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"A renda de cidadania empobrece. É mero assistencialismo que nega a dignidade". Entrevista com Muhammad Yunus

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14 Mai 2018

Zero pobreza, zero desemprego, zero poluição. Esse é o "mundo dos três zeros" que o economista de Bangladesh Muhammad Yunus gostaria de contribuir para construir e que agora é o título do seu último livro, elaborado junto com o escritor Karl Weber e publicado na Itália pela Feltrinelli. O Prêmio Nobel da Paz iniciará sua turnê italiana em Turim, na próxima quinta-feira, na Torre Intesa San Paolo, para depois continuar a contar o mundo que ele sonha em Milão, na Fundação Feltrinelli e em Roma, no sábado, no Maxxi. Marcamos um encontro com ele, entre uma conferência e outra, em seu tour pela Europa.

A entrevista é de Francesco Sforza, publicada por La Stampa, 13-05-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Yunus, qual é a sua impressão quando você vem para a Europa?

Eu gosto da consciência que existe aqui pela segurança dos cidadãos, e eu gosto do fato de que a sociedade se sinta responsável por aqueles que são marginalizados, embora nem sempre consiga incluí-los. Eu gosto da preocupação pelos direitos humanos, pelo papel das leis e, sobretudo, pela construção das leis e pelo percurso que leva a formá-las. Sim, eu realmente gosto, são coisas que nos faltam no Oriente.

Qual você considera a lição que, neste momento, a Ásia pode mostrar para a Europa?

A Ásia precisaria de muitas coisas que existem na Europa e há muito tempo, mas eu acho que aqui entre vocês existe um pensamento único que limita os impulsos. Deixe-me explicar melhor: as sociedades europeias são obcecadas pelo trabalho, todo mundo tem que encontrar um emprego, ninguém pode permanecer sem trabalho, as instituições precisam garantir que as pessoas trabalhem ... Na Ásia, ao contrário, a família é o lugar mais importante e não existe esse pensamento fixo pelo trabalho: há uma espécie de mercado informal, onde os homens atuam eles mesmos como pessoas. Penso que a lição positiva que vem da Ásia seja a de redesenhar o sistema financeiro atual, privilegiando a dignidade das pessoas e o valor de seu tempo livre.

O que você acha da ideia de uma renda de cidadania? Pode ser uma solução para o problema da pobreza?

Não, de modo algum, não é útil para quem é pobre nem para ninguém, é uma típica ideia do assistencialismo ocidental, que considera o homem uma criatura artificial a ser alimentada em laboratório, com o Estado e as instituições responsáveis por garantir seu alimento. Mas essa é a negação do ser humano, da sua funcionalidade, da vitalidade e do poder criativo. O homem é chamado a explorar, a buscar oportunidades, são essas que devem ser criadas, e não salários dissociados da produção, que por definição fazem do homem um ser improdutivo, um verdadeiro pobre.

Que sociedade será aquela em que os robôs irão substituir os homens nos trabalhos mecânicos?

A tecnologia pode ferir, mas uma coisa são as máquinas, outra é a inteligência artificial. E quando os robôs se tornarem mais eficientes e inteligentes do que os homens? Estamos tomando a direção errada, corremos o risco de nos tornarmos vítimas desse movimento. Deveríamos nos levantar e dizer em voz alta que rejeitamos qualquer forma de substituição do ser humano, que podemos resolver os nossos problemas sem a ajuda da inteligência artificial. Eu acredito que essa seja a outra face da renda de cidadania: uma maneira de impedir um homem de ser um homem.

Como você descreveria a escola ideal?

A escola agora se oferece como um lugar onde é ensinado aos jovens a encontrar um emprego, e esse é seu principal erro. Deveria deixar os jovens prontos para a vida, não para o trabalho. Deveria ensiná-los a descobrir atitudes, a tornarem-se empreendedores, a aproveitar as oportunidades, a estruturarem-se como cidadãos e membros de uma sociedade, a cultivar o conhecimento em que o trabalho pode ser um dos resultados, não o único objetivo. É limitante, os sistemas educacionais atuais devem todos serem redesenhados.

Como você vê o papel da religião nas sociedades contemporâneas?

Todas as religiões tentam criar solidariedade e empatia entre os seus membros, mas em um sistema estruturado sobre o egoísmo e autorrealização pessoal, como o capitalista, valores como a cooperação e a solidariedade pouco valem. Se a religião vai para um lado e a economia para outro, ganha a economia, não a religião.

Quem você considera o líder político que está respondendo de maneira mais eficaz aos desafios globais?

Não tenho grande confiança nas lideranças globais neste momento e penso em especial a Donald Trump, que quer os EUA mais fechados e concentrados em si mesmos, onde as armas e as bombas são consideradas um instrumento político eficaz. Quem neste momento me inspira mais esperança é Emmanuel Macron, o presidente francês, eu gosto da forma como ele se posiciona e como fala. Talvez seja o primeiro de uma nova geração de líderes, espero que sim.

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