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No domingo passado, Francisco apresentou uma visão distintiva de como fazer unidade cristã

Foto: Reprodução YouTube

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01 Março 2017

Ao visitar uma paróquia anglicana em Roma, o Papa Francisco mal se referiu ao diálogo teológico institucional entre anglicanos e católicos. Diferentemente, indicou três caminhos para a unidade entre os cristãos: uma atitude de humildade, oração comum e ações que testemunham a misericórdia divina, e aprender com a diversidade das igrejas jovens do sul global.

A reportagem é de Austen Ivereigh, jornalista, foi editor da revista britânica The Tablet e diretor de Assuntos Públicos do ex-arcebispo de Westminster, o cardeal Cormac Murphy-O'Connor, publicada por Crux, 27-02-2017. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

A visita do Papa Francisco no último domingo a uma paróquia da Igreja da Inglaterra presente na diocese católica de Roma – a primeira vez que um papa faz uma tal visita – marca um novo estágio na relação entre católicos e anglicanos.

A visita ocorre na após uma declaração comum feita em Roma, no mês de outubro do ano passado, que vinculou alguns bispos de ambas as igrejas a colaborarem em obras conjuntas de misericórdia e justiça. Essa ocasião será seguida no próximo dia 13 de março, aniversário da eleição de Francisco, por um outro fato inédito: uma Oração da Noite cantada por um coral anglicano no altar da Basílica de São Pedro.

Conforme disse o papa ao responder a perguntas na Igreja Anglicana de Todos os Santos em Roma, as relações entre as duas igrejas são boas, e estão avançando: “Dois passos à frente, meio passo para trás.

Na verdade, a decisão tomada pela Igreja da Inglaterra no começo da década de 1990 de ordenar mulheres ao sacerdócio e, mais recentemente, consagrar mulheres ao episcopado não foi exatamente um meio passo para trás.

A participação do papa na Igreja Anglicana de Todos os Santos para marcar o 200º aniversário da primeira liturgia anglicana em Roma será lembrada como um destes gestos, juntamente com os papas anteriores que deram exemplares do Anel do Pescador e crosiers aos arcebispos de Canterbury.

Tais gestos foram uma tentativa de expressar aquilo que o Concílio Vaticano II reconheceu: que a Igreja Católica não é coextensiva como a única e verdadeira Igreja, e que há elementos da Igreja verdadeira fora dela.

Em outras palavras, o Arcebispo de Canterbury não é meramente um leigo com vestes, mas um bispo; embora os sacerdotes anglicanos possam não ser padres católicos, mesmo assim eles são sacerdotes; e embora a Igreja da Inglaterra não esteja em comunhão com a Igreja Católica, ambas fazem parte do Corpo de Cristo, cujos fragmentos Deus está chamando à unidade.

Quando, no domingo, Francisco abençoou um ícone, respondeu de improviso a três perguntas e recebeu frascos de marmelada caseira e chutney, ele estava concedendo aos paroquianos e clérigos anglicanos daquela comunidade religiosa um tipo de calor humano que um bispo dá às suas próprias paróquias – sem, é claro, formalmente reconhecê-la como uma paróquia católica.

Até aqui, tudo normal.

Mas, no domingo, Francisco também apresentou uma visão distintiva própria de como fazer a unidade cristã, a qual constitui uma clara mudança na ênfase sobre o ecumenismo, dada por Bento XVI, que se voltava mais para a busca comum pela verdade.

Na homilia e na sessão de perguntas e repostas, em momento algum Francisco fez referência ao diálogo teológico institucional entre as duas igrejas, além de celebrar a conquista de que “depois de séculos de desconfiança recíproca, somos agora capazes de reconhecer que a fecunda graça de Cristo está agindo também nos outros”.

Ele indicou três caminhos para a unidade entre os cristãos: uma atitude de humildade, oração comum e ações que testemunham a misericórdia divina, além de aprender com a criatividade e liberdade das jovens igrejas nos países em desenvolvimento.

Em primeiro lugar, a humildade. Ao refletir sobre São Paulo que tentou evangelizar a comunidade dividida de Corinto, o papa descreveu como o apóstolo baseou-se não só em sua capacidade e força, mas também em Deus, “como mendigo de misericórdia”. Este, disse, é o “ponto de partida para que seja Deus a operar”. Na busca de reconciliação diante das divisões, São Paulo tinha como “prioridade (…) compartilhar com os outros o seu pão: a alegria de ser amados pelo Senhor e de amá-lo”.

O segundo é um ponto que o papa já trouxe em outras ocasiões: agir conjuntamente pelos pobres cria o espaço para o Espírito Santo superar as diferenças e, na realidade, já é um “sinal forte de comunhão restabelecida”.

Referindo-se à ação social conjunto realizada pela Paróquia da Igreja Anglicana de Todos os Santos, em Roma, e pela paróquia católica romana de Ognissanti – que foram formalmente unidas no domingo –, o papa observou como uma “comunhão verdadeira e sólida cresce e se robustece quando se age juntos por quem tem necessidade”.

O terceiro ponto destacado pelo pontífice foi feito em resposta a uma pergunta de um anglicano nigeriano sobre o que as igrejas podem aprender com o ecumenismo dos países em desenvolvimento, onde as relações são geralmente “melhores e mais criativas” do que na Europa.

Francisco concordou, e falou que estudava uma visita ao Sudão do Sul na sequência de um trabalho conjunto a ser realizado por bispos da região advindos de diferentes denominações.

Mas ele também trouxe um exemplo mais provocativo da região remota de Chaco, na Argentina, onde anglicanos e católicos praticam, com efeito, a intercomunhão, com o conhecimento da Congregação para a Doutrina da Fé.

“Quando as pessoas não podem ir no domingo a uma celebração católica, elas vão a uma igreja anglicana, e os anglicanos vão a uma igreja católica, porque não querem passar o domingo sem celebrar; estas pessoas trabalham em conjunto”, disse o papa, acrescentando que “essa é uma riqueza que as nossas jovens igrejas podem trazer para a Europa”.

Um outro exemplo que ele poderia dar acontece na Papua Nova Guiné, que possui um grande histórico no departamento vaticano voltado à unidade entre os cristãos.

Anglicanos e católicos começaram a praticar a intercomunhão enquanto foram colados juntos durante a ocupação japonesa na Segunda Guerra Mundial, e nunca mais pararam. Os bispos católicos do país inclusive trouxeram um bispo anglicano a Roma certa vez.

Em sua resposta, Francisco não excluiu o diálogo teológico, observando que o ecumenismo é “talvez mais sólido numa pesquisa teológica em uma Igreja mais madura”, tal como a da Europa. O que ele queria dizer é que os que buscam pela unidade cristã precisam estar atentos aos movimentos do Espírito na dianteira das instituições, e as jovens igrejas – sem o peso dos séculos de disputas – podem ajudar aqui.

Porém, ainda devemos nos perguntar – e a pergunta foi feita no encontro – sobre se a abordagem de Francisco representa uma ruptura com a abordagem de Bento XVI, e a resposta parece ser, sem dúvida, um “sim”.

À Congregação para a Doutrina da Fé, Bento XVI disse, em 2012, que o ecumenismo jamais deve se tornar uma “praxiologia”, isto é, uma ação social. Pelo contrário, deve se preocupar primeiramente com a teologia, com a busca da verdade.

Como me disse um ex-funcionário da Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos que trabalhou na era Bento XVI: “Para Bento, a verdade é o que importa em última instância. Isso não significa dizer que não devamos fazer as coisas juntos, mas o perigo é que é sempre mais fácil abrir um banco de alimentos em conjunto do que discutir a ordenação feminina ao sacerdócio”.

No domingo, quando Francisco ouviu o que Bento dissera naquela ocasião (“o vosso Predecessor, o Papa Bento XVI, nos pôs em guarda no tocante ao risco, no diálogo ecumênico, de dar prioridade à colaboração em ações sociais ao invés de seguir o caminho mais exigente do acordo teológico”), ele contestou.

Não querendo ser visto em contradição com o antecessor, o papa disse desconhecer o contexto em que se encontrava Bento.

No entanto, o que Francisco falou na sequência demonstrou que, para ele, o maior perigo é conduzir o diálogo teológico como uma abstração (“em um laboratório”) e não originado na experiência vivida (“deve ser feito caminhando, ao longo do caminho”).

“Nós estamos a caminho e a caminho realizamos também estes debates”, acrescentou Francisco. “Os teólogos fazem assim. Mas, nesse meio tempo, nós ajudamos uns aos outros em nossas necessidades, em nossa vida, nós também nos ajudamos espiritualmente”.

Uma das dificuldades com o diálogo ecumênico profissional é que ele é conduzido entre teólogos/as, frequentemente num nível altamente técnico, e raramente conecta-se com a experiência paroquial comum dos católicos e anglicanos. Certamente essa tem sido a experiência da Comissão Internacional Anglicana/Católico Romana, que vem produzindo documentos magníficos, mas que pouco impactam no povo de Deus.

A defesa deste processo é, evidentemente, que ele vem permitindo uma maior proximidade institucional. No entanto, outros podem dizer que ele vem tendo sucesso principalmente ao esclarecer as razões para os obstáculos insuperáveis que persistem diante da unidade.

Francisco aponta para um outro caminho, um caminho mais “do povo”, mais missionário, mais baseado na ação comum. Tem a ver com o chamado de Deus aos cristãos hoje na visão do papa, enquanto aos teólogos cabe o debate.

Diante do risco da simplificação, poder-se-ia pensar: Bento falou: “Não façam um banco de alimentos comum para debater a ordenação feminina”, enquanto Francisco diz: “Vocês não irão entrar em acordo sobre mulheres no sacerdócio, então criem um banco de alimentos juntos – e trabalhem a partir daí”.

Leia mais

  • Visita do papa à paróquia anglicana: "Um passo enorme para o ecumenismo"
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