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Antes de Pelé e samba, Aparecida ajudou a dar uma cara ao Brasil

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12 Outubro 2017

"Ao longo de 300 anos, por muito mais tempo que a bandeira nacional, o hino, o samba e o futebol, Aparecida tem sido um símbolo profundamente sólido e revelador da nossa identidade brasileira. Ter ficado negra, ter sido roubada e cobiçada pelos políticos acabou fazendo da santinha que renasceu das cinzas, mais ainda, a cara do Brasil" escreve Rodrigo Alvarez, autor de "Aparecida: A Biografia da Santa que Perdeu a Cabeça, Ficou Negra, Foi Roubada, Cobiçada pelos Políticos e Conquistou o Brasil", em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 11-10-2017.

Eis o artigo.

Para entender Aparecida precisamos despi-la.

Ela não nasceu com ouro nem diamantes sobre a cabeça; não tinha roupas de rainha nem os títulos de nobreza que a consagraram no lugar mais alto da fé brasileira. Foi abusada pelos corruptos, explorada politicamente, atacada com violência e, depois, quase por um milagre, ganhou uma cabeça nova e foi colocada num cofre blindado.

Quando foi achada, três séculos atrás, a santinha de barro já era a cara do país que ainda nem se chamava Brasil: o material pouco nobre, o pescoço quebrado, o nariz sem pedaços, sem a cabeleira que agora lhe escorre pelo pescoço e sem muita perspectiva de sobrevivência. Mas, aos poucos, a santinha foi ganhando fama de milagrosa. O povo começou a deixar-lhe doações cada vez maiores. A igreja acordou e abraçou aquele culto proibido que atraía multidões à casa de um pescador.

Quando o império se apoderou das igrejas, corruptos indicados pelo imperador para a tesouraria da capela meteram tanto suas mãos no cofre da santa que por mais de meio século faltava dinheiro até para uma pequena reforma.

De corpo e alma, Aparecida foi se tornando ainda mais brasileira do que no dia em que saiu de um forno de barro.

No Século 19, ganhou da princesa Isabel a coroa de rainha. Era como se a princesa lhe dissesse "tome aquilo que jamais poderei usar". Quando fez-se a República e o Estado resolveu se livrar da Igreja, os padres revidaram: fizeram de Aparecida, em 1904, a única monarca da nossa história.

Quando o ditador Getúlio Vargas quis a Igreja de novo por perto, em 1931, Aparecida percorreu as ruas do Rio e foi feita Padroeira do Brasil – no mesmo ano ergueu-se um Cristo de concreto no Corcovado. Mas Getúlio não era religioso e não soube o que fazer com a santa nas mãos. Até que um bispo lhe soprou baixinho: "É pra beijar!". A Igreja voltava a trocar beijos com o governo. E a intercessão de Aparecida era providencial.

Três décadas depois, nos tempos de João Goulart, os padres de Aparecida morriam de medo do comunismo. Após comício a favor do presidente, disseram que ali estava "a fina flor da canalha esquerdista do Brasil". Às vésperas do golpe militar, receberam de braços abertos o deputado Ranieri Mazzili, que rezou aos pés da santa e chegou a ser presidente por alguns dias.

Quando enfim derrubaram a democracia, os militares logo perceberam a força de Aparecida como símbolo nacional e resolveram também pedir uma ajudinha. O presidente Médici pagou por algumas obras no santuário e ofereceu aos padres uma peregrinação nacional. Em troca, daria à santa o título de "generalíssima das Forças Armadas".

Aparecida foi usada pelos milicos com a falta de escrúpulo que lhes era habitual. Mas os padres fizeram vista grossa: somando a ajuda do governo às doações dos fiéis, estavam construindo a segunda maior basílica do mundo, e durante as inúmeras viagens promovidas pela ditadura, a santa tinha se tornado muito mais famosa.

Depois, o arcebispo de Aparecida acabou se juntando ao grupo de bispos que denunciou as atrocidades cometidas pelos militares.

Em 1978, num dia de enorme tempestade, um rapaz com distúrbio mental invadiu a basílica, arrancou Aparecida do altar e na fuga acabou deixando que ela caísse (ou foi de propósito?). A santinha precisou ser reconstruída e ganhou uma cabeça nova –que só guardou alguns pedaços pequenos e farelos da imagem original. Ironicamente, foi uma cola argentina que salvou a nossa padroeira.

Desde então, Aparecida nunca mais saiu em peregrinação. E o papa João Paulo II inaugurou a tradição de visitá-la e beijá-la, repetindo o gesto dos primeiros fiéis, que entravam escondidos na capela para fazer procissões noturnas, erguer e beijar a santa.

Ao longo de 300 anos, por muito mais tempo que a bandeira nacional, o hino, o samba e o futebol, Aparecida tem sido um símbolo profundamente sólido e revelador da nossa identidade brasileira. Ter ficado negra, ter sido roubada e cobiçada pelos políticos acabou fazendo da santinha que renasceu das cinzas, mais ainda, a cara do Brasil.

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