09 Novembro 2018
Bispos pretendem restaurar as estruturas de nível provincial, que consideram relevantes agora para permitir consultas.
A reportagem é de Dominique Greiner e Anne-Bénédicte Hoffner, publicada em La Croix International, 08-11-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A Conferência Episcopal da França (CEF) dedicou várias sessões de trabalho da sua última assembleia plenária, que conclui em 8 de novembro, para discutir seu atual sistema de organização com vistas a simplificar suas operações em nível nacional e fortalecer as de nível provincial.
Como é possível, em um único programa, avaliar os encontros organizados pela Conferência Episcopal em Paris, as consultas no “nível provincial” e o trabalho em andamento em cada diocese?
Essas são as crescentes tensões que os bispos franceses estão enfrentando atualmente. Como resultado, os bispos estabeleceram agora um pequeno grupo de trabalho encarregado de propor um novo esquema de organização para o trabalho da conferência.
“O objetivo é restaurar as estruturas de nível provincial, que foram negligenciadas pela reforma anterior, e que os bispos consideram relevantes agora para permitir que as consultas ocorram de maneira mais simples”, disse um participante da assembleia.
“Está claro que o trabalho das várias comissões e conselhos episcopais está funcionando mal e que, na verdade, está apenas consumindo tempo”, afirmou.
Por outro lado, os bispos geralmente concordam que as dioceses menores – e até mesmo certas províncias – não podem abrir mão do apoio “nacional”.
Uma opção pode ser a de “podar” as estruturas nacionais para permitir mais tempo para que os bispos trabalhem juntos em nível provincial e realizem missões ad hoc sobre as necessidades e questões atuais.
A falta de recursos humanos disponíveis para gerenciar as estruturas nacionais também forçou as mudanças.
“Além de Paris, que poderia sobreviver isoladamente, as outras dioceses têm dificuldade para liberar pessoas para serviços em nível nacional”, disse um bispo da região de Hauts de France (norte do país).
Outra questão mais fundamental que influenciará a escolha do próximo presidente da Conferência Episcopal da França em março de 2019 também emergiu na discussão – como garantir que o papel “político” da conferência, particularmente suas intervenções no debate público, seja assumido pelo seu conselho permanente e não pelos vários órgãos nacionais de serviço.
O bispo de Viviers, Dom Jean-Louis Balsa, enviou agora uma lista de nove perguntas para cada uma das 15 províncias eclesiásticas.
As respostas dos bispos, que estão previstas para chegar no fim de fevereiro, fornecerão a matéria bruta para novas propostas, que o grupo de trabalho apresentará na próxima assembleia plenária em abril.
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Bispos franceses debatem reforma estrutural - Instituto Humanitas Unisinos - IHU