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Crise dos abusos sexuais. Defesa de Papa a bispo demonstra que ele não a entende

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29 Janeiro 2018

“Ao ignorar e deixar de lado as vozes das vítimas e de outros que estão com raiva da ação da Igreja em relação a casos de abuso, Francisco está deixando mais difícil para a Igreja Católica lidar com um problema que se tornou o que define nossa época”, escreve Michael McVeigh, editor de uma revista católica australiana e editor da Jesuit Communications, em artigo publicado por La Croix International, 27-01-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

Segundo ele, “nós, católicos, não podemos escolher quem nos conduz, mas todos nós escolhemos a quem seguir. Se os líderes da Igreja estão ausentes ou não são confiáveis para liderar, as pessoas vão parar de ouvi-los. E certamente, em muitos casos, já pararam. Essa é uma questão que o Papa Francisco não pode ignorar”.

Eis o artigo.

Até pouco tempo atrás, o Papa Francisco parecia 'entender' a situação ao responder à crise de abusos. Ele se reuniu com vítimas em vários países e chegou a escrever o prefácio de um livro escrito por uma delas. Lançou a Pontifícia Comissão dos Menores e garantiu que as vítimas tivessem voz na referida comissão.

Mas eventos recentes levantaram dúvidas sobre se Francisco realmente 'entende'. A comissão perdeu seus dois representantes das vítimas: primeiro Peter Saunders e depois Marie Collins, que saiu no ano passado. O mandato da comissão expirou em dezembro, sem nenhuma palavra dita sobre o que pode acontecer no futuro. E, mais recentemente, o Papa tentou defender um bispo chileno acusado de encobrir os abusos, acusando as vítimas de difamação.

Durante sua visita de três dias ao Chile, Francisco enfrentou protestos de vítimas de abuso e ativistas irritados por ter nomeado, em 2015, o bispo Juan Barros para a Diocese de Osorno. Barros foi acusado de encobrir os crimes de seu amigo, o padre Fernando Karadima, condenado por abuso por um tribunal do Vaticano em 2011. Barros insistiu que não sabia nem havia suspeitado de nada.

O Vaticano defendeu a nomeação de Barros por diversas vezes, mas o fato era sempre levantado nas visitas do Papa. Perguntado sobre a questão em seu último dia no Chile, o Papa respondeu: 'no dia em que me apresentarem uma prova contra bispo Barros, eu falo. Não há uma única prova contra ele. É tudo calúnia. Está claro?'

A resposta enfureceu vítimas e ativistas em todo o mundo. Uma das vítimas de Karadima, Juan Carlos Cruz, tuitou: 'Como se eu pudesse ter tirado uma foto ou uma selfie enquanto Karadima abusava de mim e de outros e Juan Barros ficava por perto assistindo a tudo... O pontífice fala de expiação às vítimas. Nada mudou, e seu pedido de perdão é vazio.'

Os comentários mais uma vez deixaram as vítimas de abuso e seus apoiadores contra a Igreja Católica. Francisco emitiu um pedido de desculpas pelo 'tapa na cara' das vítimas, mas continuou defendendo Barros, pedindo que 'provas' fossem apresentadas. Neste caso, ao que parece, a palavra das vítimas não é prova suficiente.

Na Austrália, os comentários do Papa vêm num momento particularmente ruim, já que a Igreja está com dificuldades de manter sua credibilidade após o relatório final da Comissão Real. No país, os bispos católicos também estão desacreditados pela alegação de envolvimento em abusos históricos.

O arcebispo de Adelaide, Philip Wilson, enfrenta julgamento por encobrir casos de abuso sexual em Newcastle, enquanto o cardeal George Pell enfrenta acusações ter cometido de abuso sexual em Melbourne. Pell tirou licença de seus cargos do Vaticano para se defender das acusações. No entanto, Wilson permanece em seu cargo em Adelaide.

Para além da questão da culpa de Barros, Pell ou Wilson, está a questão de como a liderança moral pode ser exercida quando um líder da Igreja está sob uma nuvem de suspeita como essa. Uma coisa é a Igreja oferecer apoio àqueles que estão determinados a se defender contra alegações e permitir que o sistema judiciário faça o seu trabalho. Mas há uma questão prática para a Igreja em relação a como uma pessoa pode ser uma figura pública credível quando o público já não confia no que tem a dizer.

A Comissão Real destacou muitas falhas de administração que contribuíram para a resposta terrível da Igreja aos casos de abuso sexual clerical. A Igreja Católica precisa de líderes que 'entendam' o que se passa. Seus líderes precisam ser capazes de se envolver com as vítimas, ouvir o impacto que o abuso teve sobre elas e inspirarem confiança para entender a traição, a raiva e a tristeza que a questão desperta. Mas o comprometimento de seus líderes é tal que as vítimas nem mesmo falam com eles, a tarefa é impossível.

Assim como a Comissão Real, e crises semelhantes em outras partes do mundo, a tarefa urgente da Igreja é reconstruir a confiança. Uma administração aberta, transparente e responsável é uma obrigação — principalmente quando se trata da resposta a casos de abuso. A confiança não vai ser reconstruída por uma hierarquia religiosa obscura seguindo sua forma obscura de agir. A confiança não vai ser reconstruída se escondendo e insistindo em agir 'como sempre', enquanto muitos dos seus líderes atuais enfrentam questionamentos sobre terem sido cúmplices em falhas da Igreja.

Ao ignorar e deixar de lado as vozes das vítimas e de outros que estão com raiva da ação da Igreja em relação a casos de abuso, Francisco está deixando mais difícil para a Igreja Católica lidar com um problema que se tornou o que define nossa época.

Ninguém sugeriria que as pessoas que foram acusadas de cometer abuso ou encobrir os abusadores não merecem o direito de responder às acusações contra eles e continuar no ministério caso sejam comprovadamente falsas. A questão é se são as pessoas certas para liderar a saída da Igreja da crise atual ou a Igreja precisa de uma nova geração de líderes, mais capazes de restabelecer a confiança.

Nós, católicos, não podemos escolher quem nos conduz, mas todos nós escolhemos a quem seguir. Se os líderes da Igreja estão ausentes ou não são confiáveis para liderar, as pessoas vão parar de ouvi-los. E certamente, em muitos casos, já pararam. Essa é uma questão que o Papa Francisco não pode ignorar.

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