Cada vez mais próxima a destituição do estado clerical do Cardeal McCarrick

McCarrick | Foto: Paul Haring / CNS

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26 Novembro 2018

O depoimento público, pela primeira vez, de James Grein contra o ex-cardeal T.E. McCarrick, é um duro golpe contra o ex-arcebispo de Washington, há 4 meses enfrentando um processo canônico. Grein é a pessoa que quando tinha apenas 11 anos de idade foi abusada sexualmente pelo então padre McCarrick. Jame Grein, cidadão do estado de Viriginia, nunca havia se manifestado em público e nunca havia prestado depoimentos públicos. Ele fez isso pela primeira vez no último dia 13 de novembro, durante o "Silence Stops Now". 

A informação é publicada por Il Sismografo, 24-11-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Esse senhor, que o New York Times sempre identificou como "James", disse ter sido abusado por McCarrick por 18 anos. Esses abusos começaram quando o futuro arcebispo de Washington tinha 39 anos e se, como disse Grein, continuaram por 18 anos, significa que terminaram quando o ex-cardeal já estava com 57 anos (1987), o que significa que esses comportamentos foram mantidos mesmo quando McCarrick já era bispo.

Recordamos que Theodor Edgar McCarrick foi ordenado sacerdote em 1958, e nomeado bispo auxiliar de New York em 24 de maio de 1977. Em 19 de novembro 1981, ele foi nomeado o primeiro bispo da Diocese de Metuchen. Em 30 de maio de 1986 foi promovido arcebispo de Newark, e, mais tarde, em 21 de novembro de 2000 foi transferido para a Arquidiocese de Washington. O Papa João Paulo II o nomeou cardeal no consistório de 21 de fevereiro de 2001.

O advogado Pat Noaker, que representa Grein (definido "segundo caso"), lembre-se de também defender outra pessoa abusada por McCarrick e de quem nunca foi revelado o nome publicamente. Tal primeiro evento de que falou o New York Times diz respeito a um coroinha que, anos atrás, foi molestado pelo ex-cardeal quando ele era um rapaz de 16 anos enquanto estavam envolvidos na decoração da árvore de Natal. Esse primeiro caso foi investigado pela Arquidiocese de Nova York e os resultados foram enviados ao Vaticano e resultaram na remoção de título cardinalício de McCarrick e o convite para retirar-se para um convento do Kansas em penitência e oração.

Relembra-se que para a Igreja Católica até 1980 falava-se de crime de pedofilia se a vítima era menor de 16 anos na época dos fatos. Agora o limite de idade é de 18 anos.

Os observadores acreditam que o Vaticano vai agir mais severamente quando receber os documentos sobre o caso James Grein (abusado aos 11 anos) em conclusão da investigação conduzida pela Arquidiocese de Nova York, ainda em andamento, e solicitada pelo Vaticano.

Todas as investigações, conhecidas e não da opinião pública, parecem confirmar não apenas a plausibilidade das denúncias, mas também sua veracidade. Não se sabe se esses casos tenham alguma influência sobre o que foi dito inicialmente quando estourou o caso McCarrick, ou seja, que no passado duas dioceses, para silenciar o assunto por via extrajudicial, pagaram duas vítimas do ex cardeal: uma 80 mil e a outra 100 mil dólares estadunidenses.

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