Por: Jonas | 22 Fevereiro 2016
O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, respondeu a um comentário feito pelo papa Francisco a seu respeito, quando o chamou de “não cristão” por causa de suas posturas sobre a imigração e a elevação de muros. E acrescentou que o Sumo Pontífice desejaria que ele fosse presidente se o Estado Islâmico atacasse o Vaticano.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 19-02-2016. A tradução é do Cepat.
“Se (por acaso) o Vaticano for atacado pelo Estado Islâmico, que, como todos sabem, é o troféu mais procurado pelo ISIS, eu tenho certeza que o Papa desejaria e rezaria para que Donald Trump tivesse se tornado presidente”, comentou em um discurso na Carolina do Sul.
O aspirante republicano à presidência dos Estados Unidos também qualificou como “vergonhoso” o comentário do papa Francisco, que afirmou que o milionário não pode se proclamar “cristão” por sua promessa de construir muros contra os imigrantes.
“Que um líder religioso questione a fé de alguém é vergonhoso”, escreveu Trump em um comunicado, poucos minutos depois que o Pontífice se referiu ao magnata, no voo após sua visita ao México.
Segundo Trump, que lidera as pesquisas internas do Partido Republicano, “o governo mexicano e sua liderança fizeram vários comentários degradantes sobre mim ao Papa, porque querem continuar caloteando os Estados Unidos, no comércio e na fronteira, e sabem que eu me dei conta”.
Francisco declarou em seu avião de retorno a Roma, que “uma pessoa que quer construir muros e não pontes, não é cristã”, ao responder um repórter sobre a posição anti-imigração do candidato às primárias republicanas.
Ao lançar sua candidatura em agosto passado, Trump chamou de “estupradores” e narcotraficantes os mexicanos indocumentados nos Estados Unidos, e prometeu construir um muro na fronteira, cuja fatura será enviada ao governo mexicano.
Em uma missa celebrada, na fronteira entre México e Estados Unidos, Francisco denunciou a “tragédia humana” que sofrem os imigrantes no mundo quando fogem da violência e da pobreza de seus países, mas Trump assinalou que o Pontífice só ouviu uma versão da história.
“Ele não viu o crime, o narcotráfico e o impacto econômico negativo que as políticas atuais têm nos Estados Unidos”, disse Trump, afirmando que o Papa argentino está sendo usado como um “pião” no debate migratório.
Frente a um grupo de seus seguidores na Carolina do Sul, Trump leu o comunicado, afirmando sua fé cristã. “Estou orgulhoso de ser cristão e como presidente não permitirei que o Cristianismo seja consistentemente atacado e fragilizado, diferente do que ocorre agora com o atual presidente”, disse.
O aspirante, que venceu a primária de Nova Hampshire, também afirmou que sob seu governo o grupo jihadista Estado Islâmico seria “erradicado”, e que o Vaticano o agradeceria.
“Se o Vaticano for atacado pelo Estado Islâmico, que, como todos sabem, é o maior troféu do Estado Islâmico, tenho certeza que o Papa desejaria e rezaria para que Donald Trump tivesse se tornado presidente, porque isso não iria acontecer”, destacou Trump.
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Donald Trump rebate o Papa: “Quando o Estado Islâmico vier a ele, desejará que eu seja presidente” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU