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França. Os coletes amarelos ganham respaldo

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05 Dezembro 2018

Quanto mais silêncio guarda Macron, mais raiva se acumula nas ruas e mais perguntas se coloca a sociedade. Até os meios conservadores falam de igualdade, trabalho, justiça social e fiscal.

O artigo é de Eduardo Febbro, publicado por Página/12, 04-12-2018. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

A pele mais profunda da realidade saiu à superfície para desmentir as ficções de um debate político fagocitado há anos pelas temáticas de islã, fronteiras e estrangeiros, quando a autêntica fratura estava latente na alma do país: os temas sociais, a desigualdade fiscal, o empobrecimento, os exorbitantes privilégios de que gozam alguns poucos, a destruição do Estado social, a desigualdade crescente e o liberalismo lançado como um lobo faminto contra as classes médias e pobres. A revolta dos coletes amarelos instalou na medula do país uma reivindicação que ganha respaldo ao tempo que deixou a casta política em um estado de alucinação coletiva. Não entendem como e quando começou a acontecer.

Por ora, reina o silêncio nas esferas da presidência. 250 incêndios depois, uma prefeitura queimada, um par de mortes colaterais, pessoas selvagemente golpeadas pela polícia, 130 feridos, cerca de 400 presos, 112 carros queimados e dezenas de lojas saqueadas não bastaram para tirar o presidente francês do silêncio. Tampouco o bloqueio de mais de 100 faculdades, as novas manifestações convocadas para o próximo sábado pelos coletes amarelos e a certeza de que se está frente a uma insurreição de raízes intensas. O chefe de Estado não disse nem uma só palavra depois dos distúrbios do fim de semana passado. O Executivo parece dizer a meia voz “retomamos o rumo”, ao que o movimento dos coletes responde “nós também”.

Desde que chegou da Argentina, o mandatário francês se fechou em um silêncio que lhe é comum. No entanto, dessa vez, a crise se desdobra sem que o presidente ou o governo tenham dado amostras de autoridade para acalmá-la ou desativá-la. Quanto mais silêncio faz Macron, mais raiva acumula a rua e mais questionamentos se colocam pela sociedade. O diálogo entre os representantes dos coletes amarelos e o primeiro ministro Edouard Philippe previsto para 04-12, terminou em nada. O Executivo repete “as portas estão abertas”, mas os coletes amarelos decidiram não ir ao encontro. A fórmula do diálogo não se ajusta, ainda mais que os coletes amarelos são um movimento multiforme, horizontal, sem líder, nem representantes oficiais. Também, no seio do mesmo grupo existem divisões entre os que estão dispostos ao diálogo e as ramificações mais radicais que se opõem a qualquer aproximação. O Executivo admite que o momento é grave e insiste com a ideia de que somente o diálogo é a solução. O governo busca um clarão entre a neblina que lhe permita anunciar algumas “medidas” capazes de orientar um diálogo sem deixar a sensação de que retrocedeu.

Alguns ministros do gabinete adiantaram que nos próximos dias se produzirá um “gesto de abertura sólido” para limpar o atoleiro. Em oposição, a resposta não varia: o diálogo não conduz a nada, o único que fica por fazer é suprimir o aumento da gasolina previsto para 2019 dentro das medidas da muito mal falada “transição ecológica”. Esse era, não obstante, o ponto de partida dos protestos. Com os dias se foram somando outras exigências que convergem, todas, para um mesmo ponto: mais igualdade nas políticas fiscais, mais equidade nas políticas distributivas. Os dados que chegam regularmente à sociedade provam quanto perdeu o país social. Ao final de novembro, o Observatório Francês de Conjuntura Econômica (OFCE) publicou um relatório onde aponta que entre 2008 e 2018 os ganhos disponíveis dos franceses e dos residentes na França baixaram 440 euros por ano. Quase todas as medidas sócio-fiscais adotadas desde 2008 até agora não fizeram mais que castigar o poder aquisitivo dos salários médios e baixos.

A insurgência dos coletes amarelos acabou com o consenso de uma confrontação política envolta pelo islã e o nacionalismo. Tirou o doce do caramelo falso das startups como modelo de desenvolvimento vital, ofuscou a ilusão de que as novas tecnologias davam pão e trabalho a todo mundo e destroçou outra falácia monumental do tecno-liberalismo, segundo a qual o trabalho tal e como o concebemos já não existe. Sim: os agricultores trabalham a terra, os caminhoneiros dirigem, os trilhos dos trens não são arrumados por computadores, os trabalhadores não são uma metáfora do mundo transformado. O trabalho e aqueles que o realizam são seres reais que sofrem sem paraquedas as inclemências e a indolência de um modelo destrutivo de dignidade humana.

O milagre abarca até a direita. Os meios de comunicação conservadores falam hoje de igualdade, trabalho, redistribuição, justiça social e fiscal.

Até o cloroformizado socialismo francês havia-se esquecido de pronunciar essas palavras e, sobretudo, de que detrás delas há seres humanos. O apequenado Partido Socialista francês pede a Macron que deixe de ser “Júpiter em seu Olimpo” e que desça às ruas, ou seja, à realidade.

A ultradireita e a esquerda radical exigem eleições antecipadas e a direita propõe um referendo. Inclusive a líder da ultradireita saiu à vocação social que tinha escondida. Marine Le Pen pediu que baixasse o preço da eletricidade e aumentasse as aposentadorias e salários. Paralelamente, os sindicatos começam a entrar no conflito. A CGT chamou a um grande acordo nacional sobre os salários, as aposentadorias, o trabalho e a proteção social ao tempo que convocou uma manifestação nacional prevista para 14 de dezembro. A rua diz com acertada ironia: “Macron só negocia ou cede ante os lobbies de grupos globalizados. Agora recém começa a descobrir que o lobby mais forte é a sociedade”.

Por alguns dias, a França guardou a temática racial e se somou à sua fratura social e geográfica. Essa crise tapou as retóricas sujas pacientemente delineadas por intelectuais xenófobos: a dos nacionalismos populistas, a da problemática do islã e dos estrangeiros, alimentada por protofascistas da moda. Estamos na realidade do século XXI e não nos fantasmas de um Ocidente branco assustado pelos outros. São seus próprios excluídos que lhes pedem para prestar contas.

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