto de pastores que cuidem dele e o curem, alimentem-no, consolem-no e guiem-no nos caminhos do Espírito.

Não esqueças de rezar por mim.

Fraternalmente,

Francisco

Leia mais