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Por: André | 22 Julho 2016

“Como admite a contragosto um novo e emergente consenso no establishment, a globalização acentua a divisão de classes entre, de um lado, os que detêm o preparo e os recursos para tirar proveito dos mercados mundiais e, de outro, os demais. Clivagens de renda e de classe, em contraste com cisões fundadas em identidade – com base em raça, etnia ou religião –, tradicionalmente fortalecem a esquerda política”, analisa Dani Rodrik, em artigo publicado por Outra Mirada, 19-07-2016. A tradução é de André Langer.

E se pergunta: “Então, por que a esquerda foi incapaz de articular uma contestação política significativa à globalização?”

Dani Rodrik é professor de economia política internacional na Universidade de Harvard.

Eis o artigo.

Enquanto o mundo está atordoado com a comoção do Brexit, economistas e políticos começam a se dar conta de que subestimaram substancialmente a fragilidade política da atual forma de globalização. A revolta popular que parece estar em andamento está assumindo diversas e complicadas formas: reafirmação de identidades locais e nacionais, demanda por maior controle e responsabilização democráticas, rejeição a partidos políticos centristas e desconfiança em relação às elites e especialistas.

Essa reação era previsível. Alguns economistas (entre os quais me incluo) de fato advertimos sobre as consequências de levar a globalização econômica para além dos limites das instituições que regulamentam, estabilizam e legitimam os mercados. A hiperglobalização do comércio e das finanças, destinada a criar mercados mundiais perfeitamente integrados, desagregou as sociedades nacionais.

Mas o que mais surpreende é, inquestionavelmente, a guinada para a direita pela qual se expressou a reação no campo político. Na Europa, são predominantemente nacionalistas e populistas nativistas que ascenderam à proeminência, tendo a esquerda avançado somente em alguns países, como Grécia e Espanha. Nos Estados Unidos, Donald Trump, um demagogo de direita, conseguiu ocupar o espaço do establishment republicano, ao passo que o esquerdista Bernie Sanders foi incapaz de predominar sobre a centrista Hillary Clinton.

Como admite a contragosto um novo e emergente consenso no establishment, a globalização acentua a divisão de classes entre, de um lado, os que detêm o preparo e os recursos para tirar proveito dos mercados mundiais e, de outro, os demais. Clivagens de renda e de classe, em contraste com cisões fundadas em identidade – com base em raça, etnia ou religião –, tradicionalmente fortalecem a esquerda política. Então, por que a esquerda foi incapaz de articular uma contestação política significativa à globalização?

Uma resposta tem a ver com o fato de que a imigração ofuscou outros "choques" globalizantes. A percepção de ameaça da entrada de grandes contingentes de migrantes e refugiados de países pobres com diferentes tradições culturais agrava clivagens de identidade que os políticos de extrema-direita estão excepcionalmente bem posicionados para explorar. Portanto, não é de surpreender que políticos de direita – de Trump a Marine Le Pen – envolvam suas mensagens de reafirmação nacional com elevada dose de simbolismo antimuçulmano.

As democracias latino-americanas constituem um contraste revelador. Esses países vivenciaram a globalização como um choque nos terrenos do comércio e do investimento estrangeiro, e não como um choque imigratório. A globalização tornou-se sinônimo das políticas do denominado Consenso de Washington e de abertura financeira. Assim, a reação populista na América Latina – no Brasil, Bolívia, Equador e, mais desastrosamente, na Venezuela – assumiu uma forma esquerdista.

A história é similar nas duas principais exceções ao ressurgimento da direita na Europa: Grécia e Espanha. Na Grécia, a cisão política foi a política de austeridade imposta pelas instituições europeias e pelo Fundo Monetário Internacional. Na Espanha, a maioria dos imigrantes até recentemente vinha de países latino-americanos culturalmente semelhantes. Nesses dois países, faltou à extrema-direita o terreno fértil de que dispunha em outros lugares.

Mas a experiência na América Latina e no Sul da Europa revela, talvez, a maior debilidade da esquerda: a ausência de um programa claro para remodelar o capitalismo e a globalização focando o século XXI. Do Syriza na Grécia ao Partido dos Trabalhadores no Brasil, a esquerda não conseguiu criar ideias economicamente viáveis e politicamente populares, além das políticas mitigadoras, como as de transferências de renda.

Grande parte da culpa é dos economistas e tecnocratas de esquerda. Em vez de contribuir para esse tipo de programa, eles cederam muito facilmente ao fundamentalismo de mercado e incorporaram seus princípios centrais. Pior ainda: lideraram o movimento de hiperglobalização.

A entronização da livre mobilidade de capitais (especialmente do tipo de curto prazo) como norma de política governamental pela União Europeia, pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pelo FMI foi, sem dúvida, a decisão mais crucial para a economia mundial nas últimas décadas. Como mostrou Rawi Abdelal, professor na Harvard Business School, esse esforço foi liderado, no fim dos anos 1980 e início da década de 1990, não pelos ideólogos do livre mercado, mas por tecnocratas franceses como Jacques Delors (da Comissão Europeia) e Henri Chavranski (na OCDE), intimamente associados ao Partido Socialista na França. Da mesma forma, nos Estados Unidos, foram tecnocratas associados ao Partido Democrata, mais keynesiano, como Lawrence Summers, que lideraram a iniciativa por desregulamentação financeira.

Tecnocratas socialistas franceses parecem ter concluído, a partir da fracassada experiência de Mitterrand com o keynesianismo no início de 1980, que a gestão econômica nacional já não era mais possível, e que não havia nenhuma alternativa real à globalização financeira. O melhor que poderia ser feito era estabelecer normas em âmbito europeu e mundial, em vez de permitir que os países poderosos como a Alemanha ou os Estados Unidos impusessem suas próprias regras.

A boa notícia é que o vácuo intelectual da esquerda está sendo preenchido, e não há mais nenhuma razão para acreditar na tirania da falta de alternativas. Os políticos de esquerda têm cada vez menos razões para não recorrer a um "respeitável" poder de fogo acadêmico em economia.

Considere apenas alguns exemplos: Anat Admati e Simon Johnson têm defendido reformas bancárias radicais; Thomas Piketty e Tony Atkinson propuseram um amplo cardápio de políticas para lidar com a desigualdade em nível nacional; Mariana Mazzucato e Ha-Joon Chang escreveram criativamente sobre como mobilizar o setor público para promover inovação inclusiva; Joseph Stiglitz e José Antonio Ocampo propuseram reformas mundiais; Brad DeLong, Jeffrey Sachs e Lawrence Summers (o próprio!) têm argumentado em favor de investimento público de longo prazo em infraestrutura e na economia verde. Existem elementos suficientes aqui para construir uma resposta econômica programática da esquerda.

A diferença crucial entre a direita e a esquerda é que a direita prospera ao aprofundar divisões na sociedade ("nós" contra "eles") enquanto a esquerda, quando bem sucedida, supera estas clivagens mediante reformas que representam pontes. Daí o paradoxo de que as ondas anteriores de reformas de esquerda (o keynesianismo, social-democracia, estado de bem-estar) salvaram o capitalismo de si mesmo e, na prática, tornaram a si mesmas supérfluas. Na ausência de renovada resposta, o campo ficará aberto para populistas e grupos de extrema-direita, que levarão o mundo – como sempre – a divisões mais profundas e conflitos mais frequentes.


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