Comissão Luterano-Católica, marco do movimento ecumênico

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26 Julho 2017

Um apreço pelos 50 anos de fecundo trabalho desenvolvido em favor da superação das divisões e pela promoção do diálogo entre cristãos foi expressado pelo secretário-geral da Federação Luterana Mundial, Martin Junge, à Comissão Luterano-Católica, reunida nestes dias em Varsóvia, na Polônia.

A reportagem foi publicada por L’Osservatore Romano, 25-07-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Através de uma carta divulgada nos últimos dias, o secretário-geral destacou que o trabalho da comissão produziu inúmeros documentos importantes que têm sido um dom precioso para todo o movimento ecumênico e exortou o órgão a permanecer concentrado no chamado de Deus à unidade da Igreja.

“A nossa tarefa, como teólogos e pastores – afirma a carta –, nunca deveria ser o de fornecer explicações sobre por que a unidade ainda não foi possível. A nossa tarefa é a de remover, criativa e corajosamente, todos aqueles obstáculos que ainda nos impedem de gozar do dom da unidade.”

Junge expressou a sua gratidão tanto aos luteranos quanto aos católicos: ambos se empenharam, particularmente e ainda mais arduamente, na aproximação do quinto centenário da Reforma. “Décadas de diálogo ecumênico, encontros imbuídos de oração e serviço apaixonado conjunto pelas pessoas afligidas no mundo trouxeram confiança – escreveu Junge –, compreensão recíproca e um substancial consenso sobre os temas fundamentais da fé.”

O líder religioso luterano, depois, expressou gratidão à comissão, “que se inspirou no seu diálogo sobre o batismo para publicar ‘Do conflito à comunhão’, a história da Reforma contada pelos luteranos e pelos católicos romanos, agora traduzida para 15 idiomas. Esse desejo de traduzir o relatório em várias línguas – acrescentou Junge – mostra a sua importância fundamental ao enquadrar e oferecer abordagens ecumênicas ao aniversário da Reforma tanto aos luteranos quanto aos católicos”.

O documento “Do conflito à comunhão”, além disso”, “forneceu uma boa abordagem para as celebrações do aniversário da Reforma, em particular para a oração ecumênica em Lund, com o Papa Francisco. A comemoração conjunta – concluiu Junge – representa um verdadeiro marco na relação luterano-católica, profundamente fundamentada no discernimento teológico e que, semelhante a outros marcos anteriores na história, provavelmente mostrará todo o seu pleno potencial e as suas possibilidades nos próximos anos”.

Participaram das celebrações do 50º aniversário do diálogo internacional, dentre outros, o arcebispo emérito de Opole, Dom Alfons Nossol, ex-membro da comissão, e o bispo luterano polonês Jerzy Samiec.

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