Barbárie. Políticos relativizam ou incentivam violência contra caravana de Lula

Mais Lidos

  • Vattimo, cristianismo, a verdade. Artigo de Flavio Lazzarin

    LER MAIS
  • “Devemos redescobrir Deus através do mistério”. Entrevista com Timothy Radcliffe

    LER MAIS
  • Os de cima vêm com tudo. Artigo de Raúl Zibechi

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

28 Março 2018

Alckmin e Doria culparam o PT pelo episódio que teve disparos contra ônibus com jornalistas. A senadora Ana Amélia elogiou ovadas no RS.

Os tucanos de São Paulo não se impressionaram com os tiros. Ana Amélia elogiou ovadas (Foto: GOVESP, PresidenciaPy e Edilson Rodrigues / Agência Senado)

Ônibus que acompanham a caravana de Lula pelo Sul do País foram alvos de ao menos três tiros na noite de terça-feira 27, na saída da cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná. A perícia policial já confirmou que houve disparos de arma de fogo nos ataques aos ônibus da caravana. Um dos veículos alvejados era ocupado por jornalistas que cobrem a agenda do ex-presidente.

As informações são publicadas por CartaCapital, 28-03-2018.

Nem o absurdo episódio parece ter despertado a preocupação de alguns políticos brasileiros com a escalada de violência contra a caravana. O presidenciável tucano Geraldo Alckmin e o futuro ex-prefeito e pré-candidato a governador João Doria preferiram culpar o PT pelo ocorrido.

Alckmin afirmou que os petistas "colheram o que plantaram", pouco antes de assistir à pré-estreia de "Nada a Perder", cinebiografia do bispo Edir Macedo. Segundo o pré-candidato do PSDB à presidência, integrantes do partido sempre partem para dividir o País e acabaram "sendo vítimas" da polarização que criaram.

Doria seguiu a mesma linha. "O PT sempre utilizou da violência, agora sofreu da própria violência", disse o prefeito. Ele afirmou que não recomenda ovos, mas sim "a prisão" do ex-presidente. O chefe do Executivo paulistano já foi alvo de uma ovada em um evento em Salvador.

Enquanto os tucanos de São Paulo relativizam a violência, a senadora Ana Amélia incentivou os manifestantes no Rio Grande do Sul, ponto de partida da caravana de Lula. Em um encontro do PP para definir a candidatura do governo ao Rio Grande do Sul, a parlamentar elogiou os atos de manifestantes contra o ex-presidente.

"Penso que nós, o Rio Grande, sabemos fazer política de maneira respeitosa, atirar ovo, levantar relho, é para mostrar onde estamos nós, onde estão os gaúchos.", discursou. "Por isso que hoje quero cumprimentar Bagé, Santa Maria, Passo Fundo, Santana do Livramento, que botou a correr aquele povo que foi lá levando um condenado.

Registros de episódios de violência na Caravana não têm sido incomuns. O PT relatou espancamentos de militantes. No Facebook, há fotos de cidadãos sendo chicoteados por grupos extremistas. A caravana é frequentemente alvo de ovos e pedras.

Pregos também foram jogados na estrada para furar os pneus dos ônibus. "A nossa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas. Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus", afirmou Lula pelo Twitter.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Barbárie. Políticos relativizam ou incentivam violência contra caravana de Lula - Instituto Humanitas Unisinos - IHU