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Laudato Si’. A encíclica do Papa Francisco cita um sábio muçulmano e Teilhard de Chardin

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Por: André | 25 Junho 2015

A encíclica do Papa Francisco reserva algumas vultosas surpresas nas citações que introduz: o Pe. Teilhard de Chardin fez uma majestosa entrada, assim como um famoso sábio muçulmano, o sufi Ali Al-Khawwas. Os católicos tradicionalistas “buzinaram”.

A reportagem é de Michel Danthe e publicada por Le Temps, 20-06-2015. A tradução é de André Langer.

Uma leitura atenta da última encíclica do Papa Francisco reserva às almas atentas detalhes que reservam algumas surpresas mordazes.

A mais considerável diz respeito a um padre jesuíta altamente em voga atualmente entre os teóricos da internet, o Pe. Teilhard de Chardin.

É sua teoria da noosfera que o tornou popular entre teóricos da internet e comunidades de código aberto. Uns e outros estão fascinados com suas ideias sobre a crescente convergência das atividades intelectuais do planeta inteiro – o que Teilhard de Chardin chama precisamente de “noosfera” –, concebidas como uma espécie de consciência coletiva global, da qual a internet seria hoje a expressão mais genuína.

Teilhard de Chardin escreve: “o acontecimento humano marca um degrau inteiramente original, de importância igual àquela do aparecimento da vida, e que podemos definir como o estabelecimento no planeta de uma esfera pensante, a noosfera, sobreposta à biosfera”. Esta noosfera inflamará todos os espíritos conectados, do hacker Eric Steven Raymond, um dos maiores líderes do movimento código aberto, ao nômade conectado Thierry Crouzet, que cita Teilhard de Chardin em seu livro Alternativa nômade.

E eis que o Papa Francisco, seguindo aqui os passos de seu predecessor Bento XVI, também se põe a citar Teilhard de Chardin no centro mesmo da sua encíclica, no número 83: “A meta do caminho do universo situa-se na plenitude de Deus, que já foi alcançada por Cristo ressuscitado, fulcro da maturação universal”. “O Cristo ressuscitado, fulcro da maturação universal” – todos os exegetas do Pe. Teilhard de Chardin se remexem, e a nota 53 da encíclica confirma: “A contribuição do Pe. Teilhard de Chardin situa-se nesta perspectiva”. Esta perspectiva é, além da noosfera, o evento do Cristo cósmico e a vinda inesperada do ponto ômega, pólo de convergência da evolução.

Semelhantes teorias nem sempre tiveram odor de santidade no Vaticano, que, na década de 1960 alertou os fiéis e, sobretudo, as jovens mentes contra os escritos e as teorias do padre jesuíta, considerado pouco ortodoxo. Era o famoso “Monitum del Sant’Ufficio contro Teilhard de Chardin”.

Desde então, o Vaticano ficou mais flexível em relação ao genial jesuíta e sua visão da noosfera, do Cristo cósmico e do ponto ômega: como nota o Pe. Francisco Euvé, diretor da revista jesuíta francesa Études, em uma conferência dada recentemente em Lausanne, “as ideias de Teilhard de Chardin são progressivamente admitidas na Igreja”. Testemunham-no essas linhas de Bento XVI, extraídas de Luz do Mundo (2010): “Na ressurreição, [Deus] pôde criar uma forma nova de existência. Além da biosfera e da noosfera, deu vida a uma nova esfera, na qual o homem e o mundo chegam à unidade com Deus”. Um Bento XVI que, quando ainda era apenas Josef Ratzinger já tinha o Pe. Teilhard de Chardin em grande estima. O Papa Francisco inscreve-se aqui na linha certa.

O que não passou despercebido pela ala tradicionalista do catolicismo. Assim, em seu blog, o jornalista Yves Daoudal escreve: “O pior é que, pela primeira fez em um documento que pretende ser de magistério, aparece uma homenagem a Teilhard de Chardin, ‘a contribuição do Pe. Teilhard de Chardin’. ‘A meta do caminho do universo situa-se na plenitude de Deus, que já foi alcançada por Cristo ressuscitado, fulcro da maturação universal’. Alusão ao famoso ponto ômega para o qual converge toda a humanidade, toda a criação, sem que tenha necessidade de redenção. A referência a Teilhard de Chardin (que certamente está em boa companhia com os ideólogos do aquecimento climático, uma vez que ele próprio era um impostor no plano científico) implica, bem entendido, que o Papa, em um documento do magistério, fala do evolucionismo como se se tratasse de uma evidência, de uma verdade estabelecida, de um dado indiscutível, que não tem necessidade de ser definido, nem mesmo apresentado”.

Mesmos soluços quando o Papa Francisco cita um sábio muçulmano, o místico sufi Ali Al-Khawwas para apoiar sua reflexão sobre o onipotência da mística na vida cotidiana (n. 233): “O universo desenvolve-se em Deus, que o preenche completamente. E, portanto, há um mistério a contemplar numa folha, numa vereda, no orvalho, no rosto do pobre. O ideal não é só passar da exterioridade à interioridade para descobrir a ação de Deus na alma, mas também chegar a encontrá-Lo em todas as coisas, como ensinava São Boaventura: ‘A contemplação é tanto mais elevada quanto mais o homem sente em si mesmo o efeito da graça divina ou quanto mais sabe reconhecer Deus nas outras criaturas’”.

Chegar a encontrar a mística em todas as coisas, é o que ensina, pois, o mestre espiritual muçulmano Ali Al-Khawwas que “partindo da sua própria experiência, assinalava a necessidade de não separar demasiado as criaturas do mundo e a experiência de Deus na interioridade. Dizia ele: ‘Não é preciso criticar preconceituosamente aqueles que procuram o êxtase na música ou na poesia. Há um segredo sutil em cada um dos movimentos e dos sons deste mundo. Os iniciados chegam a captar o que dizem o vento que sopra, as árvores que se curvam, a água que corre, as moscas que zunem, as portas que rangem, o canto dos pássaros, o dedilhar de cordas, o silvo da flauta, o suspiro dos enfermos, o gemido dos aflitos…’”.

O fato de que um Papa cite um sábio muçulmano em uma encíclica foi uma novidade percebida pelos quatro cantos do mundo.


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