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17 Março 2017

“Comigo não funcionou mesmo: fiquei torcendo pelos japoneses – e não pelos "cristãos" convertidos e perseguidos, mas pelos homens do xogum, a começar pelo próprio inquisidor, que me pareceu muito mais razoável e generoso que seu correspondente europeu”, escreve Contardo Calligaris, psicanalista, ao comentar o filme Silêncio, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 16-03-2017.

Eis o artigo.

Assisti a "Silêncio" porque tenho um grande apreço por Martin Scorsese. Imaginava que o filme tratasse do consternador silêncio de Deus – um mistério que pode nos desesperar ou nos enlouquecer, levando-nos a interpretar qualquer coisa como um sinal dele. Lembro-me que, quando era criança, eu não parava de desafiá-Lo: "Manifeste-se, ou, então, pararei de acreditar em Você". Óbvio que Ele não ia responder – ainda menos com minha ameaça mesquinha.

Enfim, no filme de Scorsese trata-se de três missionários jesuítas portugueses que foram ao Japão por volta de 1600. O primeiro, Ferreira, é engolido pelo país: não se sabe mais nada dele. Os dois outros, que foram seus alunos, saem para o Japão (que, naquela altura, era um lugar perigoso para os cristãos) para procurar seu antigo mentor.

Alguns fatos, para situar a história. Os jesuítas chegaram ao Japão em 1543 e se deram bem: converteram vários Senhores ("daimyos") influentes e chegaram a reunir um rebanho de 300 mil fiéis. Claro, os senhores se convertiam (e levavam seus súditos consigo) para afirmar sua independência do poder central. Portanto não foi uma surpresa quando, em 1614, o xogum jogou os missionários para fora e começou a perseguir os cristãos japoneses: ele queria reunificar o país e também receava que os missionários fossem agentes comerciais de Portugal e outras potências europeias.

É nesse momento que padre Ferreira some. Um pouco mais tarde, nomeio das perseguições, chegam os dois jovens jesuítas à procura dele.

João Pereira Coutinho (na terça passada, neste espaço) declarou-se tocado, se não pelo filme, ao menos pelo romance que o inspira. Comigo não funcionou mesmo: fiquei torcendo pelos japoneses – e não pelos "cristãos" convertidos e perseguidos, mas pelos homens do xogum, a começar pelo próprio inquisidor, que me pareceu muito mais razoável e generoso que seu correspondente europeu.

Tente imaginar o que teria acontecido se, em 1550, desembarcassem, em Lisboa, umas dezenas de monges budistas querendo converter o povo. Naquela época, católicos e protestantes se massacravam sem que se precisasse nem sequer propor deuses diferentes – gostar ou não gostar do papa era suficiente. No Campo dei Fiori, para Giordano Bruno em Roma, queimavam-se dissidentes, cientistas e pensadores como se fosse São João.

Ou seja, diferentemente do que aconteceu com os jesuítas no Japão, os monges budistas em Lisboa teriam sido queimados vivos assim que pusessem o pé na terra firme. E os jesuítas não tinham como não ter consciência dessa diferença.
Também considere o seguinte: os jesuítas que chegaram ao Brasil naquele período, de Manoel da Nóbrega a Antonio Vieira, eram homens formados em filosofia e teologia, de tamanha cultura e sensibilidade que eles (Vieira, especialmente) enxergavam e apreciavam a cultura do outro que eles tentavam "cristianizar". Isso, por mais que essa cultura parecesse "primitiva", ou seja, sem escrita, sem expressão artística, sem centros urbanos, instituições de ensino etc.

Como, então, jesuítas portugueses do século 16-17, com uma formação parecida à de Vieira e Nóbrega, não seriam seduzidos pela extraordinária cultura do Japão e pelo próprio budismo – o qual, aliás, lhes deixara durante 50 anos uma liberdade de pregar que seria impensável na Europa?

E há mais: como os missionários da história podiam pensar que as conversões dos deserdados japoneses, sem língua comum, no mal-entendido, sem catequese, contariam para alguma coisa? Como não pensariam que eles estavam propagando um cristianismo de pacotilha? Se fossem incultos, ainda daria para acreditar, mas jesuítas?

Para medir o que "Silêncio" tem de inverossímil, bastaria se debruçar sobre o destino dos jesuítas na China, onde eles se aculturaram até ocupar posições de destaque na sociedade local.

Em suma, no filme de Scorsese, foi difícil para mim enxergar o drama ou a tragédia, simplesmente porque aposto que Ferreira deve ter achado o Japão muito mais civilizado do que o Portugal e a Europa de seu tempo. Acho que ele decidiu ficar por lá.

E que seus descendentes abriram os primeiros restaurantes japoneses de Nova York, assim como aqueles maravilhosos antiquários de Londres e Paris, que vendem os "netsukes" do período Edo, que Ferreira deve ter começado a colecionar na época.

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