Trump rejeita o estatuto de refugiado a 100 cristãos iranianos no limbo

Foto: Voice of America /Wikimedia Commons

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14 Março 2018

O estatuto de refugiado foi recusado a mais de 100 cristãos iranianos nos Estados Unidos, deixando-os presos desde o ano passado na Áustria, para onde foram para organizar o visto, de acordo com o The New York Times.

A informação é publicada por La Croix International, 13-03-2018. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.

A Igreja Católica está ajudando com alojamento e tratamento médico. O cardeal de Viena, Christoph Schonborn, dizem, permitiu que um casal morasse com ele.

"Alguns iranianos já gastaram todo o dinheiro que trouxeram", disse um porta-voz da arquidiocese de Viena.

Sem poder procurar trabalho, muitos estão sem dinheiro e lutando contra depressão ao sofrerem um golpe do presidente Donald Trump, que apertou a política de imigração, segundo o The US daily.

"De repente, disseram: 'Vocês não podem mais vir.' Não sabemos o porquê", disse H. Avakian, de 35 anos, cristão armênio que viajou do Irã para Viena 15 meses atrás.

"A maioria não pode voltar ao Irã; estamos totalmente desesperados", disse ele, acrescentando que eles seriam considerados inimigos de Estado no Irã e provavelmente seriam presos.

Os líderes religiosos criticaram Washington por não honrar a Emenda Lautenberg, uma lei de 1989 que oferece refúgio seguro para minorias perseguidas. A lei foi alterada em 2003 para cobrir as minorias religiosas iranianas.

Imigrar para os EUA tornou-se exponencialmente mais difícil no governo Trump, apesar de sua promessa de proteger cristãos e outras minorias religiosas que enfrentam um tratamento severo em países como o Irã.

Entre as pessoas presas no limbo em Viena estão idosos e pessoas com deficiência. A maioria é composta por armênios e assírios cristãos, mandeístas e zoroastrianos, segundo notícias.

Mais de 95% dos 81 milhões de habitantes do Irã são muçulmanos xiitas, de acordo com um censo de 2011. O Islã tornou-se a religião dominante do país, no lugar do Zoroastrismo e do Maniqueísmo, cerca de 1.300 anos atrás.

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