Do Mato Grosso ao Maranhão: violência no campo virou regra

Índio Francisco Mendonça Jansen da Luz, ferido após ataque de ruralistas | Foto por Ana Mendes, CIMI

Mais Lidos

  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS
  • Decretos de Natal. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

05 Mai 2017

A madrugada de domingo para segunda (01) foi marcada por mais um triste e revoltante caso de violência aos povos indígenas do Brasil. Em um ataque organizado por fazendeiros da região do município de Viana, no Maranhão, e seus capangas, treze indígenas sofreram tentativa de homicídio e foram agredidos com golpes de facão, pauladas e tiros. Além de cinco baleados, duas pessoas tiveram membros do corpo mutilados.

A reportagem foi publicada por Greenpeace, 03-05-2017.

Após a chacina de Colniza (MT), em 19 de abril, ficou claro que o Brasil caminhava para tempos sombrios, tamanha foi a violência que massacrou nove trabalhadores rurais. "O agrobanditismo nacional não abrirá mão de um palmo de terra, mesmo que estas sejam públicas ou mesmo terras tradicionalmente ocupadas por povos indígenas do país", defende Danicley de Aguiar, da campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil.

Casos semelhantes foram denunciados durante todo o Acampamento Terra Livre (ATL) 2017, que levou à Brasília cerca de quatro mil lideranças indígenas de todo o Brasil, na semana passada. Durante a marcha de abertura do ATL, no dia 25, as lideranças foram duramente reprimidas com balas de borracha e bombas de gás por ousarem protestar contra a paralisação dos processos de demarcação das terras indígenas e denunciar o Congresso Nacional como principal foco da ação anti-indígena no país.

Em comum aos três atos de barbárie, está a omissão do Estado brasileiro, que permite o avanço da violência e ao mesmo tempo protagoniza a imposição de uma agenda que viola os direitos dos mais pobres, e nos conduz a uma espécie de terrorismo de Estado, via a criminalização dos movimentos sociais que resistem a tais violações. "Essa onda de violência no campo, anuncia uma conjuntura de extremo autoritarismo, bem como a supressão de direitos e garantias fundamentais, contra a qual todos os brasileiros devem reagir urgentemente", explica Aguiar.

Leia mais