03 Fevereiro 2018
Dois dias após a divulgação de que o Papa enviou Charles J. Scicluna ao Chile para ouvir as vítimas dos abusos supostamente acobertados por Juan Barros, os denunciantes do bispo de Osorno apresentaram condições para participar da investigação vaticana.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 01-02-2018. A tradução é do Cepat.
O porta-voz da plataforma de Leigos de Osorno, Juan Carlos Claret, anunciou que sua organização colaborará com o enviado papal “apenas se forem cumpridas certas condições”.
Claret admitiu que a notícia “foi uma surpresa”, pois “o Papa havia dado por encerrado o assunto quando primeiro disse que tudo eram calúnias”.
E quais são essas condições? “Em primeiro lugar - apontou Claret -, que haja autonomia do investigador, e que o arcebispo de Malta possa vir a divergir do que o Papa pensa de Barros”. Em segundo lugar, acrescentou, “que o resultado da investigação seja divulgado e não fique em um documento guardado na Cidade do Vaticano”.
Do mesmo modo, Claret reivindicou “que se garanta a bilateralidade, de modo que se permita falar por igual as vítimas de Karadima e todos aqueles que possam contribuir com algo, razão pela qual a visita não tem que ser pautada de antemão”.
Finalmente, os leigos de Osorno reivindicaram a “confidencialidade dos depoimentos” daqueles que queiram declarar sob o guarda-chuva do anonimato.
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Chile. Denunciantes de Barros exigem “condições” para participar da investigação papal - Instituto Humanitas Unisinos - IHU