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13 Junho 2018

A greve dos caminhoneiros foi um símbolo do Brasil com as entranhas à mostra. Mas os dias conturbados apontaram novas possibilidades de vida com menos carros, menos poluição, menos consumo e mais solidariedade.

O artigo é de Débora Nunes, arquiteta, doutora em Urbanismo, com pós doutorado em Extensão Universitária pela Universidade Lumière Lyon II (2008) e em História das Cidades e Cidades do Futuro pela Bangalore University, India (2015). É coordenadora da Escola de Sustentabilidade Integral e professora titular da Universidade do Estado da Bahia, no Curso de Urbanismo. O texto é publicado por Outras Palavras, 12-06-2018.

Eis o artigo.

Estamos engolindo sapos há anos, e em algum momento iríamos ter prisão de ventre ou uma diarreia monumental. A greve dos caminhoneiros foi esse momento em que nossas veias pátrias, as estradas, colapsaram, deixando de irrigar nosso organismo já adoentado. Tudo de ruim veio à tona numa energia nauseabunda em que até marchas pela intervenção militar puderam ser vistas. Nossas entranhas ficaram à mostra, revelando suas sombras.

Os brasileiros e brasileiras estão fartos, tendo que aguentar o massacre diário de notícias ruins, da corrupção à violência, que dão ânsias de vômito. Temos que olhar pra cara de um presidente odioso, de ministros que dão náuseas, e de ver, ler e escutar uma mídia que dá raiva de tão parcial e ultrapassada. Poderíamos ter vivido uma greve geral dos lixeiros, ou um desabastecimento geral de água, ou qualquer coisa que nos fizesse encarar a energia parada e doentia que atormenta o Brasil. Foram os caminhoneiros que nos mostraram o quão mal estamos, mas que nos mostraram também sinais de esperança.

A mídia ficou atarantada. Diante da maior desestabilização dos fluxos internos da história do Brasil, os pomposos analistas ficaram perdidos. Com seus esquemas de interpretação atrasados, estão desarmados para ver o mundo em tempos de ação em rede e fim dos esquemas centralizados de liderança, de intensa e instantânea conexão comunicativa e intersubjetiva. Sem saber tomar o pulso do país, os analistas atiram às cegas, falam de manipulação sem saber de quem exatamente, até que só restaram aqueles poucos ignorantes históricos, manifestantes saudosos da ditadura. Quem bom, nessa hora quase todo o espectro político e toda a mídia defendeu a democracia, o que é um avanço nesse país partido.

Para ir no ponto, no momento de incertezas em que vive o Brasil, nem mesmo os caminhoneiros tinham qualquer entendimento global ou controle da greve iniciada por eles. Por essa greve ser tido a capacidade de entrar na frequência energética de um país que está paralisado esperando uma eleição completamente confusa e indefinida, ela espelha nossas entranhas. Os efeitos que revela são desabastecimento de esperança e caos de interpretações, beirando ao desespero. O país enfim explodiu sua dor, como numa crise de choro ou agressividade que causa estragos mas dificulta que um câncer insidioso desenvolva-se silenciosamente no organismo sofrido.

É a febre causada pelos sapos engolidos e remoídos, pelo ataque ao processo democrático que construímos com tanto esforço, do país que assistiu a uma calhorda parlamentar tirar da presidência uma mulher honesta e eleita e colocar um energúmeno estúpido e corrupto até a alma. De algum modo a cidadania brasileira percebeu que eram sadios esses doloridos dias em que tudo que é sólido desmanchou no ar, como as certezas cotidianas do botijão de gás no depósito ou das bananas frescas nos supermercados. O apoio à greve dado pela imensa maioria da população brasileira, mesmo protestando contra seus excessos, foi um bom sinal de maturidade.

Ultrapassamos esses fatos tumultuosos com grandes perdas mas com a resiliência adulta de quem se recompõe após um grande tropeço. Esses dias de desabastecimento apontaram novas possibilidades de vida com menos carros, menos poluição, menos consumo e mais solidariedade. Caminhamos para a maturidade cívica e são poucos os que estão buscando salvadores da pátria, de farda ou civis. Nessa hora, o que nos resta de pessoas honestas na velha política fariam um grande favor à nação se pedissem desculpas por seus erros passados. Se os candidatos às próximas eleições se mostrassem humildes e reconhecessem as imensas dificuldades de governar esse país complexo e continental, dispondo-se a governar de modo mais participativo, honrariam essa maturidade que vem crescendo.

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