Igreja australiana recebe aprovação papal para realizar conselho plenário

Logotipo oficial do PlenaryCouncil 2020, uma reunião na Austrália em que as decisões entram em vigor na igreja do país. (CNS/cortesia Conferência dos bispos católicos da Austrália)

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20 Março 2018

Os bispos australianos agradeceram ao Papa Francisco por autorizar a realização de um conselho plenário australiano, tornando as decisões obrigatórias para a igreja no país.

A informação é publicada por Catholic News Service, 19-03-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

O arcebispo de Brisbane, Mark Coleridge, presidente da Comissão dos Bispos do Conselho Plenário, pediu para as pessoas se reunirem "em oração, embarcando nessa jornada juntos, como o povo de Deus da Austrália".

"Esperamos que a preparação e a celebração do conselho plenário sejam um momento em que todas as partes da Igreja se escutam e dialogam, ao explorarmos juntos nossa resposta à pergunta 'Na sua opinião, o que Deus está pedindo de nós na Austrália?'", declarou, em um comunicado.

Os bispos da Austrália tinham pedido que o arcebispo de Perth Timothy Costelloe fosse presidente do conselho, o que teve a aprovação do Papa Francisco.

Costelloe disse que estava "empenhado em ouvir o Espírito Santo".

"Incentivo a todos os católicos, devotos ou desiludidos, fervorosos ou frustrados, a aproveitar esta oportunidade de expressar o que está em sua mente e em seu coração”, disse ele.

O conselho começará no final de 2020, na Austrália central, mas uma série de sessões para ouvir e dialogar com as pessoas começa no dia 20 de maio, dia de Pentecostes. Um segundo encontro do conselho será realizado em meados de 2021, numa cidade na costa leste.

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No site do conselho, os bispos disseram que era hora de olhar para a direção da Igreja na Austrália e observar que o Papa Francisco tinha incentivado uma Igreja que dialoga.

"A Comissão Real para Respostas Institucionais ao Abuso Sexual Infantil foi um evento significativo e influente que requer uma profunda consideração e resposta", acrescentou. Em dezembro, após cinco anos de audiências realizadas, quase 26.000 e-mails trocados e mais de 42.000 ligações realizadas pelos australianos em causa, a Comissão Real lançou os 17 volumes do relatório final.

Entre suas 400 recomendações, 20 visavam especificamente a Igreja Católica.

A notícia de 19 de março também precedeu o anúncio dos resultados de uma audiência de um mês que investiga se o cardeal australiano George Pell, líder da Secretaria de Economia do Vaticano, enfrentaria o julgamento de acusações de abuso sexual de décadas atrás, que tem consistentemente negado.

No website do conselho plenário, os bispos mencionaram recursos para que as pessoas comecem a se envolver no processo. Também mencionaram os critérios, descritos na lei canônica, para escolher os delegados, como os que devem e os que podem ser chamados.

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