01 Março 2018
O Papa Francisco visitará Genebra na quinta-feira, 21 de junho, de acordo com as autoridades suíças, que, lideradas pelo presidente, Alain Berset, se encontraram com o pontífice. O Papa Francisco também foi convidado a visitar o quartel-general do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), para participar das conversações sobre uma iniciativa de paz para a Síria. O Conselho celebra seus 70 anos de existência, desde sua fundação em 1948. Atualmente, ele possui 349 Igrejas e comunidades-membro, a maioria ortodoxas.
A reportagem é de Luis Badilla, publicada por Il Sismografo, 28-02-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O Conselho Ecumênico de Igrejas (CEC) – também conhecido como Conselho Mundial de Igrejas (CMC), a partir da denominação em inglês, World Council of Churches (WCC) – é o principal órgão que se ocupa do diálogo entre as diversas Igrejas cristãs no mundo.
Ele se descreve como uma “comunidade fraterna de Igrejas que confessam o Senhor Jesus Cristo como Deus e Salvador, de acordo com as Escrituras, e se esforçam para responder juntas à sua vocação comum para a glória de um único Deus, Pai, Filho e Espírito Santo” (Constituições do CEC, art. 1).
O CEC foi fundado em 1948 e tem sede em Genebra (Suíça). Neste momento, conta com 349 membros de todas as principais tradições cristãs, principalmente protestantes, anglicanas e ortodoxas. A Igreja Católica participa como “observadora”, enquanto é membro pleno da comissão “Fé e Constituição”.
O objetivo do CEC é caminhar rumo à unidade visível em uma única fé e em uma única comunidade eucarística, expressada no culto e na vida comum em Cristo. O CEC não tem o objetivo de (nem pensa em) ser uma “sobre-Igreja”, querendo manter em seu interior uma dialética aberta e conciliada, e decidindo cada uma de suas escolhas com o método do consenso.
O pastor Olav Fytske Tveit é o atual secretário-geral do WCC.
É preciso lembrar que o Papa São João Paulo II visitou o Conselho Ecumênico das Igrejas em 12 de junho de 1984, durante sua visita pastoral à Confederação Helvética. Em seu discurso há 34 anos, o Papa Wojtyla enfatizou: “A Igreja Católica e as Igrejas-membro do Conselho Ecumênico das Igrejas têm uma longa história em comum; compartilham a recordação dolorosa de separações dramáticas e de polêmicas recíprocas que feriram profundamente a unidade. No decorrer dessa história comum, nunca deixamos de ter em comum muitos desses elementos, ou bens, com os quais a Igreja se edifica e pelos quais é vivificada (cf. Unitatis Redintegratio, 3).
Essa história, hoje em dia, torna-se a da redescoberta da comunhão incompleta, mas real, que existe entre nós; todos os elementos que compõem, ou deveriam compor essa comunhão, estão progressivamente situados na sua justa perspectiva, com todas as consequências que essa nova percepção implica para a colaboração entre nós e para o testemunho comum”. A íntegra do discurso, em italiano, está disponível aqui.
Antes ainda da visita do Papa Wojtyla, Paulo VI também havia visitado o Conselho Ecumênico das Igrejas, em 10 de junho de 1969, quatro anos após o encerramento do Concílio Vaticano II. O discurso do Papa Montini, em italiano, está disponível aqui.
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Papa Francisco visitará Genebra em junho - Instituto Humanitas Unisinos - IHU